Resumo Este trabalho analisou a estrutura de capital de 121 empresas não financeiras de capital aberto que atuam no Brasil, entre 2009-2017. A metodologia baseou-se em Moreira e Puga (2000) e as informações foram coletadas na Economática. Os resultados mostraram que neste intervalo os recursos de terceiros, majoritariamente endividamento, foram a principal fonte de financiamento. Além disso, verificou-se maior participação nas firmas de maior ativo total. Entre 2009-2013, houve ampliação do endividamento das firmas com alongamento do seu vencimento, enquanto entre 2014-2017 ocorreu o inverso. Nesse último período, a participação dos recursos de terceiros caiu em relação ao período anterior. Concluiu-se que a maior participação dos recursos de terceiros e a melhora no perfil do endividamento se deveram, em grande medida, ao ciclo expansivo do crédito corporativo brasileiro, e que a sua retração está sendo absorvida em parte pelos recursos próprios, que poderão assumir maior importância nos próximos anos.
O objetivo deste trabalho é resgatar a formação e as transformações da estrutura regulatória do sistema bancário brasileiro desde o seu surgimento até o período que precede a adoção das normas internacionais de Basileia no país (1808-1994). Para o seu desenvolvimento foi realizada pesquisa bibliográfica e pesquisa documental direta, através da análise de documentos oficiais do Banco Central do Brasil, Conselho Monetário Nacional e Comitê de Basileia. A partir da pesquisa pode-se concluir que desde a sua origem, o sistema bancário nacional possui um aparato regulatório marcado por regras prudenciais e de uma rede de segurança. Além disso, verificou-se que a formação e as transformações do sistema bancário e do aparato regulatório aconteceram de forma simultânea, evidenciando o pressuposto assumido. Nesse sentido, no início da década de 1990 o quadro regulatório nacional podia ser considerado relativamente complexo, no sentido de contar com a participação de diversos agentes e instrumentos. Portanto, a própria adoção de Basileia no país deve ser entendida dentro de um movimento internacional mais amplo, que buscava homogeneizar as regras num momento de aprofundamento da abertura externa da economia e do sistema bancário brasileiro.
O propósito deste artigo é analisar os diferenciais dos pisos salariais nos polos antigos e novos do setor automotivo no período 2011–13. Os resultados revelam que os diferenciais entre os pisos salariais das fábricas da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e os salários normativos daquelas localizadas no interior paulista são reduzidos. Mas tal diferencial assume valor significativo no cotejo dos pisos salariais das fábricas localizadas no antigo polo automotivo da RMSP e daquelas situadas fora do estado de São Paulo. Cabe ressaltar que os pisos salariais são mais elevados nas fábricas localizadas na RMSP do que naquelas situadas em outras unidades da federação, exceto os valores dos pisos salariais das plantas automotivas do Paraná. Noutras palavras, os resultados sugerem que custo salarial não seria relevante na interiorização do setor automotivo em São Paulo. No caso das empresas automotivas paranaenses, o estudo dos salários normativos indica que tais valores se alteram no tempo e podem atingir ou ultrapassar os pisos salariais das fábricas da RMSP. Assim, os hiatos entre os valores dos salários normativos nos polos automotivos antigos e novos podem se estreitar e alterar as desvantagens salariais de fábricas inauguradas no passado recente. Os menores salários normativos nos novos polos seriam vantagens competitivas temporárias. Tais mudanças nos pisos salariais dependem das estruturas produtivas e do mercado de trabalho regional, bem como das estratégias sindicais adotadas nas negociações coletivas.
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