RESUMOO brincar é uma atividade muito comum durante a vida cotidiana das crianças e pode indicar aspectos relevantes do desenvolvimento infantil. Nesse sentido, o ato de observar o que as crianças fazem durante as brincadeiras é um recurso importante que pode fornecer detalhes para a compreensão do mundo infantil. Este estudo teve como objetivo identificar formas de interação social e tipos de brincadeiras apresentados pelas crianças quando expostas a diferentes tipos de brinquedos no contexto escolar. Participaram do estudo onze crianças com idade entre sete e oito anos matriculadas em escola da rede privado de ensino. Durante três meses as crianças foram observadas (em uma sala onde estavam dispostos conjuntos de brinquedos) duas vezes por semana em sessões que duravam trinta minutos. Foram utilizadas as técnicas de observação do sujeito focal e a do registro de comportamento por amostragem de tempo. Cada criança foi observada durante 20 intervalos, de cinco segundos em cada sessão. Por meio da análise dos dados constatou-se que as crianças têm preferência por brincar em grupo e segregadas por sexo. Além disso, o brinquedo didático foi o menos utilizado. Hipóteses para explicar esses dados são apresentadas e também são analisadas as implicações do brincar no cotidiano escolar. Palavras-chave: brincadeiras; escola; desenvolvimento infantil; diferenças de gênero. ABSTRACT Play Behavior In Elementary School: An observational studyPlay is a usual activity in the daily life of children and it can indicate relevant aspects of child development. Observing what children are doing during play is an important tool that can provide information for understanding the child's world. This study aimed to identify ways of social interaction and types of play behavior exhibited by children when exposed to different types of toys in the school context. Participants comprised of eleven children aged between seven and eight years enrolled in the school network of private schools. The children were observed for three months (in a room with various sets of toys) twice a week in sessions that lasted thirty minutes. Observation techniques related to focal subject and behavior recording by time sampling were used. Each child was observed during 20 intervals of five seconds in every session. Through data analysis, it was found that children have a preference for playing in groups, segregated by sex. Moreover, the educational toy was the least used. Hypotheses to explain these data are presented and implications of playing in the school everyday are analyzed. Keywords: play behavior; school; child development; gender differences.O brincar é um recurso que pode auxiliar os profissionais da educação e da saúde a desenvolverem as potencialidades e as habilidades das crianças. Dessa forma, a utilização do brincar nas escolas é de suma relevância, uma vez que o objetivo das escolas, não é apenas a transmissão de conteúdos escolares, mas também a formação e o desenvolvimento de um cidadão de forma integral. As características do desenvolviment...
Diferentes questões do desenvolvimento são solucionadas de formas distintas em contextos variados,especialmente no que se refere aos valores, crenças, ideias e práticas parentais. O presente estudo tevecomo objetivo investigar valores, crenças e práticas parentais de mães na criação de seus filhos no Estadode Santa Catarina. Foram entrevistadas 150 mães residentes em três contextos com diferentes índicesde urbanização: capital, interior leste e interior oeste. Foram investigadas práticas parentais durante oprimeiro ano de vida da criança, metas de socialização e alocentrismo familiar. Para a análise dos dados,foram utilizadas análises descritivas, cálculos de comparação entre médias (teste t), correlação (Pearson) eanálise de variância (ANOVA). Os resultados indicaram a presença do modelo cultural autônomo-relacionalem todos os contextos estudados, porém de forma distinta. Em todos os contextos, houve correlaçãopositiva e significativa entre a dimensão alocêntrica e metas relacionais, indicando que quanto mais asmães descrevem proximidade com a família, mais estabelecem metas de socialização relacionais para osfilhos. Os resultados encontrados podem auxiliar no delineamento de um modelo cultural de parentalidadedo contexto brasileiro, indicando para um predomínio de um modelo cultural autônomo-relacionalem Santa Catarina. Contudo, esse modelo não é homogêneo, pois apresenta diferentes configuraçõesdependendo do contexto sociocultural.
Diferentes questões do desenvolvimento são solucionadas de formas distintas em contextos variados,especialmente no que se refere aos valores, crenças, ideias e práticas parentais. O presente estudo tevecomo objetivo investigar valores, crenças e práticas parentais de mães na criação de seus filhos no Estadode Santa Catarina. Foram entrevistadas 150 mães residentes em três contextos com diferentes índicesde urbanização: capital, interior leste e interior oeste. Foram investigadas práticas parentais durante oprimeiro ano de vida da criança, metas de socialização e alocentrismo familiar. Para a análise dos dados,foram utilizadas análises descritivas, cálculos de comparação entre médias (teste t), correlação (Pearson) eanálise de variância (ANOVA). Os resultados indicaram a presença do modelo cultural autônomo-relacionalem todos os contextos estudados, porém de forma distinta. Em todos os contextos, houve correlaçãopositiva e significativa entre a dimensão alocêntrica e metas relacionais, indicando que quanto mais asmães descrevem proximidade com a família, mais estabelecem metas de socialização relacionais para osfilhos. Os resultados encontrados podem auxiliar no delineamento de um modelo cultural de parentalidadedo contexto brasileiro, indicando para um predomínio de um modelo cultural autônomo-relacionalem Santa Catarina. Contudo, esse modelo não é homogêneo, pois apresenta diferentes configuraçõesdependendo do contexto sociocultural.
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