Objetivou-se avaliar a resistência natural de nove madeiras do semi-árido brasileiro a fungos xilófagos, em condições de laboratório. As madeiras estudadas foram a algaroba (Prosopis juliflora), o angico (Anadenanthera macrocarpa), a aroeira (Myracrodruon urundeuva), a braúna (Schinopsis brasiliensis), a cássia (Senna siamea), a craibeira (Tabebuia aurea), o cumaru (Amburana cearensis), o ipê (Tabebuia impetiginosa) e o pereiro (Aspidosperma pyrifolium). De cada espécie foram retirados corpos-de-prova de 2,54 x 2,00 x 1,00 cm, com a maior dimensão na direção das fibras, em quatro posições na direção medula-casca. As amostras foram submetidas, por 14 semanas, à ação dos fungos Postia placenta e Neolentinus lepideus. A resistência natural, com exceção da algaroba e do angico (P. placenta), da craibeira (N. lepideus) e da cássia (P. placenta e N. lepideus), foi afetada pela posição na direção medula-casca, sem estar relacionada à densidade das madeiras ensaiadas. A madeira de ipê e a madeira de cerne da aroeira e braúna foram as mais resistentes aos fungos testados. As diferenças entre a resistência natural, exceto para a aroeira e braúna, não estavam associadas à concentração de extrativos solúveis em água quente.
RESUMO -Os objetivos desta pesquisa foram avaliar a resistência de nove madeiras de ocorrência no semiárido brasileiro a fungos xilófagos em simuladores de campo e relacionar a resistência natural com a densidade e teor de substâncias extraídas em água quente. As madeiras estudadas foram algaroba (Prosopis juliflora), angicovermelho (Anadenanthera colubrina var. cebil), aroeira (Myracrodruon urundeuva), braúna (Schinopsis brasiliensis), cássia (Senna siamea), craibeira (Tabebuia aurea), cumaru (Amburana cearensis), pau-d'arco (Tabebuia impetiginosa) e pereiro (Aspidosperma pyrifolium). De cada espécie foram retirados corpos-deprova de 0,5 x 1,5 x 15,0 cm, com a maior dimensão na direção das fibras, em quatro posições na direção medula-casca do tronco. As amostras permaneceram por 180 dias sob ação da microflora natural existente em três tipos de solos: de floresta, de uso agrícola e com gramíneas. Em todas as madeiras ensaiadas, a resistência ao apodrecimento foi afetada pela posição na direção medula-casca. Apenas na aroeira a resistência da madeira esteve associada à sua densidade e à quantidade de extrativos solúveis em água quente. A resistência das madeiras de algaroba, angico, craibeira e pau-d'arco não esteve associada à densidade nem ao teor de extrativos. O alburno foi a posição mais atacada em todos os solos analisados. Entre os solos testados, o de uso agrícola apresentou menos atividade biológica, deteriorando menos as madeiras testadas.Palavras-chave: Madeiras do semiárido, resistência natural e simulador de campo. NATURAL RESISTANCE OF NINE WOODS FROM THE BRAZILIAN SEMI-ARID REGION TO WOOD-DESTROYING FUNGI IN FIELD SIMULATORS ABSTRACT -The objectives of this research were to evaluate the natural resistance of nine woods from the
RESUMOO objetivo do trabalho foi avaliar a penetração e a retenção do preservativo CCB em moirões de Eucalyptus viminalis Lab. e de bracatinga (Mimosa scabrella Benth.), quando submetidos ao método de substituição da seiva. Os moirões foram expostos às concentrações de 2; 3,5 e 5% de ingredientes ativos do produto "Osmose CCB", durante 2; 5 e 8 dias. Foram analisadas as penetrações em seis posições nas peças e as retenções em três posições nos discos retirados na posição correspondente a linha de afloramento em moirões instalados. O aumento da concentração e do tempo de tratamento proporcionou ganhos significativos na penetração e na retenção do CCB nos moirões. Nas condições em que o trabalho foi conduzido o eucalipto apresentou uma melhor resposta ao tratamento. Palavras-chave: Eucalyptus viminalis; Mimosa scabrella; moirões; substituição da seiva. ABSTRACTThis study aimed to evaluate the penetration and retention of CCB preservative in Eucalyptus viminalis Lab. and bracatinga (Mimosa scabrella Benth.) round fence posts when exposed to displacement method. The pieces were submitted to the concentration of 2.0, 3.5 and 5.0% of active ingredients of "Osmose CCB" commercial preservative during 2, 5 and 8 days. The penetration was analyzed in six positions in the fence and the retention in three positions in the disks taken at ground contact area in the fence posts fitted out. The increase of treatment time and preservative concentration provide significant gains on penetration and retention of CCB for both tree species. In the work conditions, the eucalypt showed better response to the treatment. Key words: Eucalyptus viminalis; Mimosa scabrella; fence posts; sap displacement method. INTRODUÇÃOA escassez de espécies nativas de alta resistência natural obrigou o homem a utilizar outras menos duráveis, sobretudo aquelas de rápido crescimento, provenientes de reflorestamentos. Como a maioria dos reflorestamentos foi com Eucalyptus spp. e Pinus spp., a utilização dessas espécies para moirões e outros usos tornou-se prática comum nas propriedades rurais. Mas, por causa da baixa resistência apresentada por essas espécies a organismos xilófagos, há a necessidade de preservá-las, para aumentar sua vida útil, e reduzir o consumo de madeira e o impacto sobre as florestas remanescentes.A bracatinga (Mimosa scabrella Benth.), espécie nativa de ocorrência natural de São Paulo ao Rio Grande do Sul, forma maciços florestais puros, de rápido crescimento e fácil manejo (Rota e Oliveira, 1983), apresentando potencial para o uso como moirões e outras peças para usos nos meios rural e urbano. Porém, como a madeira da bracatinga é de baixa resistência natural (Stilner, 1969; Mainieri e Chimelo, 1989), as peças necessitam de um tratamento preservativo que lhes assegure um melhor desempenho em serviço.Para o tratamento preservativo da madeira, há vários métodos, sendo o de substituição da seiva de fácil operacionalidade e baixo custo. Esse método preventivo consiste em dispor madeira recém-abatida, contendo boa proporção de alburno, di...
RESUMO:O objetivo da pesquisa foi correlacionar a resistência natural de quatro madeiras ao ataque do térmita xilófago Nasutitermes corniger Motsch. com a quantidade de extrativos e cinzas presentes na composição química das espécies ensaiadas. As madeiras avaliadas foram angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan. var. cebil (Gris.) Alts.), craibeira (Tabebuia aurea (Mart.) Bureau.), cumaru (Amburana cearensis (Allem.) A.C.Sm.) e eucalipto (Eucalyptus camaldulensis Dehnh.). De cada espécie, foram retirados corpos de prova, com dimensões de 2,00 x 10,16 x 0,64 cm (radial x longitudinal x tangencial) em duas posições (cerne externo e alburno). As amostras ficaram expostas à ação dos cupins durante 45 dias em ensaio de preferência alimentar. O teor de extrativos das madeiras foi obtido por meio da serragem que passou pela peneira de 40 "mesh" e ficou retida na de 60 "mesh". A resistência natural não esteve associada aos teores de extrativos presentes na madeira. A madeira mais resistente ao ataque dos térmitas foi o angico nas duas posições avaliadas (cerne externo e alburno) e a madeira de eucalipto foi a que apresentou o maior desgaste, ocasionado pelos cupins. A resistência biológica das madeiras esteve correlacionada com o teor de cinzas, ou seja, a espécie que apresentou o maior teor de cinzas foi a mais resistente ao ataque dos térmitas.Palavras-chave: Durabilidade natural, térmitas subterrâneos, preferência alimentar. EFFECTS OF EXTRACTIVES AND ASH ON NATURAL RESISTANCE OF FOUR WOODS TO XYLOPHOGOUS TERMITES INTRODUÇÃOOs vegetais lenhosos têm sido empregados para diversos fins, sendo uma das fontes mais utilizadas para produção de energia, celulose e papel, material de construção para os meios urbano e rural, produtos para fins medicinais, entre outros, evidenciando assim sua importância como material renovável e mais acessível que as outras fontes de matéria prima.A madeira é constituída por celulose, lignina e hemicelulose e por diversos compostos denominados de extrativos. Os extrativos são componentes que não fazem parte da constituição química da parede celular e inclui elevado número de compostos, como resinas, açúcares, taninos, ácidos graxos, dentre outros, que podem ser extraídos em água ou solventes orgânicos (SILVÉRIO et al., 2006).Segundo Oliveira et al. (2005), uma das principais características das madeiras é a sua maior ou menor suscetibilidade de ser atacada por organismos xilófagos. Os extrativos são os responsáveis pela cor, odor e resistência ao apodrecimento e ao ataque de insetos. Além disto, influenciam as propriedades da madeira como permeabilidade, densidade e dureza (PETTERSEN, 1984).Apesar da diversidade de espécies, a vegetação de Caatinga é pouco conhecida no meio científico, tornandose evidente a necessidade de informações relativas às características energéticas, químicas, físico-mecânicas da A madeira de angico (Anadenanthera colubrina var. cebil) é empregada na construção civil e no meio rural, em moirões de cerca, porteiras e para fins energétivcos. A casca do angico é ...
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