O objetivo do estudo é problematizar a Extensão com estudantes da disciplina de Fundamentos de Extensão da graduação da Universidade Federal de Lavras (UFLA). A metodologia utilizada é o mapeamento participativo sendo um diagnóstico de grupo, que tem como finalidade levantar informação do domínio de temas específicos, considerando o contexto social e econômico de cada um dos participantes, para assim ser possível dialogar e alinhar o conhecimento destes temas com o grupo todo. Buscou-se discutir o conhecimento sobre extensão na formação acadêmica fazendo um resgate do conhecimento histórico da extensão rural no Brasil a fim de motivá-los a uma atuação na extensão rural participativa e democrática. Ainda observa-se o distanciamento das instituições de ensino e pesquisa com a sociedade, sendo que extensão deve ser realizada lugares diversos, pois todos os campos de conhecimento têm abertura para extensão. Todas as áreas de conhecimento apresentam motivos para fazer extensão.
No Brasil, historicamente, a área da cultura tem sofrido com falta de orçamento público e com sucessivos desmontes das políticas públicas voltadas para esse setor. Contudo, a paralisação de espetáculos artísticos e de outras formas de manifestações culturais, devido à pandemia da COVID- 19, agravou ainda mais essa situação. Como forma de minimizar os impactos da pandemia, atores sociais se articularam para a aprovação da Lei Aldir Blanc, que previa o apoio financeiro ao setor cultural. Visando auxiliar gestores municipais de cultura de Lavras-MG e região no processo de execução desses recursos, o Observatório de Políticas Públicas da Universidade Federal de Lavras elaborou um projeto de extensão que criava o Comitê Intermunicipal de Emergência Cultural. Este trabalho tem como objetivo discutir essa experiência. A metodologia do trabalho consistiu na análise de entrevistas, das reuniões virtuais realizadas com os gestores e trabalhadores da cultura e com representantes dos setores culturais. Verificou-se que a falta de estruturação dos sistemas municipais de cultura dificultou o processo de execução do orçamento. Alguns dos gestores abandonaram o CIEC e optaram por devolver os recursos aos cofres do governo federal. Por outro lado, alguns municípios conseguiram executar os recursos de maneira satisfatória. Conclui-se que a Lei Aldir Blanc, somada ao suporte e à criação de um ambiente de interlocução entre gestores de cultura, gerando uma articulação de atores, construiu um ambiente propício para o desenvolvimento de políticas culturais locais.
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