O objetivo do estudo é problematizar a Extensão com estudantes da disciplina de Fundamentos de Extensão da graduação da Universidade Federal de Lavras (UFLA). A metodologia utilizada é o mapeamento participativo sendo um diagnóstico de grupo, que tem como finalidade levantar informação do domínio de temas específicos, considerando o contexto social e econômico de cada um dos participantes, para assim ser possível dialogar e alinhar o conhecimento destes temas com o grupo todo. Buscou-se discutir o conhecimento sobre extensão na formação acadêmica fazendo um resgate do conhecimento histórico da extensão rural no Brasil a fim de motivá-los a uma atuação na extensão rural participativa e democrática. Ainda observa-se o distanciamento das instituições de ensino e pesquisa com a sociedade, sendo que extensão deve ser realizada lugares diversos, pois todos os campos de conhecimento têm abertura para extensão. Todas as áreas de conhecimento apresentam motivos para fazer extensão.

Resumo O presente estudo de caso surge como oportunidade de gerar reflexões acerca da segurança da saúde dos trabalhadores do campo, através da experiência de uma família de agricultores, moradores do distrito de Antônio Carlos, município de Barbacena / Minas Gerais, envolvidos no Projeto Agroecologia, Homeopatia, Saúde e Segurança no Campo. Este Projeto foi criado pela Prefeitura Municipal de Barbacena por meio da união de forças entre a Secretaria Municipal de Saúde e Programas Sociais (SESAPS), da Associação Regional de Agricultura Familiar (ALIAR), o Centro de Práticas Agroecológicas e Homeopáticas (CDP) e do Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador, no ano de 2013. Atualmente usufruem do Projeto 44 produtores familiares das mais variadas áreas em propriedades de 12 cidades do campo das vertentes, na Zona da Mata mineira. Em busca de melhores condições de trabalho e de saúde para os agricultores e agricultoras da região, nasceu esse projeto que vem repercutindo positivamente na vida das famílias envolvidas. Para execução das ações, os produtores recebem toda a metodologia necessária e passam a criar seu próprio método de trabalho dentro dos preceitos da Agroecologia. Neste sentido, para construção de referenciais teórico-empíricos desse estudo foram realizadas entrevistas com a referida família de agricultores e com membros da Secretaria Municipal de Saúde de Barbacena, além de extensa pesquisa bibliográfica sobre o tema em artigos científicos, livros e no material didático elaborado para execução do Projeto. Observou-se que a busca por melhores condições de saúde foi o principal incentivo para essa família iniciar a transição agroecológica em sua propriedade, modificando a maneira como entendiam os processos naturais relacionados às plantações, ao solo, ao manejo e saúde dos animais, as adversidades climáticas e à sua própria saúde. Dentre os resultados positivos da pesquisa, observa-se o alcance na melhoria da qualidade de vida dos agricultores, desde que passaram a cultivar produtos mais saudáveis sem o uso de agrotóxicos. Visto que, durante o processo de transição agroecológica essa família de agricultores dedicou-se a implantar práticas sustentáveis produzindo os próprios insumos que são utilizados como fertilizantes e no combate a pragas, tanto nas plantações como na produção animal.