Resumo Foi testada a hipótese de que os indicadores de saúde bucal, obtidos do Pacto da Atenção Básica de 2006, Pacto pela Saúde do biênio 2010/2011 e indicadores de transição entre o Pacto pela Saúde e Contrato Organizativo da Ação Pública em Saúde de 2012, não diferiam entre as Unidades Federativas (UF) brasileiras com diferentes Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Para isso, foi realizado um estudo longitudinal ecológico comparando as UF do Brasil com extremos de IDH. Os dados foram obtidos dos sistemas de informação do SUS e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, e submetidos à análise de regressão linear de efeitos mistos (alfa = 5%). Todos os indicadores de oportunidade de acesso foram associados negativamente com o IDH. Para os de utilização, a associação ocorreu para apenas dois indicadores. Os resultados evidenciaram uma tendência evolutiva pró-equidade para indicadores de oportunidade de acesso em relação à saúde bucal.
This study aimed to analyze the association of sociodemographic, child health, healthcare service, and access indicators with developmental defects of enamel (DDE) acquired outside the uterus, based on gestational factors. A cohort of births was carried out, and 982 children aged 12 to 30 months were examined. A total of 1,500 women were followed up as of the 5 th month of gestation, and the child's gestational age was evaluated at follow-up. The clinical examination was performed as recommended by the World Health Organization, and defects were classified using the modified DDE index. Six models were considered: presence of DDE (Model 1) or opacities (Model 4), number of teeth with DDE (Model 2) or opacities (Model 5), and incidence rate of DDE (Model 3) or opacities (Model 6). Associations were estimated by relative risk (RR) in Poisson regression models. In the adjusted analysis, the mother's lowest education level was associated with the highest occurrence of DDE in Models 1 (RR = 26.43; p = 0.002), 2 (RR = 9.70; p = 0.009), and 3 (RR = 5.63; p = 0.047). Breastfeeding for over 12 months (RR = 0.45; p = 0.030) and recent use of anti-infection drugs (RR = 0.20; p = 0.039) had a protective effect on DDE (Model 1). The factors associated with the highest incidence of opacities were not having health insurance (RR = 2.00; p = 0.043) (Model 5), and belonging to a family of poor social class (RR = 4.67; p = 0.007) (Model 6). Children in a situation of socioeconomic vulnerability have a higher risk of presenting extrauterine DDE. Breastfeeding was a protection factor for DDE development.
Este estudo objetivou analisar os fatores sociodemográficos e reprodutivos associados ao acolhimento ao parto em estabelecimentos de saúde vinculados à Rede Cegonha no Brasil, na perspectiva das usuárias. Foram selecionados 606 serviços com amostra de 10.540 puérperas. O desfecho foi a variável latente acolhimento da puérpera, composta por cinco indicadores: apresentação dos profissionais com nome e função, chamar a gestante pelo nome, compreensão das informações dadas, se sentir bem tratada e respeitada e ter as necessidades respondidas pela equipe. As variáveis explicativas foram: idade, escolaridade, cor da pele, situação conjugal, tipo de parto, paridade e peregrinação. Foi utilizada modelagem de equações estruturais. Observaram-se maiores percentuais de mulheres com idade de 20 a 34 anos (68,31%), que se autodeclararam como pardas (56,3%), com escolaridade entre 9 e 11 anos de estudo (56,1%) e que tinham companheiro (78,8%). Houve predominância de puérperas que tiveram parto vaginal (56,6%), com um a dois filhos (46%) e que relataram não peregrinar (91,9%). Apresentaram efeito direto positivo sobre o acolhimento mulheres com maior idade (CP = 0,094; p < 0,001) e maior escolaridade (CP = 0,096; p < 0,001). O parto cesáreo apresentou efeito direto negativo (CP = -0,059; p < 0,002) e cor da pele preta e parda apresentou efeitos direto e indireto negativos (CP = -0,081; p < 0,001 e CP = -0,014; p < 0,001). Puérpera com maior idade, maior escolaridade e que tiveram parto vaginal tiveram percepção mais positiva do acolhimento nos serviços de saúde.
OBJETIVO: Avaliar o conhecimento sobre saúde bucal de mães participantes de um programa educativo-preventivo para lactentes. MÉTODOS: Estudo de coorte com 112 mães e seus bebês de 0 a 18 meses, cadastrados no projeto "Promoção de Saúde Bucal na Primeira Infância", da Universidade Federal do Maranhão. Inicialmente, entrevistas semiestruturadas que contemplavam o nível de conhecimento das mães sobre a saúde bucal dos bebês foram realizadas. Também foi examinada a cavidade bucal dos bebês a fim de detectar o nível de placa bacteriana, sangramento gengival e presença de cárie. Em seguida, palestras educativo-preventivas foram ministradas e, após um ano de acompanhamento, novas entrevistas foram realizadas, bem como o exame clínico. Para analisar os dados, foram utilizados os testes de qui-quadrado e exato de Fisher com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Antes das palestras educativas, 93% das mães executavam a higiene bucal de seus bebês e 57,3% a realizavam nos períodos diurno e noturno. Após as palestras, todas responderam executar os cuidados (p=0,02), sendo 74,7% nos períodos diurno e noturno (p=0,01). Não houve diferença quanto ao consumo de alimentos cariogênicos nos questionários inicial e final. Notou-se que, inicialmente, 5,6% das faces dentais apresentaram cárie; 29,7%, placa bacteriana; e 11,9%, sangramento gengival. Após as palestras, apenas 0,4% das faces dentais apresentaram cárie (p<0,0001); 2,4%, placa bacteriana (p<0,0001); e 10,6%, sangramento gengival (p<0,0001). CONCLUSÕES: A aquisição de conhecimentos é fundamental para melhorar as condições de saúde.
RESUMO Esta pesquisa apresenta o diagnóstico situacional das Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária à Saúde do estado do Maranhão. Foi realizado um estudo descritivo, com dados primários dos 217 municípios do estado, através de um formulário enviado a todos os secretários municipais de saúde, no período de abril a julho de 2019. A taxa de resposta foi de 100%, indicando que 25,4% dos municípios ofertam Práticas Integrativas e Complementares. Fitoterapia e massoterapia são as mais ofertadas, estando presentes em 49,1% e 29,1% dos municípios, respectivamente. Os fisioterapeutas são os profissionais que mais executam as Práticas Integrativas e Complementares (54,5% dos municípios). Em 49,1% dos municípios, essas práticas são ofertadas pela Estratégia Saúde da Família, e em 47,3%, pelo Núcleo Ampliado de Saúde da Família. No que diz respeito aos instrumentos de gestão, organização e legislação específica, observou-se que nenhum município do estado possui legislação específica para as práticas e 14,5% dos municípios preveem alguma estrutura organizacional específica para geri-las. A oferta destas práticas no Maranhão ainda é um desafio, mesmo com as orientações da Organização Mundial de Saúde e a instituição da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde.
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