O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença inflamatória autoimune crônica, ocasionada pela produção de autoanticorpos, com períodos alternados de remissão e atividade. Na idade adulta é mais prevalente no sexo feminino e está relacionada a fatores genéticos, como a deficiência de C1q, C1r, C1s, C4, C2 e C3 na cascata do complemento, a deficiência do receptor FC de imunoglobulinas, a existência de DR3 e HLA-DR2 e também mecanismos que fazem com que aconteça uma exacerbação da imunidade inata. Assim como fatores ambientais como hormônios, raios ultravioletas, sílica e entre outros. Esses agentes fazem com que ocorra uma produção anormal de linfócitos T, responsáveis pelo controle da autoimunidade. Esses autoanticorpos atacam proteínas próprias do organismo, causando inflamação em vários órgãos. A apresentação clínica pode ser cutânea (manchas na pele) ou sistêmica, sendo o envolvimento articular a manifestação clínica mais frequente. Pode apresentar também, fadiga, eritema malar, placas eritematosas, alopecia, pericardite, pneumonite, síndrome nefrítica lúpica e outros achados clínicos. Por ser uma doença complexa, seu diagnóstico é multifatorial, sendo necessário 4 dos 11 critérios propostos pela American College of Rheumatology (ACR), entre eles, se observa apresentações clínicas (rash malar, rash discóide, artrite e úlcera oral), presença de autoanticorpos (anti-DNA nativo, FAN, anticardiolipina IgM e IgG, anti-Sm, anticoagulante lúpico, anti-La/SSB, anti-RNP e anti-Ro/SSA), avaliação de exames laboratoriais como VHS, PCR, hemograma, exame de urina e avaliação de alterações neurológicas. O tratamento é individual e feito de acordo com a gravidade de cada caso.
A hanseníase é uma patologia infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, ao qual é uma bactéria gram-positiva resistente e que pode infectar os nervos periféricos. Sendo assim, a hanseníase é considerada uma doença com um alto poder infeccioso e baixo nível patogênico, e por isso, associada a 95% de imunidade na maioria das populações de ocorrência. Nesse contexto, o modelo mais eficaz a ser adotado para o controle da hanseníase baseia-se na complementariedade das ações; com início no diagnóstico precoce, tratamento especializado e contínuo dos casos diagnosticados, prevenção de incapacidades, vigilância aos contatos domiciliares do paciente, até a alta por cura. Contudo, alguns pacientes podem apresentar reação hansênica tipo 1, reação essa que ocorre frequentemente logo após o início do tratamento, apresentando reações inflamatória granulomatosa e necrose tecidual concomitante ao possível comprometimento neurológico sintomático. Em contrapartida alguns pacientes podem apresentar a reação hansênica tipo 2, reação essa que ocorre geralmente durante e após o tratamento e é determinado pela manifestação de nódulos na pele de aparecimento súbito. Assim, o tratamento da hanseníase é poliquimioterápico, ambulatorial e utiliza esquemas terapêuticos padronizados, preconizados pela Organização Mundial da Saúde. Valendo lembrar que a hanseníase é uma doença curável, controlável e de tratamento gratuito.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.