Este artigo apresenta uma breve visão do advento da indústria de biossimilares no Brasil e no mundo. Os biossimilares são medicamentos originários de proteínas terapêuticas ou biológicas, cujas patentes estão expiradas ou em expiração. Analogamente à indústria farmacêutica de genéricos, a expiração das patentes dos medicamentos biológicos condiciona o surgimento de um novo segmento na indústria farmacêutica. Seu advento enseja a transposição de inúmeras barreiras, não somente regulatórias, de propriedade intelectual, bem como de processos e domínio da expertise tecnológica. Esse nível de complexidade impõe às novas empresas que assumam a produção de biossimilares, o mesmo patamar estratégico das empresas originadoras ou detentoras das patentes. A importância dos biossimilares se deve no contexto de saúde pública, aos altos custos dos biológicos originadores. Como a incidência de doenças crônico-degenerativas dominará o cenário dos sistemas de saúde, devido ao envelhecimento da população, a emergência dos biossimilares acarretará reduções substanciais de custos.
Purpose The purpose of this paper is to analyze the strategies and organizational forms used by large Brazilian pharmaceutical companies (LBPCs) in interaction with universities for the development of innovation. Design/methodology/approach In the pharmaceutical industry, a science-based sector, the source of new knowledge is often outside the company environment. Thus, the search for innovation depends on the company’s strategic decisions of cooperation. This research uses the case study method, with secondary data from the 2008, 2011 and 2014 Innovation Survey (Pintec) about the innovative efforts of LBPCs, as well as primary data from semi-structured interviews with six of them. Findings The most recent data on innovation in Brazil show changes in the innovative efforts of LBPCs, involving the raise in the interaction with universities. The results of the field research also show that the LBPCs have differentiated innovative structures and are effectively using strategies for partnerships with universities, through the creation of radical innovation departments, the establishment of internal scientific committees and the internationalization of research and development. Originality/value These findings contribute to the literature on the industry-university interactions in Brazil and in developing countries. However, this analysis cannot be generalized for the Brazilian pharmaceutical industry as it uses the case study method. Moreover, it is too early to determine if the identified strategies were successful. Nonetheless, it is worth mentioning that the strategies of the six interviewed companies differ greatly from the patterns of the Brazilian pharmaceutical industry and the manufacturing industry.
RESUMO A retomada da política industrial como pauta do governo brasileiro no início dos anos 2000 traz grande destaque à promoção da relação universidade-empresa. Em 2004, é assinada a Lei de Inovação, que busca flexibilizar o aparato burocrático para promoção destas parcerias e estabelece a obrigatoriedade de criação de Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) nas instituições públicas de pesquisa. O objetivo deste trabalho é apresentar esse marco político e os instrumentos de apoio criados, a configuração dos NITs no Brasil, para se discutir os obstáculos e desafios presentes ao seu funcionamento, e identificar possíveis aprendizados para as políticas públicas. Para isso, são analisados os resultados do Formulário para Informações sobre a Política de Propriedade Intelectual das Instituições Científicas e Tecnológicas (2007-2015), à luz dos resultados de uma pesquisa de campo realizada entre 2014 e 2015 e da literatura sobre o tema. Conclui-se que, apesar do crescimento do número de NITs por todo o país, os desafios a sua atuação ainda são enormes, assim como, a necessidade de apoio para seu desenvolvimento.
O objetivo deste artigo é apresentar as características de três abordagens sobre o relacionamento entre empresas e universidades. No modelo da hélice tríplice, a universidade adquire a função de comercialização do conhecimento, assim sendo vista como um ator do desenvolvimento econômico. Na abordagem de sistemas de inovação, a universidade cumpre o papel de formadora de recursos humanos e de parceira das empresas para gerar inovação. E, na abordagem latinoamericana, a universidade tem uma função importante no desenvolvimento social, pois estaria alinhada às necessidades dos países periféricos. Em cada uma destas visões, a universidade e a empresa possuem papéis e formas de interação diferenciados. No Brasil, foi visto que os incentivos para fomentar o papel da universidade no desenvolvimento seguiram as orientações das abordagens teóricas mencionadas, mas acabaram por ficar deslocadas da realidade. Desta forma, os resultados decorrentes são incipientes e pouco satisfatórios até o momento.
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