Embora haja um grande número de estudos que analisam a relação entre a forma urbana e arquitetônica e a ocorrência de crimes, estudos específicos em ambientes universitários ainda são raros. Neste trabalho, são analisados dois pares de estacionamentos no campus principal da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, para verificar se a visibilidade, permeabilidade, nível de apropriação e diversidade de uso do solo podem ser fatores explicativos de uma maior ou menor ocorrência de crimes nesses locais. Eles foram escolhidos por apresentar, em cada par, quantidades semelhantes de vagas e quantidades contrastantes de crimes, sendo um estacionamento com alta e o outro com baixa ocorrência. A análise comparativa foi feita com base em levantamentos in loco, observação e elaboração de mapas. Os resultados indicam que a visibilidade e permeabilidade são efetivamente importantes para diminuir a ocorrência de crimes. Por outro lado, a quantidade de pessoas em cada local, por si só, não foi capaz de explicar as diferenças nas taxas de crimes, a não ser quando foi considerada sua distribuição ao longo do dia e a visibilidade a partir dos principais caminhos para os estacionamentos. Quanto aos usos do solo, os resultados mostraram-se contrários à crença disseminada entre arquitetos e urbanistas de que maior diversidade estaria relacionada a menor número de ocorrências criminais. As conclusões trazem elementos para fomentar os debates, planos e intervenções em campi universitários sob a lógica da segurança.
O presente trabalho discute o resultado da avaliação do ambiente físico de três unidades de tratamento intensivo (UTIs) de hospitais públicos da Grande Florianópolis. Objetivou-se identificar problemas recorrentes nessas unidades, a partir da percepção ambiental de seus profissionais de saúde e também da avaliação dos pesquisadores, e refletir sobre possíveis soluções. Para tanto, foram realizadas: revisão de literatura; visitas exploratórias a duas UTIs de hospitais particulares; e aplicada a metodologia de avaliação pós-ocupação em três estudos de caso de hospitais públicos, nos quais foram empregados o mapeamento visual e a análise walkthrough. Cabe destacar que, na análise walkthrough, as três unidades não atenderam plenamente aos aspectos mínimos necessários ao funcionamento do local, os quais dizem respeito, em sua maioria, a itens previstos em resoluções e normas. Dentre os problemas recorrentes encontrados nas três UTIs avaliadas estão: subdimensionamento de ambientes; insuficiência ou inadequação de móveis e equipamentos; ambientação pouco humanizada; sobreposição indesejável de usos; problemas de conservação e de manutenção; falta de visibilidade em relação aos leitos; acabamentos inadequados; e aspectos deficitários da infraestrutura. Espera-se, através da discussão dos problemas constatados e de possíveis soluções, contribuir para a atuação profissional, para a gestão pública desses locais e para a revisão da legislação vigente.
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