Este estudo tem como objetivo investigar a relação entre a reputação corporativa e a criação de riqueza pelas companhias listadas na BM&FBovespa, considerando a Teoria da Sinalização. Fez-se uso da Regressão Linear Múltipla e do teste de Mann-Whitney em uma amostra de 309 empresas. A coleta de dados foi realizada com base nas Demonstrações Financeiras Padronizadas, no Formulário de Referência e na participação das empresas em alguns rankings. Os resultados revelaram que: (i) a criação de riqueza é influenciada pela reputação corporativa, assim como o tamanho, o endividamento, a proporção de ativos intangíveis, a idade e a internacionalização; (ii) há diferenças estatisticamente significantes entre as empresas com reputação e aquelas que não possuem reputação corporativa. Conclui-se que manter uma boa reputação corporativa, sendo esta considerada um ativo intangível, dificilmente copiada e proveniente dos sinais positivos emitidos para os stakeholders, constitui fator determinante na explicação da criação de riqueza.
Recebido em 21.11.2014 | Aceite final em 03.07.2016 | Nota: este artigo foi aceito pelo Editor Jorge Eduardo Scarpin e passou por uma avaliação double blind review A reprodução dos artigos, total ou parcial, pode ser feita desde que citada a fonte.
Considerando a representatividade dos gastos com pessoal nos orçamentos dos entes públicos, bem como o início de período de recessão econômica e consequente crise fiscal vivenciada pelo país, este estudo tem como objetivo analisar o cumprimento dos limites de gastos com pessoal no Poder Executivo dos estados da região Nordeste à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal, no período de 2013 a 2015. Para tanto, realizou-se uma análise descritiva, com abordagem qualitativa dos dados. A coleta de dados foi realizada com base nos Relatórios de Gestão Fiscal do último quadrimestre do exercício. Os resultados demonstraram que: (i) o declínio do Produto Interno Bruto influenciou negativamente a Receita Corrente Líquida entre 2014 e 2015, reduzindo a base de cálculo para apuração dos índices estaduais; (ii) a despesa total com pessoal cresceu em percentuais maiores que a Receita Corrente Líquida, entre 2013 e 2014, já entre 2014 e 2015 a Receita Corrente Líquida diminuiu em patamares maiores do que os dispêndios com pessoal, corroborando o aumento dos índices; (iii) a maioria dos estados obedeceu ao limite máximo fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, inclusive no período de redução da Receita Corrente Líquida. Contudo, apresentaram dificuldades quanto à obediência ao limite de alerta e ao prudencial. Conclui-se que a observância aos limites de gastos com pessoal estipulados pela Lei de Responsabilidade Fiscal para o Executivo estadual é prejudicada em períodos de menor arrecadação.
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