Introdução: A doença tromboembólica venosa e as complicações obstétricas resultantes do tromboembolismo placentário são as principais causas de morbidade e mortalidade materna e fetal. Pode-se dizer que a gravidez é um fator independente para o desenvolvimento de trombose, já que seu risco é de 5 a 6 vezes maior em mulheres grávidas quando comparadas a não grávidas, sendo mais elevado após o parto. Métodos: Trata-se de uma coorte histórica, onde foram estudadas pacientes atendidas no Serviço de Obstetrícia da Universidade Federal de Juiz de Fora (expostos=n=70 pacientes) e na Faculdade de Medicina de Barbacena (não expostos=n=74 pacientes). As pacientes foram divididas em dois grupos: Grupo 1 = pacientes com alguma trombofilia identificada (expostos) através das dosagens de proteína S, proteína C, homocisteína, antitrombina III, mutação da MTHFR, mutação da protrombina e do fator V de Leiden; e Grupo 2 = pacientes do serviço de baixo risco obstétrico. Resultados: Houve associação entre trombofilia e aborto prévio, bem como trombofilia e morte fetal prévia (p<0,05). O tipo de trombofilia que foi associada a abortamento prévio foi o déficit da proteína S. A mutação da MTHFR foi associada aos antecedentes de HELLP síndrome (p=0,03; x 2 =4,2) e de pré-eclâmpsia (p=0,03; X 2 =4,5) quando em homozigotia mutante. A homozigotia para a MTHFR foi também associada às médias de homocisteína, de forma que as homozigotas eram aquelas que apresentavam a maior dosagem de homocisteína (p=0,01; X 2 =5,8; X= 27,2 ± 41,2 vs. 12,62 ± 19,0). Conclusão: As trombofilias hereditárias podem estar associadas a mau desfecho obstétrico e devem ser valorizadas na clínica obstétrica.
RESUMOObjetivo: avaliar a associação entre a contagem de linfócitos T CD4+ e a gravidade da neoplasia intra-epitelial cervical em pacientes HIV positivas. Métodos: estudo transversal no qual foram incluídas 87 pacientes infectadas pelo HIV, confi rmado por testes sorológicos prévios. Todas eram portadoras do HPV cervical, diagnosticado por meio da reação em cadeia da polimerase. Foram realizados anamnese, exame físico e colposcopia de todas em pacientes. A biópsia do colo uterino foi realizada quando indicada pelo exame colposcópico. Os resultados histopatológicos foram classifi cados com neoplasia intra-epitelial de baixo grau (NIC I) ou de alto grau (NIC II e II). A associação entre a contagem de linfócitos T CD4+ e a gravidade da lesão foi verifi cada por meio da comparação de médias utilizando a análise da variância (ANOVA). Resultados: entre as 60 pacientes biopsiadas foram encontrados 24 casos (40,0%) com NIC I, oito (13,3%) NIC II, três (5%) NIC III, 14 (23,3%) pacientes somente com cervicite crônica e 11 (18,3%) apresentando efeito citopático produzido pelo HPV, mas sem perda da polaridade celular. Isso equivale a 35 mulheres com lesão intra-epitelial de baixo grau (NIC I + HPV) (58,3%) e 11 (18,3%) com lesão intra-epitelial de alto grau (NIC II + NIC III). A associação entre a média da contagem de linfócitos T CD4+ e a gravidade da lesão intra-epitelial cervical não foi signifi cativa (p=0,901). Conclusões: não houve associação entre a contagem de linfócitos T CD4+ e a gravidade da lesão intra-epitelial do colo uterino, diagnosticada pelo exame histopatológico. PALAVRAS-CHAVE:Neoplasia intra-epitelial cervical/patologia; Sondas DNA HPV; Neoplasias do colo do útero; Infecções por HIV; AIDS ABSTRACT Purpose: to evaluate association between CD4+ cell count and cervical intraepithelial lesion severity in HIV-infected women. Methods: cross-sectional study of 87 HIV-infected patients which were confi rmed by previous serologic examinations. All had cervical HPV diagnosed by polymerase chain reaction (PCR). All patients underwent anamnesis, physical examinations and colposcopy. Cervix biopsy was performed when indicated by colposcopical examination. Histopathological results followed Richart's classifi cation, adapted by Wright, and CD4+ cell count and cervical intraepithelial lesion severity association was analysed by comparison of means using analysis using analysis of variance (ANOVA).Results: among 60 biopsied women 24 were found (40.0%) with CIN I, eight (13.3%) with CIN II, three (5%) with CIN III, 14 (23.3%) with chronic cervicitis and 11 with cytopathic effect of HPV, without cell polarity loss. This corresponds to 35 (58.3%) women with intraepithelial lesion of low grade (CIN I + HPV) and 11 (18.3%) with intraepithelial lesion of high grade (CIN II + CIN III). There was no signifi cant association between CD4+ cell count mean and cervical intraepithelial lesion severity (p=0.901).Conclusions: there was no association between CD4+ cell count and cervical intraepithelial lesion severity diagnosed by hi...
O objetivo deste artigo é avaliar o perfil de pacientes usuárias de contraceptivos hormonais no setor público e fazer a comparação com o serviço privado de saúde, bem como verificar a frequência de efeitos colaterais e a aderência ao tratamento. Realizou-se um estudo de corte transversal com 240 pacientes, sendo 120 da rede privada e 120 da rede pública de saúde. No grupo privado, a dosagem hormonal mais frequentemente prescrita foi a de 15 ou 20 microgramas de etinil-estradiol (EE), associados a gestodeno, desogestrel ou levonogestrel (36,7%). No grupo público, a combinação de 30 microgramas de EE associados a gestodeno, levonogestrel ou desogestrel (48,3%) foi a principal medicação contraceptiva prescrita. Não houve diferença entre a frequência dos efeitos colaterais nos dois grupos pesquisados (p>0,05). A aderência ao tratamento foi maior nas pacientes do grupo privado (p<0,05). Concluiu-se que o método contraceptivo mais utilizado foi o oral com baixa dosagem de EE, não havendo diferença entre a frequência dos efeitos colaterais. A aderência ao tratamento foi maior no grupo privado, o que pode estar associado ao fator sociocultural das pacientes estudadas.
Objetivo: Comparar o peso dos recém-nascidos de gestantes diabéticas gestacionais e metabolicamente normais. Métodos: Trata-se de uma coorte histórica, onde foram estudadas pacientes atendidas nos serviços de Baixo e Alto Risco da Faculdade de Medicina da UFJF. Dados da anamnese, exame físico e conduta médica foram coletados, bem como os dados do recém-nascido. Resultados: Foram estudadas 133 pacientes, sendo 77 pacientes com diabetes gestacional (57,9%) e 56 (42,1%) metabolicamente normais. A média de peso do recém-nascido das pacientes do grupo controle foi de 3180 ± 545 g e das pacientes diabéticas foi de 3277 ± 439 g, mas sem significância estatística (p=0,361). A comparação entre a média de peso do recém-nascido em pacientes com diabetes em uso de insulina (3287 ± 350 g) e não usuárias de insulina (3178 ± 474 g) que também não foi significativa (p=0,448). Não houve associação entre o peso materno (peso inicial, peso final, ganho de peso) e peso do recém-nascido, avaliados através da regressão linear (p=0,448). Conclusão: O peso ao nascer foi semelhante em gestantes diabéticas gestacionais e gestantes normais, o que sugere que com o pré-natal eficiente alcança-se uma glicemia materna mais próxima da normalidade, fazendo diferença no prognóstico materno e fetal.
Objetivo: Avaliar a saúde dos parceiros sexuais de gestantes, bem como a sua importância para a evolução da gestação. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado com 81 indivíduos. Foram analisados parceiros participativos à consulta até 32 semanas de gestação, submetidos a anamnese, pesquisa de antecedentes pessoais, familiares, participação na gravidez da parceira, exame físico e exames laboratoriais; dados e intercorrências clínicas durante o pré-natal das gestantes acompanhas pelo parceiro foram colhidos, utilizou como grupo controle gestantes com pré-natal sem participação de parceiros. Estatísticas foram realizadas com software JAMOVI (ios) versão 1.1.9. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Considerando a participação do parceiro ou não durante o pré-natal, não houve mudanças estatisticas significativas em relação a progressão esperada da gestação bem como as complicaçoes mais comuns dessa fase. Em relação a saude do parceiro o fator de maior preucupação foi a média de IMC classificada como sobrepeso. Conclusão: A participação do parceiro no pré-natal, não influenciou nas intercorrências clínicas da gestante para o determinismo do parto, mas foi possível identificar alterações da própria saúde do parceiro que merecem orientação, controle e tratamento.
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