É comum nos depararmos com um discurso de que o Jornalismo atravessa uma crise de valores, de identidade e de mercado. Também é comum a abordagem teórica de que a profissão de jornalista passa por uma precarização e que essa prática social tem sofrido modificações em suas estruturas. Diante desse contexto, traçamos aqui uma discussão teórico-epistemológica acerca do uso dos conceitos-chave crise jornalística, precarização da profissão de jornalista e mudanças estruturais no Jornalismo, tendências teóricas atuais no contexto de pesquisas acadêmicas brasileiras que versam sobre Jornalismo.
A Mídia Ninja, criada em 2013, é um coletivo de comunicadores que produz conteúdo jornalístico cidadão utilizando exclusivamente plataformas online. Refletir sobre o surgimento e a popularização do grupo no contexto da atual fase da profissionalização do jornalismo no Brasil é nosso principal objetivo com a investigação. Para a realização desse estudo de caso, traçamos uma linha histórica sobre o jornalismo profissional no Brasil; tratamos do contexto de surgimento do coletivo e suas características, trazendo aproximações ao termo jornalismo cidadão online; por fim, chegamos à conclusão que a Mídia Ninja, além de ser fruto da realidade digital, nasce, se populariza e desenvolve suas narrativas em um complexo contexto do mercado de trabalho jornalístico, sobre o qual discutimos no decorrer do trabalho.
Apesar de ter sido a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras e de ser popularmente reconhecida como escritora, Rachel de Queiroz (1910-2003) se definia como jornalista. Neste contexto, apresentamos um ensaio com viés biográfico acerca de sua trajetória neste ofício, enfatizando sua atuação na revista O Cruzeiro, na qual manteve a coluna semanal Última Página entre os anos de 1944 e 1975. Como parte da construção metodológica da pesquisa, fizemos um levantamento das crônicas nas quais a autora discorre sobre o fazer jornalístico e propomos algumas reflexões.
Rachel de Queiroz se considerava essencialmente jornalista e, durante toda a vida, escreveu crônicas para jornais e para a revista semanal <em>O Cruzeiro</em>. A partir da leitura de seus escritos, é possível identificar na página do jornal diário a crônica como parte de um sistema, resultado de uma comunicação midiática e, portanto, instância de produção de sentido. Nesse contexto, apresentamos uma compilação de temas tratados em suas crônicas (QUEIROZ, 1963, 1976, 1993, 1994, 1995, 1999, 2006).
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