Juliana Gontijo é artista visual, formada pela Escola de Belas Artes da UFMG e se dedica à produção artística e cultural em Belo Horizonte. Os trabalhos apresentados nesta edição fizeram parte da exposição "RADICAL -TERRA", realizada em 2016 no Sesiminas e tratam das diversidades de perspectivas da relação entre o humano e a terra.
Os trabalhos apresentados nessa edição foram apresentados na exposição RADICAL - TERRA, realizada em 2016 no Sesiminas, e tratam das diversidades de perspectivas da relação entre o humano e a terra.
O presente artigo apresenta a pesquisa e trabalho curatorial desenvolvido para a exposição Kwá yepé turusú yuriri assojaba tupinambá: essa é a grande volta do manto tupinambá, realizada entre setembro e novembro de 2021 na Galeria Fayga Ostrower (Brasília, Distrito Federal) e na Casa da Lenha (Porto Seguro, Bahia). Nela, partimos da história dos mantos tupinambás para refletir sobre a retomada de sua produção por esse povo, o processo de dominação colonial e sua resistência. Além de questões sobre como expor objetos sagrados em exposições de arte contemporânea, o artigo traz reflexões sobre os desdobramentos da mostra em um ano marcado pelo acirramento da perseguição política aos povos originários do Brasil.
Em As garotas más da história: arte e feminismo decolonial, a prof. Juliana Pereira Gontijo e a estudante Marilúcia Moreira Santos fazem uma investigação das questões de gênero e feminismo decolonial. Tendo como campo de estudo a arte contemporânea, as autoras refletem sobre as mulheres e suas relações com memória, história e ancestralidade, especialmente em coletivos e comunidades.
O plano de trabalho do projeto intitulado As garotas más da história: arte e feminismo decolonial tem por objetivo investigar as questões de gênero e feminismo decolonial, a partir de um olhar histórico e contemporâneo. Estabelece um viés político da biografia feminista latino-americana e africana, e não do eixo EUA-Europa, no intuito de reforçar uma área pouco explorada no estudo e na pesquisa. Essa pesquisa acadêmica se articula nas questões e desafios apresentados por pensadoras engajadas no contexto político e social, contra o sistema patriarcal e as opressões implementadas pelos regimes coloniais. No Brasil, uma das teóricas mais importantes e pioneiras na luta contra essa opressão foi a brasileira Lélia Gonzalez(1935-1994). Mulher negra, intelectual e ativista, ela se destacou nas discussões entre gênero e raça, na luta contra o racismo do povo negro, sobretudo das mulheres negras. Essa conexão de pesquisar e discutir se faz necessária frente a desafios apresentados por atuações feministas, nas suas relações com memória, história e ancestralidade.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.