A displasia óssea geralmente é um achado radiográfico, por não apresentar, em sua maioria, alterações clínicas. Contudo, um novo subtipo de displasia, que afeta preferencialmente mulheres negras de meia-idade e promove expansão do osso cortical envolvido, tem sido relatada como Displasia Óssea Expansiva. O objetivo deste artigo é relatar dois casos de Displasia Óssea Florida com expressivo aspecto expansivo e perfuração das corticais ósseas envolvidas. O primeiro relata uma paciente negra, 46 anos, que compareceu à Odontoclínica Central da Marinha necessitando de restauração indireta em um dente. O exame clínico demonstrou um aumento de volume duro na face lingual do rebordo alveolar dos incisivos inferiores. Na radiografia panorâmica, foram observadas duas imagens de densidades mistas com predomínio de áreas radiopacas nas regiões apicais dos dentes anteroinferiores e do primeiro molar inferior esquerdo. A tomografia computadorizada mostrou expansão, adelgaçamento da cortical vestibular e perfuração da cortical lingual na região dos incisivos. O segundo caso apresenta uma paciente de meia idade, feoderma, que buscou atendimento para acompanhamento de lesão mista na mandíbula, nas regiões apicais dos dentes anteriores, pré-molares e na região correspondente ao terceiro molar direito. Na tomografia computadorizada por feixe cônico observaram-se expansão e adelgaçamento da cortical vestibular nos dentes anteroinferiores. Com base na literatura atual e nas características de ambas as lesões, a hipótese diagnóstica para ambos os casos foi de Displasia Óssea Florida com aspecto expansivo. As pacientes foram orientadas sobre a importância da higiene bucal adequada e da necessidade de um acompanhamento clínico imagiológico anual destas lesões.
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