Entendendo a importância do planejamento das despesas indiretas nos empreendimentos da construção civil, esse estudo buscou comparar duas metodologias, uma que distribui o total de custos indiretos de forma igual para todos os meses, e outra, que distribui de acordo com o planejamento do empreendimento. Essa última analisa a distribuição dos custos indiretos conforme o cronograma físico, o histograma de mão de obra, as etapas do empreendimento, as parcelas de contratos constantes e os contratos de consultorias. Como aplicação, foi realizado um estudo de caso de um empreendimento de 32 andares, localizado em Fortaleza-CE. Os resultados indicaram que os custos indiretos distribuídos conforme os critérios abordados, retratam melhor a realidade, onde na primeira metade dos meses foi distribuído 33,13% das despesas indiretas totais em contrapartida com 50% na metodologia uniforme, mostrando que esses custos crescem e se concentram mais na segunda metade do empreendimento, representando aproximadamente 2/3 dos custos indiretos totais, para o caso analisado. Comparando as duas metodologias observou-se que a falta de uma análise dos custos indiretos pode comprometer a programação de desembolso financeiro da empresa. Por fim, concluiu-se que a utilização da metodologia uniforme, ocasiona uma falsa interpretação de economia e prejudica na tomada de decisões.

O atraso dos empreendimentos é uma das principais problemáticas do setor da construção civil, a análise de não-conformidades que ocasionam essa problemática, fornece às equipes tendências que podem ser usadas para desenvolver estratégias para evitar a recorrência das mesmas falhas no futuro. Desta forma, esta pesquisa se desenvolve com o intuito de avaliar a aplicação da análise de curto prazo do sistema Last Planner em obras residenciais e comerciais a partir da coleta de um banco de dados de 10 obras verticais de uma torre na construção civil, acompanhadas pela mesma empresa de consultoria em planejamento. Contabilizou-se as cinco causas mais frequentes, sendo a principal delas a mudança no plano de ataque da obra, e utilizando análise estatística observou-se que existe uma grande variabilidade do número de ocorrência das problemáticas ao longo das obras. Além disso, verificou-se que a grande maioria dos problemas são de origens internas, sendo planejamento e mão de obra os dois subgrupos com mais causas do não cumprimento de metas cadastradas. Concluiu-se que analisando as principais causas do não cumprimento das metas de curto prazo e identificando o seu comportamento é possível prever cenários e buscar melhoria contínua do projeto.