A cultura, enquanto política pública que fomenta a produção artística e cultural, sua disseminação e preservação, são temas recentes das agendas dos estados e de governos. A influência da colonização portuguesa, somada ao colonialismo moderno e a consequente subserviência ao consumo da indústria cultural atuante no país, fizeram que a produção artística e cultural nacional fosse fruto de uma constante decantação, valorizada mais por critérios comerciais e mercantis que estéticos e criativos. A complexidade das formas de expressão da população brasileira, da criação e domínio de códigos e de elementos simbólicos que influenciam costumes e valores fazem com que nossa cultura seja borrada pela extensa fronteira física com países sul americanos assim como diferentes influências dos povos originais e da imigração europeia, africana e oriental (FLUSSER, 2008a, 2008b, 2011). A cultura brasileira, elencada a partir da identidade nacional, passa a ser um mito de unidade da assimilação cultural ou aculturação (FERNANDES, 1978), uma falsa homogeneidade criada artificialmente para dar sustento na estabilidade, na organização do tecido social. Para a terapia ocupacional, garantir os direitos e dignidades tem sido uma pauta transversal. No caso da terapia ocupacional na cultura, as políticas públicas devem ir além da garantia à produção e consumo, e os desafios são múltiplos e complexos. É preciso considerar que a cultura é fundamental e estratégica para o desenvolvimento de qualquer sociedade (UNESCO, 1982). Desta forma, seria um grande equívoco desconsiderar a cultura para e nos processos de transformação social
Este artigo tem como objetivo identificar a relação entre as profissionais do sexo e sua família, trabalho, utilização dos serviços de saúde e políticas públicas. A partir disto, discorrer sobre esta relação, as condições de trabalho, e a contribuição da Terapia Ocupacional. Por fim, analisar a possível atuação do terapeuta ocupacional na criação de serviços de saúde e associações direcionadas ao atendimento às profissionais do sexo. Optou-se pela pesquisa descritiva utilizando questionário semiestruturado com abordagem qualitativa para coleta de dados. Foram entrevistadas dez profissionais do sexo atuantes em duas casas de massagem na cidade de Pelotas/RS. As participantes têm como única atividade ocupacional remunerada a prostituição, profissão regulamentada pela Classificação Brasileira de Ocupações desde 2002. Identificou se que as profissionais do sexo. Buscam atendimento na rede de saúde, em sua maioria na rede pública, realizam os exames ginecológicos preventivos, relatam utilizar preservativos em todas as relações sexuais, mas em contrapartida se mostram receosas com a possibilidade de receberem tratamento preconceituoso e discriminatório ao acionarem os serviços de saúde devido sua profissão. Indicam ser a favor da criação de um serviço de saúde direcionado a profissionais do sexo e de uma associação da categoria para buscar direitos trabalhistas e sociais. O terapeuta ocupacional como indicado neste estudo, é um profissional capacitado para atuar e contribuir na qualidade de vida das profissionais do sexo, principalmente nas áreas de contextos sociais e saúde do trabalhador. Abstract This article aims to identify the relationship between sex workers and your family, work, use of health services and public policy. From this, talk about this relationship, working conditions, and the contribution of occupational therapy. Finally, examine the possible role of the occupational therapist and the feasibility of creating associations and health services directed towards meeting the sex workers. We opted for the descriptive research using semi-structured questionnaire with a qualitative approach to data collection. Ten were interviewed sex workers operating in two massage parlors in the city of Pelotas/RS. The participants are only occupational activity remunerated prostitution, regulated profession by the Brazilian Classification of occupations since 2002. Identified that the sex workers. Seek assistance on the health network, in your most on the public network, carry out the preventive gynecological examinations, report using condoms in all sexual relations, but on the other hand are afraid with the possibility of receiving treatment biased and discriminatory to deploy health services because of your profession. Indicate being in favour of the creation of a health service targeted at sex workers and an Association of category to get labor and social rights. The occupational therapist as indicated in this study, is a skilled professional to act and contribute to the quality of life of sex workers, mainly in the areas of health and social contexts. Keywords: Prostituition; Sex workers; Worker’s Health; Occupational Therapist; Public Policy.
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