Avaliou-se o custo de produção de ração alternativa para peixes onívoros. As informações sobre ingredientes e preços (varejo) foram obtidas mensalmente de dezembro/2014 a novembro/2015 em Belém, Santa Izabel do Pará, Castanhal, Santa Maria do Pará e Bragança. Posteriormente, foram formuladas rações e calculados os custos pela estrutura de custo operacional. O processamento considerou quatro etapas, desde a “mistura” ao “resfriamento”, e tudo obedeceu a demanda hipotética de piscicultura em viveiro escavado com 0,2 hectares de lâmina d’água. Constatou-se que a maioria dos ingredientes estiveram disponíveis ao longo do ciclo de produção e outros apresentaram sazonalidade. As rações formuladas tiveram de 28 a 45% de proteína bruta e custo de R$ 1,88 a R$ 2,38 por quilo, respectivamente. Houve baixo custo de produção, sugerindo menor preço de mercado se comparado aos preços praticados para rações industrializadas na região.
Com intuito de contribuir para o planejamento do setor, o objetivo deste estudo é caracterizar a atividade piscícola na microrregião Bragantina do Nordeste do Pará, gerando informações que possam servir de subsídio para ações que visem o desenvolvimento desta atividade. Para obter os dados foram aplicados questionários semi estruturados em municípios da microrregião bragantina, sendo levantadas questões referentes ao perfil socioeconômico do produtor, caracterização da propriedade, sistema de produção, manejo, legalização e dificuldades para desenvolvimento da piscicultura. Os resultados mostram que os piscicultores apresentam baixo nível de instrução, as áreas de localização dos empreendimentos são na maioria ambiente de terra firme, o sistema de produção mais empregado é o semi-intensivo, com renovação de água e utilização de ração comercial, com pequenas ações de manejo do solo como aplicação de cal e fertilizantes. Além da mão de obra familiar já é observado emprego de contratos. O pescado produzido é destinado para o comércio em grande parte. Entraves ainda dificultam o avanço da atividade, como carência de assistência técnica, burocracia no licenciamento ambiental, falta de financiamento, elevado preço da ração, má qualidade dos alevinos e comercialização.
As usinas hidrelétricas (UHE) produzem parcela significativa da energia elétrica consumida no Brasil e espera-se aumentar o número desses empreendimentos para atender à crescente demanda. Contudo, a severidade dos impactos sobre a biodiversidade e à população nativa pode inviabilizar seu custo-benefício. O maior potencial brasileiro para aproveitamento hidroelétrico está na Amazônia, bioma onde a atividade pesqueira apresenta um relevante papel na socioeconomia, na produção de alimento e na geração de atividade remunerada. Neste contexto, a UHE de Tucuruí e, mais recentemente, a UHE de Belo Monte são experiências emblemáticas de alterações significativas na dinâmica da atividade pesqueira e dos estoques. Assim, podem balizar a mitigação de impactos por meio da definição de compensações e o estabelecimento de condicionantes para licenças ambientais de empreendimentos futuros e até aos já instalados, além de nortear a elaboração de planos de manejo para unidades de conservação. Este estudo realizou levantamento dos impactos resultantes da construção das UHE de Tucuruí e Belo Monte sobre os recursos pesqueiros em sua área de influência. Em Tucuruí, os efeitos foram sintetizados a partir de mais de 30 anos de informações disponíveis, enquanto que em Belo Monte enfatizou-se as exigências em termos de condicionantes e compensações do processo de licenciamento ambiental.
The Regulation of Industrial and Sanitary Inspection of Products of Animal Origin (RIISPOA) guides the inspection and control of industrial animal processing establishments and there are enterprises that still do not meet their requirements. This study aimed to analyze the technical and economic feasibility adapting a fish-processing unit by RIISPOA requirements. The project localized in Augusto Corrêa (01°01’27’’S – 46 ° 39’14’’W), Pará state, operates exclusively with marine fish from extractive activities and mainly sells frozen fish fillet. Between January and August 2018 field observations were made to collect information regarding the industrial plant and the operational flow chart. Subsequently, an economic analysis carried out based on the operational cost of production methodology and economic efficiency indicators. It founded that the built area of the enterprise was 325.02 m2. The main processed species were: corvina (Cynoscion virescens), uritinga (Sciades proops), gó hake (Macrodon ancylodon), gurijuba (Sciades parkeri) and yellow hake (Cynoscion acoupa). The physical structure and operational flowchart of the processing were not in compliance with the regulation, mainly due to the lack of good manufacturing practices, standard hygiene procedures and hazard analysis and critical control points. It concluded that the adequacy is feasible from a technical and economic aspect, despite requiring high financial investment in infrastructure and adoption of programs aimed at quality control.
Este estudo objetivou propor um protocolo para avaliação de boas práticas de manejo (BPM) na piscicultura. Para tanto, criou-se um protocolo inicial por meio de levantamento bibliográfico, observações em campo e entrevistas com piscicultores acerca do manejo em 32 pisciculturas comerciais no estado do Pará, para determinar os pontos passíveis de intervenções de baixa complexidade e custo reduzido. Posteriormente, foram definidos 21 procedimentos para compor o protocolo com as seguintes etapas: transporte, povoamento, biometria, manejo alimentar, qualidade da água e despesca. Para utilização, cada empreendimento deve ter seus procedimentos pontuados em 0 (zero), quando não cumpre o padrão estabelecido, ou 1 (um), quando cumpre. A soma das médias das respostas em cada etapa indica o grau de adequação do empreendimento em: pouco adequada (0 a 2), potencialmente adequada (2,1 a 4) ou adequada (4,1 a 6). Espera-se que o protocolo sugerido auxilie piscicultores na adoção de boas práticas de manejo, contribuindo para melhorar a adequação de seus empreendimentos.
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