The Brazilian North coast is one of the world’s most important shrimp fishery grounds, with a total area of approximately 223,000 km2. However, the available data on the diversity of fish caught by the region’s industrial trawler fleet are limited to the commercially-valuable species. This lacuna in the data on the region’s marine fish fauna is worrying, both for the management of stocks and the conservation of the local biodiversity. The present study was based on a comprehensive inventory of the teleost fishes captured by the industrial outrigger trawling operations off the North coast of Brazil. This inventory recorded 201 species belonging to 64 families and 20 orders, and revealed a unique fauna, characterized by 17 endemic species, and a mixture of estuarine-dependent and marine species, mainly associated with coral reefs. The Kernel density analysis indicated that the industrial trawling fleet operates within an important ecotone, which encompasses the transition zones of different fish communities found off the Brazilian North coast.

A piscicultura continental � uma atividade agropecu�ria emergente no cen�rio amaz�nico, visto que h� algum tempo a produ��o da pesca � insuficiente para atender ao elevado consumo per capita de pescado na regi�o. Neste contexto, algumas iniciativas de cria��o de peixes t�m sido fomentadas como forma de compensa��o aos impactos ambientais promovidos por grandes empreendimentos, inclusive os voltados ao extrativismo mineral. O objetivo deste estudo foi caracterizar a piscicultura na �rea de influ�ncia de um grande projeto de minera��o na Amaz�nia brasileira. Foram aplicados 30 question�rios � piscicultores e efetuadas 10 entrevistas com extensionistas rurais do munic�pio de Juruti/PA, no per�odo de novembro de 2015 a fevereiro de 2016. Abordaram-se quest�es de cunho tecnol�gico, socioecon�mico e ambiental, como: modalidade de produ��o, finalidade, esp�cies e manejo alimentar em rela��o aos empreendimentos; instru��o formal, fontes de renda, renda familiar e organiza��o social no que se refere aos piscicultores; e disponibilidade de insumos, beneficiamento da produ��o, formas de distribui��o e canais de comercializa��o no tocante � cadeia produtiva. Constatou-se que o principal objetivo dos empreendimentos era subsist�ncia e venda do excedente (70%), com predom�nio de cria��es de tambaqui Colossoma macropomum em gaiolas flutuantes (63,3%) e de matrinx� Brycon amazonicus em canais de igarap� (20%). A maioria dos piscicultores utilizava subprodutos agropecu�rios combinado com as ra��es no manejo alimentar dos peixes (70%) e j� haviam enfrentado problemas com altas taxas de mortalidade (73,3%). O agroextrativismo representava a principal fonte de renda das fam�lias (70%), que possu�am renda mensal de at� dois sal�rios m�nimos (63,4%) e contavam com at� quatro integrantes (80%). Concluiu-se que as iniciativas de piscicultura apresentavam forte depend�ncia a subs�dios e baixa competitividade, fatos propiciados pela estrat�gia de fomento adotada pela mineradora, pela complexa log�stica para compra de insumos, pelo baixo poder aquisitivo dos produtores e por sua organiza��o social pouco atuante.

Este estudo objetivou propor um protocolo para avaliação de boas práticas de manejo (BPM) na piscicultura. Para tanto, criou-se um protocolo inicial por meio de levantamento bibliográfico, observações em campo e entrevistas com piscicultores acerca do manejo em 32 pisciculturas comerciais no estado do Pará, para determinar os pontos passíveis de intervenções de baixa complexidade e custo reduzido. Posteriormente, foram definidos 21 procedimentos para compor o protocolo com as seguintes etapas: transporte, povoamento, biometria, manejo alimentar, qualidade da água e despesca. Para utilização, cada empreendimento deve ter seus procedimentos pontuados em 0 (zero), quando não cumpre o padrão estabelecido, ou 1 (um), quando cumpre. A soma das médias das respostas em cada etapa indica o grau de adequação do empreendimento em: pouco adequada (0 a 2), potencialmente adequada (2,1 a 4) ou adequada (4,1 a 6). Espera-se que o protocolo sugerido auxilie piscicultores na adoção de boas práticas de manejo, contribuindo para melhorar a adequação de seus empreendimentos.