ResumoNo presente estudo foi avaliada a ação antimicrobiana in vitro do extrato da casca do caule e da vagem de jucá frente a microrganismos da cavidade bucal. Tratou-se de um estudo experimental laboratorial, no qual foi avaliada a atividade antimicrobiana dos extratos aquosos a 7,5% em diluições variando de 1:1 a 1:512, através da técnica de difusão em ágar. Foram utilizadas cepas padrão de Streptococcus salivarius (ATCC 7073); Streptococcus mutans (ATCC 25175); Streptococcus oralis (ATCC 10557); Lactobacillus casei (ATCC 7469) e a Candida albicans (INCQS 40040). A clorexidina 0,12% foi utilizada como controle positivo. Os resultados da difusão em ágar demonstraram que quando avaliado frente ao L. casei, o extrato da vagem mostrou-se mais efetivo, com CIM em 9,3 mg/ml comparado à CIM da casca que foi 37,5 mg/ml. Quando o extrato da vagem foi testado frente aos S. oralis e S. mutans os valores de MIC foram iguais e o dobro, respectivamente, quando comparados com os valores obtidos com o extrato da casca do caule. Em relação a C. albicans, o valor de MIC para o extrato da vagem e da casca do caule foi 18,7 mg/ml. Enquanto que frente a S. salivarius o extrato da casca do caule teve valor de MIC 37,5 mg/ml e o extrato da vagem não apresentou atividade. Pode-se concluir que o extrato da casca do caule de jucá apresentou atividade antimicrobiana satisfatória frente aos patógenos da cavidade bucal e superior ao extrato da vagem. Palavras-chave:Libidibia ferrea L; Biofilme; Fitoterapia. AbstractIn the present study was evaluated in vitro antimicrobial activity of the extract of the stem bark and fruit jucá against microorganisms of the oral cavity. This was an experimental laboratory study in which was evaluated the antimicrobial activity of aqueous extracts 7.5% in dilutions ranging from 1:1 to 1:512, using the technique of agar diffusion. Standard strains used were: Streptococcus mutans (ATCC 25175), Streptococcus oralis (ATCC 10557), Lactobacillus casei (ATCC 7469), Candida albicans (INCQS 40040) and Streptococcus salivarius (ATCC 7073). Chlorhexidine 0.12 % was used as a positive control. The results of the agar diffusion showed that when assessed against L. casei, extract of the fruit was more effective, and with MICs 9.3 mg/mL compared to stem bark was 37.5 mg/mL. When the fruit extract were tested against S. oralis and S. mutans MIC values were the same and twice, respectively , when compared with values obtained with the extract of the stem bark . With respect to C. albicans, the MIC value for the extract of the fruit and stem bark was 18.7 mg/mL. While against S. salivarius extract of the stem bark had MIC value of 37.5 mg/mL and the extract of the fruit was inactive. It can be concluded that the extract of the stem bark of jucá showed satisfactory antimicrobial activity against pathogens of the oral cavity and superior to the extract of the fruit.
O presente estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento de estudantes de graduação do curso de Odontologia em relação à indicação e uso dos anestésicos locais nos procedimentos clínicos e cirúrgicos. Trata-se de um estudo prospectivo, observacional tendo como instrumento de coleta um questionário composto de perguntas abertas e fechadas sobre a temática. Após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, 59 acadêmicos que obedeciam aos critérios de inclusão e exclusão participaram do estudo respondendo ao questionário. A amostra apresentou média de idade de 22,75 anos, 17 (29,31%) eram do sexo masculino e 41 (70,68%) do feminino, sendo que um participante não declarou o sexo. A média de tempo cursando Odontologia foi de 4 anos, sendo que 19 alunos (31%) cursavam o 6º período, 22 (37,9%) o 8º período e 18 (31%) o 10º período do curso. Situações relacionadas à toxicidade do anestésico foram corretamente identificadas por 20 participantes (57,2% dos 35 que responderam à pergunta), 56 (94,9%) realizaram anamnese direcionada e 55 (93,2%) fizeram a escolha do sal anestésico de acordo com a condição sistêmica do paciente. Porém, quando questionados sobre a dose anestésica máxima em determinada situação clínica, apenas 6 (10,2%) responderam corretamente. Considerando a disponibilidade de anestésicos para uma exodontia simples em paciente hipertenso ou diabético controlado, gestante, lactante e criança, pouco mais que a metade dos alunos (62,7% a 52,5%) souberam indicar corretamente solução anestésica, considerando a lidocaína com vasoconstritor o anestésico de escolha. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas quando comparado o gênero dos acadêmicos em relação ao uso de anestésico tópico (p=0,018) e uso de anestesia local para o procedimento de raspagem periodontal subgengival (p = 0,008), sendo as duas indicações mais comuns na parcela feminina da amostra. Conclui-se que a maioria dos acadêmicos possui conhecimentos necessários para escolha do sal anestésico e sucesso quanto ao emprego da técnica, entretanto não realizaram de forma correta o cálculo da dose máxima recomendada diante de uma situação clínica hipotética, necessitando, neste e em outros parâmetros, de revisão de conceitos, procedimentos e condutas clínicas.
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