Introdução: A intoxicação exógena pode ser definida como um processo patológico desencadeado por substâncias que provocam uma alteração na homeostase devido a uma série de reações bioquímicas. As intoxicações exógenas, têm sido um problema de saúde comum e grave nas unidades de emergência hospitalar, seja por ingestão acidental ou por tentativas de suicídio. Elas representam emergências com risco de vida e devem ser tratadas imediatamente com esquemas baseados na avaliação precisa da gravidade da intoxicação. Objetivo: O objetivo deste estudo consiste em delinear o perfil epidemiológico dos casos confirmados de intoxicação exógena no estado do Rio de Janeiro no período de 2011 a 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal de abordagem descritiva e analítica, na qual a base de dados “DATASUS” foi utilizada para a coleta de dados estatísticos e foi realizada uma busca por artigos relacionados ao tema nas bases de dados PubMed, SciELO e Bireme com as seguintes palavras-chave nos idiomas português e inglês: “intoxicação exógena”, “vigilância epidemiológica” e “intoxicação aguda”. Desenvolvimento e Conclusão: Evidenciou-se que a intoxicação exógena no estado do Rio de Janeiro, no período de 2011 a 2021, apresentou maior número de casos na faixa etária dos 20 aos 39 anos e nas pessoas do sexo feminino. Os medicamentos foram os principais agentes tóxicos envolvidos. Além disso, as tentativas de suicídio foi a principal circunstância relacionada ao quadro agudo de intoxicação e a maioria dos casos evoluiu para cura sem sequela. Isso mostra a importância da vigilância em saúde no contexto das intoxicações exógenas, sendo uma ferramenta útil para a organização dos serviços de saúde pública.
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