INTRODUÇÃO: A partir de 1991, a videolaparoscopia começou a ser considerada no tratamento de doenças colorretais. O aprimoramento da técnica cirúrgica associado aos benefícios encontrados em diversos estudos publicados levou a modificações nas perspectivas da videolaparoscopia. A partir da publicação do estudo COST as ressecções oncológicas laparoscópicas foram reconhecidas como alternativa viável, com resultados semelhantes à cirurgia convencional. PACIENTES E MÉTODOS: Realizou-se pesquisa através de formulário específico e consulta a prontuários dos principais serviços de coloproctologia de Belo Horizonte. Avaliando-se sexo, idade, indicação cirúrgica, procedimento realizado, técnica laparoscópica, complicações, conversão, estadiamento e recidiva (no caso de neoplasias). RESULTADOS: Foram levantados dados sobre 503 cirurgias colorretais laparoscópicas: 347 (68,9%) em mulheres e 156 (31,1%) homens. A técnica cirúrgica foi totalmente laparoscópica em 137 casos, vídeo-assistida 245 casos. O procedimento mais realizado foi a retossigmoidectomia (41,1%), seguido pela colectomia direita (12,5%), colectomia esquerda (6,9%). Doenças benignas foram responsáveis por 259 (51,5%) casos, destes as principais indicações cirúrgicas foram endometriose 126 (48,6%), pólipos 40 (15,4%), doença diverticular 30 (11,6%). Das 240 cirurgias realizadas por doenças malignas as mais frequentes foram retossigmoidectomia 102 (42,5%), colectomia direita 46 (19,1%), colectomia esquerda 18 (7,5%), amputação abdominoperineal 18 (7,5%). Houve 54 conversões (10.7%) dos casos, 12,9% (31/240) nos casos de neoplasias, 8,5% (22/259) nos de doenças benignas. Complicações sistêmicas ou cirúrgicas ocorreram em 31 (6,1%) e 56 (11,1%) casos, respectivamente. Foram registrados onze (2,18%) óbitos nos primeiros 30 dias após a cirurgia. CONCLUSÃO: O estudo atual foi o primeiro levantamento da implantação de cirurgias colorretais laparoscópicas realizado de forma multicêntrica em Minas Gerais. Os dados levantados são consistentes com registros nacionais de videocirurgia colorretal, mostrando a eficiência do método de aprendizado com realização de cirurgias com tutor. Além disso, que pequena parte das cirurgias colorretais são realizadas por via laparoscópica no estado, restritos apenas a centros especializados, sobrecarregando esses serviços e limitando o acesso para a população.
RESUMO:Objetivos: O acompanhamento ambulatorial de pacientes e a participação no exame proctológico são essenciais ao aprendizado do residente de coloproctologia. Entretanto pode haver relutância por parte dos pacientes em relação à presença do residente durante sua consulta e exame físico. Este estudo visa avaliar a visão do paciente quanto a este aspecto do aprendizado prático do residente de coloproctologia. Métodos: Cem pacientes consecutivos responderam , de forma voluntária e anônima a um questionário após a realização de exame proctológico com a aprticipação de residentes em coloproctologia em ambulatório de instituição privada. Foram investigados, sexo, idade, cor, estado civil e nível educacional e sócio-econômico, assim como a visão do paciente em relação à presença de residentes durante o exame proctológico, procurando-se identificar razões para a sua aceitação ou recusa durante a consulta. As respostas foram analisadas usando-se teste do qui-quadrado e o teste t de Student. Resultados: Observou-se que 87% dos pacientes aceitaram bem a participação do residente no exame proctológico, enquanto 1% respondeu que recusaria sua presença. Onze por cento se mostraram indiferentes em relação à presença do residente e um paciente não respondeu. Não houve diferença significativa em relação às variáveis estudadas no que diz respeito à presença do residente durante o exame proctológico, exceto para estado civil, uma vez que uma taxa maior de pacientes casados aceitou o residente. A principal razão para a aceitação foi contribuir para a formação médica, enquanto que a recusa esteve relacionado à perda da privacidade. Conclusão: De um modo geral, os residentes são bem aceitos no ambulatório de coloproctologia em uma instituição privada. O conhecimento das razões para sua aceitação ou recusa podem favorecer posturas que facilitem a aceitação e minimizem a recusa.Descritores: residente, exame proctológico, educação médica. INTRODUÇÃOA educação médica apóia-se sobre dois palres: a aquisição do conhecimento teórico e das habilidades práti-cas. A residência médica, etapa fundamental para a formação do especialista, tem no conhecimento prático a base de seu aprendizado. Para tanto, o atendimento ambulatorial de pacientes e a participação no seu exame físico são essenciais para a adequada formação do médico residente. Entretanto, em especialidades como a coloproctologia, o exame físico é profundamente íntimo, lidando com área do corpo humano, na qual imperam preconceitos e tabus. Desta forma, pode haver relutância, nem sempre evidente, por parte dos pacientes à participação do residente no exame proctológico em regime ambulatorial. A literatura médica fornece poucas informações sobre este assunto, não se conhecendo os fatores que poderiam influenciar a aceitação ou recusa do paciente com relação à presença do residente durante o exame proctológico.Este estudo tem como objetivo avaliar a visão do paciente neste aspecto, determinando os fatores que poderiam influenciar para a aceitação ou recusa da presença do residente du...
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