A fala dirigida ao bebê, ou manhês, possui padrões prosódicos específicos que convocam o bebê à interação e contribuem para a entrada do bebê no universo da linguagem. Diante dessa perspectiva, esse estudo quantitativo e qualitativo, transversal, teve por objetivos investigar a relação entre os padrões prosódicos da fala materna e a constituição do processo interativo mãe-bebê, assim como discutir a importância dessa experiência precoce da criança no seu processo de aquisição da linguagem. A coleta de dados foi realizada através de uma entrevista semiestruturada com as mães e gravação em áudio e vídeo da interação mãe-bebê. Os resultados obtidos a partir dos espectrogramas de fala materna, analisados no software PRAAT®, e das filmagens das reações do bebê, demonstram que as mães concebem seus filhos como parceiros dialógicos, sendo que os mesmos são atraídos pelas propriedades prosódicas específicas do manhês, dadas por taxa de elocução diminuída e extensão vocal aumentada, indicando que a prosódia materna desempenha uma função linguística desde os primeiros meses de vida. Espera-se que essa pesquisa auxilie no reconhecimento da importância da prosódia materna na interação mãe-bebê, a partir da qual é possível acompanhar o desenvolvimento linguístico do bebê, além de possibilitar a detecção precoce de possíveis alterações.

A fala dirigida ao bebê, ou manhês, possui padrões prosódicos específicos que convocam o bebê à interação. Características específicas, como o tom de voz sussurrado ou em falsete; entonação destacada por acentuadas variações de frequência, formando uma curva melódica; velocidade mais lenta; silabação e alongamento de vogais contribuem para a entrada no bebê no universo da linguagem. Diante dessa perspectiva, essa pesquisa teve por objetivos investigar a relação entre os padrões prosódicos da fala materna e a constituição do processo interativo mãebebê, assim como discutir a importância dessa experiência precoce da criança no seu processo de aquisição da linguagem. Trata-se de um estudo qualitativo e transversal, que observou de 10 (dez) bebês de 3 a 8 meses de idade, em situação comunicativa com suas mães. As díades mãe-bebê foram recrutadas no Ambulatório de Monitoramento Auditivo (CEPRE/FCM/UNICAMP). A coleta de dados foi realizada através de uma entrevista semiestruturada com as mães, seguida de uma gravação em áudio e vídeo da interação mãe-bebê. Conclui-se que as mães concebem seus bebês como parceiros dialógicos, indicando que a interação mãe-bebê desempenha uma função linguística desde os primeiros meses de vida.

O modo especial de fala materna dirigida ao bebê, ou manhês, desperta o interesse da criança devido aos padrões prosódicos específicos que convocam o bebê à interação. Características como as variações de frequência e velocidade de fala menor, contribuem para a entrada no bebê no universo da linguagem. Diante dessa perspectiva, essa pesquisa teve por objetivos investigar a relação entre a prosódia da fala materna e a constituição do processo interativo mãe-bebê, e discutir a importância dessa experiência precoce no processo de aquisição da linguagem. Trata-se de um estudo quantitativo e qualitativo, transversal, que observou 10 (dez) bebês de 4 a 8 meses de idade, em situação comunicativa com suas mães. Os dados foram coletados no Ambulatório de Monitoramento Fonoaudiológico (CEPRE/FCM/UNICAMP), por meio de entrevista semiestruturada e gravação em áudio e vídeo. Os resultados dos espectrogramas de fala materna e das filmagens das reações do bebê, demonstram que a mãe concebe seu filho como um parceiro dialógico, e que os mesmos são atraídos pelas propriedades prosódicas do manhês, indicando que a prosódia materna possui função linguística desde os primeiros meses de vida.