OBJETIVOS: analisar quantitativamente a relação entre o uso de substantivos e verbos em situação de fala espontânea em pré-escolares em desenvolvimento normal de linguagem, bem como analisar a classificação dos verbos utilizados na mesma amostra de fala. MÉTODOS: amostras de fala de sessenta pré-escolares (divididos em três grupos de acordo com sua faixa etária e pareados quanto ao sexo) obtidas em contexto educacional por meio de interação lúdica. RESULTADOS: a análise dos dados demonstrou que o uso de verbos predominou em todos os grupos não havendo diferenciação entre os sexos. Com relação aos tipos de verbos, os sexos têm desempenho semelhante: o de maior ocorrência foi o intransitivo, sendo que em GI e GII o segundo mais freqüente foi o de ligação e em GIII foi o transitivo direto. CONCLUSÃO: este estudo demonstrou que os pré-escolares estudados utilizam mais verbos que substantivos desde o segundo ano de vida, sendo que o verbo mais freqüente foi de tipo intransitivo em todas as faixas etárias seguido pelo verbo de ligação nos segundo e terceiro anos de vida e pelo transitivo direto no quarto ano de vida. Finalmente, constatou-se não haver diferenças significantes nos aspectos aqui mencionados para meninas e meninos.
RESUMOObjetivo: Analisar o desempenho longitudinal de crianças com Alterações Específicas no Desenvolvimento da Linguagem (AEDL) em uma prova de Pragmática a fim de observar o desenvolvimento da competência comunicativa ao longo do processo terapêutico. Métodos: Participaram desta pesquisa 56 crianças de ambos os sexos, com idades entre 1;10 (anos;meses) a 5;11 na primeira avaliação. Todos os sujeitos foram diagnosticados com AEDL e estavam/estiveram em terapia fonoaudiológica por pelo menos dois anos ou receberam alta antes deste período. As provas de Pragmática que faziam parte das avaliações anuais dos pacientes foram analisadas e pontuadas de 0 a 4 (pior ao melhor desempenho, respectivamente) com base em critérios de gravidade. Os resultados foram tratados estatisticamente (pd"0,05; ANOVA, Tukey-T, Pearson). Resultados: A idade das crianças com AEDL no momento do ingresso no serviço não foi uma variável relevante para determinar seus desempenhos na primeira avaliação de Pragmática, exceto para a idade de um ano (p=0,02), nem para predizer o tempo de terapia necessário para que eles normalizassem suas habilidades pragmáticas (p=0,72). As crianças que atingiram os critérios de normalidade para a prova (64,3%) apresentaram um desempenho inicial melhor do que os sujeitos que não normalizaram seus desempenhos até o momento da coleta (p=0,01). Finalmente, enquanto o meio comunicativo foi o parâmetro que mais melhorou após terapia fonoaudiológica, o número de atos por minuto foi a variável cujo prejuízo mostrou-se mais persistente. Conclusão: O desempenho inicial das crianças com AEDL foi a variável que melhor predisse a normalização das habilidades pragmáticas dos sujeitos (64,3%), após terapia fonoaudiológica. Descritores: Desenvolvimento da linguagem; Transtornos do desenvolvimento da linguagem/fisiopatologia; Transtornos do desenvolvimento da linguagem/terapia; Comportamento verbal; Comunicação; Testes de linguagem
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