A acidificação dos oceanos é uma grave ameaça para a vida marinha, que afeta diretamente os organismos calcificadores. Até o presente momento, há poucos relatos na literatura a respeito de trabalhos que tenham utilizado esta temática para o ensino de ciências. Neste artigo, apresentamos a análise das contribuições de uma sequência didática (SD) com enfoque CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente), visando contextualizar conceitos relativos à química inorgânica, a partir das substâncias e reações químicas envolvidas no processo de acidificação dos oceanos. Participaram da pesquisa 31 estudantes do 1° ano do ensino médio de uma escola pública localizada no município de João Pessoa-PB. Durante a aplicação da SD, os participantes vivenciaram momentos de leitura textual, debates, aulas experimentais e atividade lúdica. Como instrumentos de coleta de dados, dois questionários foram aplicados. Os resultados evidenciaram um maior envolvimento dos estudantes com a aprendizagem por meio da contextualização dos conteúdos dentro da temática de acidificação dos oceanos, promovendo um olhar ampliado para a questão da poluição causada pelos seres humanos e os malefícios que esta causa ao ambiente marinho e à sociedade.

No abstract

O trabalho relata a vivência de bolsistas participantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do subprojeto Química da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) do Campus I – João Pessoa. Ela ocorreu em período remoto durante a pandemia do COVID-19, em uma turma do 2º ano do Curso Técnico Integrado de Meio Ambiente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) no Campus Cabedelo. De forma particular, mostra ações desenvolvidas no âmbito da educação inclusiva, na qual buscou-se promover atividades síncronas e assíncronas com o objetivo de promover uma maior participação de todos os alunos, incluindo uma aluna surda, na disciplina de Química II. O trabalho possui natureza qualitativa e utilizou da metodologia de observação participante, diário de bordo, realização de entrevista e aplicação de questionário como instrumentos de coleta de dados. A elaboração de videoaulas por parte das pibidianas com presença de uma intérprete, realização de uma gincana química em modelo remoto e uma atividade experimental com registro em vídeo foram realizadas. Foi observado que as ações planejadas pelo professor juntamente com as pibidianas e Núcleo de Apoio à Pessoas com Necessidades Especiais (NAPNE) do IFPB promoveu maior engajamento dos estudantes. O professor da disciplina, as pibidianas e a aluna surda apresentaram seus relatos frente às principais dificuldades encontradas, confirmando a importância do programa PIBID para promover um ambiente de profunda reflexão/interação, oportunizando aos licenciandos em Química, uma melhor formação inicial também no contexto da educação inclusiva.