A prematuridade é a principal causa associada à mortalidade infantil e, a imaturidade anátomo-fisiológica do prematuro aumenta sua susceptibilidade a morbidades. O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil e o início do suporte nutricional de prematuros em unidade intensiva de hospital público de ensino do Paraná. Estudo prospectivo quantitativo, realizado de janeiro a abril de 2020. Verificaram-se 16 internações; prevalência do sexo masculino (56,3%); e nascimentos cirúrgicos (62,5%). Dividiram-se entre prematuros extremos e muito prematuros; peso extremamente baixo (50,0%); Apgar ≥7 no 5º minuto (75,0%); todos apresentaram complicações respiratórias; ocorrência de um óbito; 81,3% receberam nutrição parenteral e/ou enteral até 72 horas de vida, subcategorizados, 87,5% dos prematuros extremos receberam nutrição parenteral até o terceiro dia, e 100,0% dos muito prematuros, nutrição enteral. O (re) conhecimento do cenário propicia a qualificação da atenção às gestantes e aos recém-nascidos, com repercussão na sobrevida.
Na prática assistencial intensiva neonatal com integração dos cuidados à novas tecnologias, é necessária a adequação ambiental e interatividade educativa. Tem-se como questão norteadora: Como promover a reflexão com interatividade, junto à equipe de profissionais de unidade intensiva, com base nas evidências científicas, sobre os cuidados com o desenvolvimento do recémnascido prematuro? Objetivo: descrever parte do processo de uma Pesquisa Convergente Assistencial (PCA), ancorada pela Matriz de Design Instrucional, visando a intervenção nos cuidados aos recém-nascidos pré-termos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Método: Pesquisa realizada entre junho e agosto de 2020. Para o cumprimento de uma das etapas da PCA foram desenvolvidas nove oficinas instrucionais. Estas foram organizadas com aulas interativas audiovisuais gravadas por profissionais de saúde da instituição, disponibilizadas por ferramenta Wiki®, na Plataforma Moodle com evidências de produções científicas, perguntas disparadoras, chat e proposta de intervenção. Participaram 68 profissionais que prestam cuidados intensivos ao recém-nascido. Resultados: Os recursos utilizados nas oficinas veicularam aspectos do cuidado ao recém-nascido prematuro, incentivando o (re)conhecimento das repercussões fisiológicas da imaturidade, dentre elas: a imaturidade e as deficiências e comprometimento intelectual e neurológico; consequências das manipulações excessivas; a termorregulação e sobrevivência dos neonatos; contextos de vulnerabilidade familiar e, a importância do acolhimento; os desafios do aleitamento materno ao RNPT; o processo fisiológico do estresse e da dor e, a relevância de um protocolo institucional para alívio. Conclusão: o processo interativo remoto não síncrono, conduzido como parte do desenvolvimento metodológico da Pesquisa Convergente Assistencial, culminou com o estabelecimento participativo de um protocolo institucional inovador para manuseio mínimo do prematuro. Suscitou aos profissionais a releitura de sua prática e, a descoberta de novos conhecimentos favoráveis ao cuidado com o desenvolvimento do recém-nascido prematuro crítico.
Objetivo: identificar as evidências sobre o cuidado desenvolvimental de recém-nascidos prematuros em unidade de terapia intensiva neonatal. Método: revisão de escopo, conforme as diretrizes do Instituto Joanna Briggs ® e do PRISMA-ScR. Realizou-se a busca em três bases de dados, Pubmed/MEDLINE, SCOPUS e Web of Science, mediante descritores e sinônimos. A coleta de dados ocorreu de agosto de 2019 a janeiro de 2020. Resultados: incluíram-se 15 estudos, publicados entre 1997 e 2018. Identificou-se a abordagem direta ao Programa Individualizado de Avaliação e Cuidados Centrados no Desenvolvimento (NIDCAP) em três estudos, os demais discorrem sobre a filosofia do cuidado e apresentam estratégias comumente recomendadas pelo programa, sem descrevê-las, a exemplo: uso de sacarose durante procedimentos dolorosos; desenvolvimento de protocolo de cuidados; Método Canguru; música; redução da dor e do estresse durante o exame de retinopatia; voz materna; e método de banho enrolado. Conclusão: quanto aos efeitos das estratégias desenvolvimentais aplicadas, observou-se melhora no desenvolvimento cerebral, na competência funcional e na qualidade de vida dos neonatos muito prematuros, minimizando as influências ambientais negativas. Reitera-se que a família é parte essencial do cuidado desenvolvimental, assim como o envolvimento responsável da equipe de Enfermagem que deve ser norteado pelas diretrizes da filosofia do cuidado.
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