A Gestão do Conhecimento pode contribuir muito para o sucesso das organizações, tanto públicas, quanto privadas. Contudo, estas perceberam isso há mais tempo e têm obtido êxito em ações que buscam gerir o conhecimento, enquanto aquelas, têm feito o uso deste instrumento mais recentemente. O conhecimento tácito, oriundo da experiência pessoal dos colaboradores de qualquer organização, se constitui elemento primordial, e às vezes é perdido, principalmente no setor público, marcado pelas constantes mudanças de quadros funcionais. Faz-se fundamental a conversão desse conhecimento em conhecimento explícito, para que esteja disponível e possa ser acessado por quem é de competência. Este artigo objetiva realizar um estudo sobre as publicações que fazem referência à gestão do conhecimento no setor público, de modo a responder a seguinte questão: quais instrumentos e métodos têm sido utilizados pelo setor público para a conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito? A proposta metodológica do estudo foi a realização de uma pesquisa com análise bibliométrica e qualitativa, em artigos buscados na base de dados Web of Science. Os resultados do estudo mostram que dentre os principais instrumentos e métodos utilizados para a conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito, destacam-se o uso de documentos, programas e sistemas que possibilitam a organização e disponibilização do conhecimento, facilitando seu acesso. Concluiu-se que apesar do reconhecimento da importância da gestão do conhecimento pela literatura, ainda são tímidas as iniciativas concretas para a sua implementação no setor público, havendo espaço para inovações.

Analisa o contexto da prática da implementação do Programa de Assistência Estudantil da Universidade Federal do Espírito Santo (Proaes-Ufes), no Centro Universitário Norte do Espírito Santo, tendo como universo pesquisado todos os alunos ativos e inativos do campus, compreendendo o período de 2006 a 2020. O constructo objetivou verificar a percepção dos discentes beneficiários do Proaes-Ufes quanto ao papel exercido pelo programa para a sua permanência na universidade e conclusão do curso superior e identificar quais são as principais dificuldades para a permanência na universidade e conclusão do curso superior, na percepção dos discentes. Ampara-se teoricamente na abordagem do ciclo de políticas, formulada por Stephen Ball, sociólogo inglês, e colaboradores e suas contribuições para as políticas educacionais. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram dois questionários online - um para alunos ativos e outro para alunos inativos, tendo sido observadas as questões éticas da pesquisa, com aprovação no Comitê de Ética e Pesquisa/CEUNES/UFES. Quanto às dificuldades para a permanência na universidade e conclusão do curso superior, os alunos ativos e inativos, identificaram que são: a dificuldade financeira, a dificuldade de deslocamento moradia x instituição e a dificuldade emocional. Dentre os respondentes da pesquisa, a grande maioria afirmou que o fato de ser aluno beneficiário do programa contribui para um melhor desempenho acadêmico, e que se não fossem beneficiários, não estariam mais cursando o curso superior, o que demonstra que a existência da política de assistência estudantil é de fundamental importância para a Universidade.

Este artigo tem como objetivo realizar um estudo sobre as publicações que fazem referência ao monitoramento e avaliação da assistência estudantil no Ensino Superior Brasileiro. Foram utilizadas as bases de dados SciELO, Web of Science e Google Acadêmico e feita uma análise bibliométrica e qualitativa sobre os artigos selecionados. Dentre os principais instrumentos e métodos encontrados que se propuseram a avaliar os impactos das ações dos programas de assistência estudantil destacam-se pesquisas do tipo qualitativas e documentais, revisões bibliográficas, pesquisas em bancos de dados, estudos de caso com o uso de questionários, entrevistas semiestruturadas, análise de conteúdo, buscando analisar a percepção dos alunos beneficiados, alunos egressos, e agentes executores dos programas.