A Gestão do Conhecimento pode contribuir muito para o sucesso das organizações, tanto públicas, quanto privadas. Contudo, estas perceberam isso há mais tempo e têm obtido êxito em ações que buscam gerir o conhecimento, enquanto aquelas, têm feito o uso deste instrumento mais recentemente. O conhecimento tácito, oriundo da experiência pessoal dos colaboradores de qualquer organização, se constitui elemento primordial, e às vezes é perdido, principalmente no setor público, marcado pelas constantes mudanças de quadros funcionais. Faz-se fundamental a conversão desse conhecimento em conhecimento explícito, para que esteja disponível e possa ser acessado por quem é de competência. Este artigo objetiva realizar um estudo sobre as publicações que fazem referência à gestão do conhecimento no setor público, de modo a responder a seguinte questão: quais instrumentos e métodos têm sido utilizados pelo setor público para a conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito? A proposta metodológica do estudo foi a realização de uma pesquisa com análise bibliométrica e qualitativa, em artigos buscados na base de dados Web of Science. Os resultados do estudo mostram que dentre os principais instrumentos e métodos utilizados para a conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito, destacam-se o uso de documentos, programas e sistemas que possibilitam a organização e disponibilização do conhecimento, facilitando seu acesso. Concluiu-se que apesar do reconhecimento da importância da gestão do conhecimento pela literatura, ainda são tímidas as iniciativas concretas para a sua implementação no setor público, havendo espaço para inovações.

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RESUMO   Apresenta reflexões sobre como está estruturado o serviço de apoio pedagógico ao estudante público-alvo da educação especial, no que tange à regulamentação do cargo e da função desse profissional que atua na sala de aula comum, com o professor regente. Para tanto, questiona sobre aspectos relacionados a nomenclatura, criação do cargo e especificação da função desse profissional no quadro de vagas do serviço público. Parte da rede municipal de educação de São Mateus, Espírito Santo, e utiliza dados da pesquisa qualitativa realizada por Autor 2 (2016) em que analisou a definição de diretrizes para a oferta da Educação Especial no Sistema e a outra que investigou as tensões da gestão municipal na garantia da escolarização de alunos com deficiência múltipla (AUTOR 1, 2016), destacando trechos de entrevistas e números sobre matrícula de estudantes e profissionais da modalidade. As reflexões elaboradas consideram que os governos, ao deixarem de instituir políticas de Estado (OLIVEIRA, 2011), além de normalizar o desvio de função, de impossibilitar o vínculo permanente do profissional com o fazer pedagógico, fere o direito do estudante e, no caso específico da Educação Especial, reforça e perpetua o estigma outsider (ELIAS; SCOTSON, 2000) da modalidade.

Apresenta interseções entre duas pesquisas realizadas em São Mateus – norte do Estado do Espírito Santo, no que tange às políticas de Educação Especial no sistema municipal de ensino. Uma pesquisa problematiza a escolarização de alunos com múltiplas deficiências no contexto do município, enquanto a outra problematiza as ações do Conselho Municipal de Educação no que tange às políticas de educação especial. Ambas pesquisas tomam como base de sustentação teórica a sociologia figuracional, fundamentada nos pressupostos de Norbert Elias. Os dados apresentados foram produzidos por meio do estudo de caso do tipo etnográfico, tendo como foco a constituição da política municipal local, via Conselho Municipal de Educação e a escolarização de alunos com diagnóstico de deficiência múltipla no município de São Mateus-ES. A análise evidencia que a prática conselhista pouco servirá aos anseios de um sistema educacional, se o seu colegiado não conciliar duas dimensões inter-relacionadas e complementares: a dimensão política e a técnico-burocrática.

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