Aliando-nos aos clowns - e também aos xamãs e outros - investigamos as potências do corpo, em ressonância com processos de singularização. O corpo clownesco - com seu poder de afetar e ser afetado, com sua lógica própria, envolvendo modos de sentir, pensar, agir, singulares - é um dos eixos da construção do clown. A iniciação clownesca - tal como a praticada pelo Lume: Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp - torna-se uma experiência de devir-outro, invenção de outros afectos, envolvendo uma atitude de escuta do mundo com o corpo todo, um estado de alerta e, ao mesmo tempo, de grande entrega e disponibilidade. Trata-se das ressonâncias dos encontros, de algo que ocorre entre o clown e o outro. As dimensões ética, política, estética e filosófica estão imbricadas nesse aspecto de afirmação da vida, na construção de outros modos de existência.
Este trabalho busca explorar as relações entre corpo, subjetividade e formação a partir de alguns aspectos que envolvem “o fazer uma pesquisa” cuja realização ocorreu entre 2013 e 2015. A cartografia (DELEUZE; GUATTARI, 2011; PASSOS et all, 2009; ROLNIK, 1989), enquanto método eleito por nós, buscou acompanhar encontros com corpos, danças, contato improvisação, biodança, vidas em formação: “Dança e expressão corporal” atividade cartografada que integrou, no segundo semestre de 2013, o conjunto de atividades do eixo pedagógico “Interações Culturais e Humanísticas” do Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná. Contribuições para o campo da Educação através das intensidades mobilizadas no percurso de produzir uma pesquisa: processo de formação de um pesquisador apresentando elementos menores, minoritários; não o ensino, a representação ou a descoberta do mundo, mas uma pesquisa, um movimento, uma inquietação, uma invenção de mundos, agenciamentos do desejo. Neste sentido, este texto se propõe a) indicar alguns encontros que ressoaram com o corpo do pesquisador e b) explorar os efeitos que, em intensidade, mobilizaram e continuam mobilizando um processo de formação. Palavras-chave: Formação. Experimentação. Corpo. Subjetividade.
Resumo: Este artigo apresenta aspectos de uma pesquisa a propósito dos processos criativos e formativos de Efigênia Rolim, em ressonância com os conceitos de singularização e ecosofia. Eco-lógica voltada para traçados de linhas de fuga, de modo que se escape aos modos padronizados de subjetivação do capitalismo globalizado, à sua tentativa de produção de subjetividade serializada, aos modelos e moldes. Afirmação de outras possibilidades de vida. A lógica da singularização é a lógica das intensidades, cujo modo de operar está próximo daquele do artista. As principais fontes de pesquisa são depoimentos de Efigênia, além de registros fotográficos e produção de documentários de sua atuação e do acervo mantido em sua residência. Do encontro de Efigênia com diversos materiais (vindos de restos da indústria, do comércio, do consumo diário, sonhos, papéis de bala), surgem as histórias e criações. Invenção de uma vida.Palavras-chave: Ecosofia. Formação. Singularização. Efigênia Rolim. Educação ambiental.Abstract: This paper presents aspects of a research project about the creative and formative processes of Efigênia Rolim, in resonance with the concepts of singularization and ecosophy. Eco-logic is oriented to lines of flight, so that one escapes from standardized modes of subjetivation of globalized capitalism, its serialized subjectivity production attempt, models and molds and an affirmation of new life possibilities. The logic of singularization is that of intensities, whose mode of operation is close to that of an artist. The main sources of this research are testimonial of Efigênia, photographic records, and the production of documentaries on her performances and the collection kept in her residence. From encounters of Efigênia with miscellaneous materials (remnants of industry, commerce, daily consumption of waste, dreams, packets of candy) arise stories and creations-the invention of a life.
A percepção que o ser humano tem da natureza e do espaço habitado é marcada pela imaginação, pela afetividade, pela memória e pela sensibilidade estética. O significado da experiência estética está presente tanto nas construções do lugar habitado quanto na contemplação dos ambientes preservados. No presente ensaio, propomos um caminho reflexivo que evidencia essa necessidade estética do humano, focando-a nas categorias natureza e espaços do cotidiano como âmbitos de vivência. Tecemos considerações sobre os possíveis significados da teoria estética para a educação ambiental. Para tanto, partimos do resgate de referenciais teóricos da fenomenologia e do campo da filosofia estética, que incluem Merleau-Ponty, Bachelard, Dufrenne e Quintás.
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