O texto abarca os aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos relativos à inclusão dos portadores de deficiência visual (PDV) em Porto Alegre. Inicialmente apresentam-se as principais leis, formuladas nos anos de 1990, no Brasil, as quais se propõem a ampliar as perspectivas de inclusão dos PDV à sociedade brasileira. No aspecto cultural, abarca o preconceito e as terminologias utilizadas para referir-se ao PDV (cego, deficiente visual, portador de deficiência visual, "invidente") e os estigmas associados a elas. Nos aspectos social e econômico, abrange a educação e a formação profissional, assim como o acesso ao mercado de trabalho. No aspecto político, trata dos direitos de votar e de ser eleito, assim como da ação fiscalizadora dos direitos dos PDVs e das pressões feitas por suas associações representativas na luta contra o preconceito e a discriminação.
O Projeto Visualidades da EJA, realizado no Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, envolveu estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos. Escolhemos o uso da imagem como dispositivo de ampliação da visibilidade do mundo escolar, sob o foco dos atores sociais da EJA, enquanto sujeitos de ação e criação. Nessa primeira fase, o objetivo foi proporcionar encontros de introdução e de prática fotográfica, orientados por assuntos disparadores de reflexões e potencializadores de imagens da escola e sobre a escola. Desenvolvida pela disciplina de Sociologia, a proposta era de expressar, por meio do texto visual, as possíveis respostas para a seguinte questão: O que a escola é para você? Percebemos um forte envolvimento dos/as participantes, observado no número elevado de fotos e na satisfação ao realizarem as atividades. As variadas, criativas e originais fotografias foram socializadas à comunidade escolar. Palavras-chave: EJA; Educação de Jovens e Adultos; Escola; Imagem; Ensino de Sociologia.
A temática da diversidade cultural e da inclusão é presença diária na vivência escolar, seja pelo respeito e valorização, seja por sua negação e omissão. O espaço escolar encerra em si o contraditório: reduto da diversidade e da massificação; local da reprodução de preconceitos e da possibilidade de transcendê-los; ensino da reprodução de discursos padronizados de práticas cotidianas engessadas na repetição e da desconstrução e desnaturalização desses discursos. É na escola que encontramos nossos iguais e nossos diferentes, que podemos aprender a reconhecê-los e respeitá-los ou a negá-los e evitá-los. O papel da instituição escolar na construção de uma sociedade onde o respeito à diversidade humana seja compromisso é uma escolha diária. A metrópole é o espaço do encontro, da diferença, da diversidade, do estranhamento por excelência. Nela se reúnem todas as classes sociais, todos os grupos sociais, todas as diferenças e todas as desigualdades.Observamos que, especialmente no ambiente metropolitano onde estamos inseridos, o espaço escolar é permeado de situações e relações sociais pautadas -histórica e contemporaneamente -no racismo, no preconceito, na discriminação, na violência, nas desigualdades e na exclusão. Tal constatação pode ser ilustrada pela Pesquisa Nacional Diversidade na Escola, realizada entre os anos de 2005 e 2009 e promovida pelo Ministério da Educação, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. Centrada nas questões de preconceito e discriminação no ambiente escolar, a investigação entrevistou alunos, pais e responsáveis, professores e funcionários de 501 escolas distribuídas por todo território nacional. Como um de seus principais resultados, a pesquisa revelou que menos de 40% dos entrevistados responderam concordando com atitudes preconceituosas, ao mesmo tempo que entre 55% e 72% apresentaram comportamentos categorizados como discriminatórios. Conforme a análise final dos dados, "o preconceito é uma realidade nas escolas públicas brasileiras nas sete áreas temáticas de discriminação pesquisadas (étnico-racial, de deficiência, de gênero, geracional, socioeconômica, territorial e de identidade de gênero)". 1 A escola, espaço de formação por excelência, tem como tarefa estar atenta aos desafios e conflitos sociais, refletir sobre eles e ser propositiva no caminho de sua transformação. Com esse entendimento, o projeto de extensão Diversidade e Escola no Espaço Metropolitano procura construir dentro do ambiente escolar a possibilidade de reconhecer, valorizar e promover o convívio com a diversidade cultural e social. Diante desses objetivos, propusemos esta edição da revista Cadernos do Aplicação com a temática especial Diversidade e Escola no Espaço Metropolitano.Há muito a ser construído e superado para reconhecer e fortalecer a pluralidade do ambiente escolar, seja em níveis micro, como propostas e ações pedagógicas nas instituições de ensino, seja em níveis macro, como elaboração e incentivo a políticas públ...
Resumo:O objetivo deste relato é apresentar uma experiência docente desenvolvida nas aulas de Sociologia na EJA em 2018. O trabalho foi realizado em turma de Ensino Médio de escola federal, que atende estudantes de Porto Alegre-RS e Região Metropolitana. Pensamos como estratégia de seleção de conteúdos recorrer às questões de gênero, com enfoque em violências contra as mulheres, porque conduzia a situações concretas narradas pelos(as) estudantes. Bem como, trata-se de um assunto que perpassa a realidade brasileira, observado em dados alarmantes. O foco era desnaturalizar as concepções de papéis de gênero, tipificar a violência e debater sobre caminhos de resistência em níveis micro e macro. Mesmo sem apresentar rejeição ao abordar a temática, os pensamentos deterministas em relação ao assunto predominaram. E a partir deles, amplia-se a possibilidade de construir novos projetos. Palavras-chave:EJA. Violência. Mulheres. Gênero. Sociologia. Resumen:El objetivo de este relato es presentar una experiencia docente desarrollada en las clases de Sociología en la EJA en 2018. El trabajo fue realizado en clase de Enseñanza Media de escuela federal, que atiende a estudiantes de Porto Alegre-RS y Región Metropolitana. Pensamos como estrategia de selección de contenidos recurrir a las cuestiones de género, con enfoque en violencias contra las mujeres, porque conducía a situaciones concretas narradas por los estudiantes. Así como, se trata de un asunto que atraviesa la realidad brasileña, observado en datos alarmantes. El foco era desnaturalizar las concepciones de roles de género, tipificar la violencia y debatir sobre caminos de resistencia a niveles micro y macro. Incluso sin presentar rechazo al abordar la temática, los pensamientos deterministas en relación al tema predominaron. Y a partir de ellos, se amplía la posibilidad de construir nuevos proyectos.
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