O objetivo desse estudo foi descrever as perspectivas dos estudantes concluintes de Odontologia em relação ao mercado de trabalho e comparar as expectativas destes, segundo as instituições pesquisadas. Trata-se de um estudo transversal, no qual participaram 184 universitários de três instituições particulares de Belo Horizonte, no ano de 2013. Para coleta de dados, utilizou-se questionário estruturado e autoaplicável. Realizou-se análise estatística descritiva e comparativa pelo teste do qui-quadrado, com nível de significância de 5%. Observou-se que a maioria dos estudantes se sentiam preparados para exercer a profissão (83,2%), porém consideravam que a falta de experiência (66,8%) e a insegurança (66,8%) eram dificuldades a serem enfrentadas no início da carreira. O mercado foi considerado desfavorável por 46,7%, mas este fato não influenciou a satisfação com a profissão escolhida, pois 54,9% estavam muito satisfeitos e escolheriam o curso de Odontologia novamente (84,8%). A maioria deseja trabalhar em consultório particular (60,9%), na capital (57,6%) e com pretensão salarial de 2 a 6 salários mínimos (36,4%). No que diz respeito ao desejo de atuar na Equipe de Saúde da Família, houve diferença estatisticamente significativa entre as instituições (p<0,05). Estudantes da faculdade A apresentaram maior interesse em atuar na região Norte ou Nordeste quando comparados aos estudantes das faculdades B e C (p<0,05). Conclui-se que apesar da percepção de um mercado de trabalho saturado, grande parte dos participantes estavam satisfeitos com a profissão escolhida. A maioria dos estudantes desejavam atuar como autônomo, em consultório particular, localizado em grandes centros urbanos, recebendo salários dentro dos padrões da realidade.