Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). RESUMOO presente estudo é fundamentado na teoria de Jeffrey Young e tem como objetivo descrever um perfil discriminante dos sujeitos que apresentam histórico de violência conjugal física e dos que não apresentam. A amostra foi constituída por 341 participantes. Os instrumentos utilizados foram: Young Schema Quetionnaire, Revised Conflict Tactics Scale e o Family Background Questionnaire. Obteve-se uma função discriminante entre sujeitos com histórico de violência conjugal física e sujeitos sem histórico (χ 2 =43,098, p=0,045), agrupando significativamente as variáveis: esquema de desconfiança/abuso, esquema de defectividade/vergonha, esquema de dependência/incompetência, esquema de subjugação e esquema de isolamento social na direção dos sujeitos com histórico de violência física conjugal. Já os sujeitos sem histórico foram caraterizados por uma maior funcionalidade na família de origem, caracterizada pela ausência de abuso físico paterno, abuso sexual, abuso físico materno, negligência física, bem como por um estilo de decisão materno adequado, aliança parental e ajustamento psicológico paterno e materno. Palavras-chave: relações conjugais, violência conjugal, esquemas iniciais desadaptativos. ABSTRACTThe current study is based on the Schema Therapy developed by Jeffrey Young and aims to describe a discriminative profile of individuals with a history of physical marital violence and from individuals that does not show history. The sample consisted of 341 participants. The instruments used were: Young Schema Questionnaire, Revised Conflict Tactics Scale and the Family Background Questionnaire. A discriminative function among individuals with a history of physical marital violence in the current relationship and individuals with no history violence were found (χ2 = 43.098, p = 0.045) by grouping the variables: mistrust/abuse schema, defectiveness/ shame schema, dependence/incompetence schema, subjugation schema and social isolation schema towards the individuals with a history of marital violence. The individuals without a history of marital violence were characterized by greater functionality in the family of origin, characterized by the absence of father´s physical abuse, sexual abuse, maternal physical abuse, physical neglect , well as a style of adequate maternal decision, parental alliance, paternal and maternal psychological adjustment.
A violência contra a mulher é um fenômeno complexo que pode resultar em agravos à saúde. A partir de uma revisão narrativa da literatura, este estudo busca revisar as contribuições da Terapia do Esquema (TE) nos relacionamentos amorosos que apresentam violência contra a mulher perpetrada pelo parceiro íntimo. Em caso de violência conjugal, identifica-se as necessidades básicas não supridas, os Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs), os estilos de enfrentamento e os modos esquemáticos do casal, como também, reconhece os aspectos culturais que permeiam a vida dos parceiros íntimos. A TE oferece sustentação teórica para analisar a influência de padrões esquemáticos nos relacionamentos abusivos. Amplia-se, portanto, o conhecimento de questões psicológicas que contribuem para que a mulher permaneça em relacionamentos com presença de violência, da mesma forma que se disponibilizam intervenções terapêuticas que auxiliam na modificação do padrão de interação destrutivo estabelecido pelo casal, sendo este principal foco e contribuição. O estudo aborda a complexidade do fenômeno da violência nos relacionamentos afetivo-conjugais e elenca fatores individuais e coletivos que interferem na problemática. A permanência em um relacionamento conjugal abusivo e mesmo a escolha do parceiro íntimo podem estar associados à manutenção de um esquema. Faz-se necessário intervenção psicológica direcionada à modificação dos EIDs em associação ao estabelecimento de medidas legais de proteção. Evidencia-se a necessidade de maior produção de pesquisas na área, principalmente para viabilizar práticas psicológicas preventivas e protocolo de tratamento específico para situações de violência afetivo-conjugal.
A violência conjugal é uma problemática mundial que abrange diferentes classes econômicas, raças e etnias. Partindo-se do pressuposto de que a dinâmica conjugal violenta é um fenômeno complexo e interacional, o presente estudo se propõe a identificar variáveis preditoras do fenômeno, utilizando a perspectiva da Teoria dos Esquemas de Jeffrey Young. Sendo assim, foi investigado o poder das experiências na família de origem e dos Esquemas Iniciais Desadaptativos como preditores da violência física cometida e sofrida na relação conjugal conforme o sexo. A amostra foi constituída por 181 homens e 181 mulheres e os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: Young Schema Questionnaire (YSQ-S3), e Revised Conflict Tactics Scale (CTS2). A análise dos resultados foi realizada através de análise de regressão múltipla com método stepwise. Os resultados indicaram que o esquema de defectividade/vergonha das mulheres e dos homens e o esquema de desconfiança/abuso dos homens são variáveis preditoras da violência física cometida contra o cônjuge. O maior ajustamento materno foi considerado a variável protetiva de comportamentos violentos cometidos pelas mulheres. Em relação à vitimização da violência, os esquemas de desconfiança/abuso das mulheres e dos homens, assim como o esquema de defectividade/vergonha dos homens foram identificados como preditores de violência física sofrida nos relacionamentos íntimos. A maior funcionalidade do estilo de decisão materno foi identificada como protetor de vitimização de violência para as mulheres. Os achados ampliam a discussão sobre as variáveis que podem explicar o fenômeno da violência conjugal, consolidando a importância da avaliação dos Esquemas Iniciais Desadaptativos em situação de violência conjugal.
Several adverse psychological outcomes among sexual and gender minorities (SGM) are well documented in the literature. Notwithstanding the emergence of these data, SGM still receive little attention regarding psychological interventions, which include Schema Therapy (ST), an emerging integrative psychotherapy approach. Even though revisions have been proposed to expand ST’s understanding of emotional needs, schemas, domains, and schema modes, there is a gap in our understanding of SGM. Based on that, the main goal of this theoretical essay is to propose a specific ST intervention for SGM, addressing sociocultural aspects aiming at promoting a healthy functioning that can interpose oppression and internalized prejudice. To this end, we will present (a) the minority stress theoretical framework; (b) the ST model applying to SGM clients; and (c) a few strategies of ST intervention for SGM clients, highlighting the need for strengthening individuals’ healthy schema mode. It should be noted that, despite clinical work being relevant, there are social variables supporting and maintaining maladaptive structures. We hope the therapeutic interventions proposed promote dialogue on this subject and encouraging positive societal changes.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.