<p>Nas mulheres, os cânceres ginecológicos (CG) estão entre as enfermidades mais comuns, tornando-se problema de saúde mundial. Objetivou-se analisar a distribuição do perfil de mortalidade por CG em mesorregiões da Paraíba, durante o período de 1989 a 2018. Trata-se de uma abordagem ecológica, de série temporal, quantitativa e espacial. Os dados foram extraídos do atlas de mortalidade on-line do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). A média de óbitos por CG na Paraíba foi equivalente a 1145.5, com maior número de mortes na mesorregião da Mata Paraibana (2056) e no Agreste Paraibano (1358). Todas as mesorregiões apresentaram um crescimento contínuo da média de óbitos ao longo dos anos, sendo maior aumento de óbitos na Borborema (4.5x). Quanto aos tipos de CG, observou-se que a maior média de mortes foi para câncer de colo de útero (227.8) na Mata Paraibana e a menor média de mortes ocorreu na região da Borborema, para câncer de vagina (1.0). Em todas as regiões, foi mais frequente mortes por câncer de útero, seguido de útero Sem Outra Especificação (SOE), ovário, corpo do útero, outros órgãos genitais, vulva e vagina. Conclui-se que há uma crescente mortalidade por CG em toda a Paraíba, com uma heterogeneidade entre regiões e entre tipos de cânceres.  </p><p><strong></strong><strong>Palavras chave</strong>: Epidemiologia, mortalidade, saúde da mulher, neoplasia por genitais femininas.</p>

No abstract

A dor oncológica configura-se como uma problemática atual de alta prevalência e difícil manejo. Logo, na busca por novas perspectivas para o alívio dos níveis álgicos de pacientes oncológicos, o uso da Cannabis surge como uma alternativa terapêutica. Diante disso, objetivou-se destacar, neste estudo, o potencial farmacológico da planta Cannabis sativa L. (cannabaceae) no tratamento da dor oncológica. Assim, realizou-se uma revisão da literatura através das bases de dados: SciELO, LILACS, Science direct e PubMed, considerando trabalhos publicados entre 2007 e 2020. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 25 artigos foram selecionados. Observa-se que a potencialidade farmacológica da Cannabis sativa está ligada ao grande número de substâncias químicas presentes em sua composição, sendo a principal classe denominada canabinoides. Tais compostos possuem inúmeras propriedades biológicas, como atividade antiemética, neuroprotetora, anti-inflamatória e anticâncer, podendo ser benéfica no tratamento da dor oncológica e distúrbios psíquicos. Atualmente, há um medicamento em uso clínico derivado dos canabinoides, sendo utilizado para aliviar algias oncológicas, porém encontra-se limitado ao Canadá.

Resumo. Morinda citrifolia Linn, conhecida popularmente como noni, é uma tradicional planta medicinal que tem sido empregada por mais de dois mil anos pelos povos polinésios e ainda hoje é utilizada na medicina tradicional e popular para cura, prevenção e tratamento de diversas patologias. Entretanto, embora seja consagrada pela cultura popular, seus efeitos farmacológicos necessitam ser melhor investigados. Diante disso, objetivou-se apresentar e discutir as evidências científicas sobre os potenciais efeitos farmacológicos e biológicos da Morinda citrifolia Linn descritos na literatura científica. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada na plataforma BVS-BIREME e nas bases de dados: LI-LACS, SciELO, PubMed, MEDLINE, Google Scholar e Science Direct. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 73 artigos compuseram a amostra do estudo. Diversas pesquisas científicas têm sido realizadas e demonstram a eficácia da Morinda citrifolia Linn em várias situações, como atividade antioxidante, antimicrobiana, anticâncer, anti-inflamatória, anti-helmíntica, antidislipidêmica, hipotensora e hipoglicemiante. Ademais, demonstrou ser benéfica nos tratamentos de doenças degenerativas, autoimunes, psíquicas, gástricas e ósseas, podendo, inclusive, acelerar o processo de cicatrização de feridas. Todavia, grande parte destas propriedades foram evidenciadas por intermédio de ensaios in vitro e in vivo, e os efeitos adversos relatados em humanos ainda são escassos e controversos, sinalizando para a necessidade de investigações clínicas adicionais para a geração de resultados mais confiáveis à saúde das populações.

As garrafadas medicinais são amplamente consumidas e comercializadas em municípios de pequeno porte no interior dos estados brasileiros. Assim, objetivouse avaliar os parâmetros de segurança referentes aos critérios de armazenamento e toxicidade das garrafadas medicinais comercializadas na feira livre dos municípios de Cuité-PB e Ouro Branco-RN. Nesta pesquisa de cunho experimental, realizou-se inspeções físicas de 06 garrafadas adquiridas nas localizações supracitadas, conforme resoluções e normas técnicas da ANVISA, e avaliações das suas respectivas atividades toxicológicas por meio do ensaio com larvas de Artemia salina Leach. Observa-se que a maioria dos produtos não atendiam aos parâmetros de segurança exigidos e preconizados pelos órgãos sanitários brasileiros. As averiguações tangentes à toxicidade, por sua vez, certificaram que todos os concentrados vegetais analisados apresentaram propriedades tóxicas, sendo tais efeitos deletérios dependentes do tempo e da concentração, configurando-se risco potencial para a ocorrência das intoxicações, especialmente direcionadas a grupos vulneráveis. Portanto, torna-se evidente a necessidade de fiscalização mais assídua por parte dos órgãos competentes e de maiores determinações dos parâmetros de eficácia, segurança, qualidade e de conduta adequadas para a comercialização destes produtos em feiras livres, de modo a garantir seguridade ao consumidor final.