No mapeamento geológico (1.100.000) das folhas Jequitaí, Bocaiúva e Montes Claros, executado para a CPRM – Serviço Geológico do Brasil, foram reconhecidas sequências geológicas de idades mesoproterozóica, neopreoterozóica e fanerozóica. As rochas mais antigas (Mesoproterozóico) pertencem ao Supergrupo Espinhaço (indiviso), que aflora na porção sul da região enfocada abrangendo unidades siliciclásticas estruturadas em grandes anticlinais e metamorfizadas em fácies xisto verde. O Grupo Macaúbas (Neoproterozóico) ocorre nas bordas das faixas de exposição do Supergrupo Espinhaço, constituído por quartzitos e metadiamictitos, indivisos no mapa. O Grupo Bambuí (Neoproterozóico tardio) representa a sequência de maior expressão superficial, de natureza pelito-carbonática, onde se reconheceram as formações Serra de Santa Helena, Lagoa do Jacaré e Serra da Saudade, da base para o topo. Na unidade intermediária foram ainda individualizados os horizontes mais potentes de rochas calcárias. Sobrepõem discordantemente a essas três sequências, depósitos cretácicos (formações Abaeté e Urucuia) e fanerozóicos (coberturas inconsolidadas). Em termos estruturais, a região constitui dois domínios: a sudeste e a leste, ocorre a margem oeste da Faixa de Dobramentos Araçuaí, em contato com o Cráton São Francisco, onde rochas do Supergrupo Espinhaço e do Grupo Macaúbas encontram-se empurradas sobre a zona cratônica. Nesse outro domínio, sinclinais e anticlinais suaves expõem principalmente rochas do Grupo Bambuí. Os principais bens minerais explorados na região constituem diamantes, calcário e quartzo.
Centenas de intrusões kimberlíticas e de rochas relacionadas são conhecidas na região de Coromandel (MG), abrangendo a designada “Província Diamantífera Alto Paranaíba”, embora o conhecimento sobre essas rochas ainda seja escasso. Entre essas intrusões, ressalta-se o kimberlito Grota do Cedro, que afora na drenagem homônima ao sul de Coromandel (MG), encaixada em micaxistos do Grupo Araxá (Neoproterozóico). O corpo apresenta forma superficial aproximadamente elíptica com cerca de 350 x 300 m de eixos; sua composição química é similar a de outras da província e a química mineral do Cr-piropo revelou uma forte concentração nos campos “G9” e “G5”. Esses campos mineraloquímicos, em geral caracterizam intrusões pobres ou mesmo inférteis em diamantes.Palavras-chave: Kimberlito, Coromandel, Diamantes.ABSTRACT: GEOLOGY AND MINERALOGY OF THE GROTA DO CEDRO KIMBERLITE (COROMANDEL, MG). Hundreds of kimberlite intrusions and related rocks are known in the Coromandel region (MG), in the “Alto Paranaiba Diamondiferous Province”, although the knowledge of these rocks is still scarce. Among these intrusions, it emphasizes the Grota do Cedro kimberlite, which outcrops in the drainage of same name at south of Coromandel (MG), hosted in micaschists of the Araxá Group (Neoproterozoic). The body has a roughly elliptical surface shape with 350 and 300 m axis; its chemical composition is similar to others of the province, and mineral chemistry of Cr-pyrope shows a strong concentration in the “G9” and “G5” fields. These chemical fields generally characterize diamond-poor or infertile intrusions.Keywords: Kimberlite, Coromandel, Diamonds.
Centenas de intrusões de natureza kimberlítica ou relacionadas são conhecidas na Província Diamantífera do Alto Paranaíba, em Minas Gerais e Goiás. O pipe Abel Régis, localizado em Carmo do Paranaíba e descoberto pela De Beers na década de 1970, é um desses corpos, que tem sido, em geral, considerado como um kimberlito. Na área da intrusão, ocorrem metassedimentos neoproterozóicos do Grupo Bambuí, os quais são atravessados pelo pipe cretácico (?) de forma superficial aproximadamente circular, com cerca de 1.400 m de diâmetro. Foram distinguidas diversas fácies petrográficas no corpo, que é um dos poucos de toda a provín-cia mineral onde encontram-se preservadas feições da zona de cratera. Como o acervo de informações pré-existentes não era esclarecedor quanto à mineralogia de tal corpo, efetuaram-se também estudos com microssonda eletrônica, os quais demonstraram significativas mudanças quanto ao até então admitido. As mais importantes foram: predomínio local de Cr-espinélio sobre ilmenita entre os minerais indicadores, ilmenitas pouco magnesianas e presença abundante do K-feldspato sanidina. Essas características, somadas ao aspecto em forma de taça apresentado pelo corpo, permitem sugerir, em princípio, que a intrusão Abel Régis possa ser de natureza lamproítica. Palavras
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.