Em meio à pandemia de covid-19, olhamos para os lados e percebemos um mundo em ruínas, desmoronando incessantemente. A partir dos encontros proporcionados pela disciplina Conexões entre Ciências, Artes e Culturas do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia, produzimos narrativas que foram entretecidas neste texto. Entre o caos e esgotamento de possíveis, colocamo-nos em movimentos de criar nas conexões entre ciência, arte e educação. Dando vazão aos afetos que pediam passagens em nossos corpos, dialogamos com autores como Ailton Krenak, Anna Tsing, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Donna Haraway e Pereira e colaboradores para pensar no Antropoceno, buscar saídas e, quando não as encontramos, criar fugas e outros caminhos.
Este trabalho é uma cine-cartografia coletiva dos filmes Cronicamente inviável (2000) e Crash no Limite (2005). Entregues às movimentações de pensamentos provocados pelas leituras de autores e autoras dos estudos culturais e dos estudos descoloniais, tais como Hall (2006), Silva (2000), Grosfoguel (2008), Quijano (2005), Wash (2007) e McLaren (2000), trançamos teorias à filosofia da diferença de Deleuze e Guattari potencializando as análise fílmicas. Organizado em quatro partes, nosso trabalho estreia sobre um possível casamento entre cinema, currículo multicultural e educação. A segunda parte expõe uma análise do filme Cronicamente Inviável, investigando partículas de realidades e ficções possíveis entre as identidades brasileiras, as relações de poder e o explícito. A terceira parte cartografa os territórios, os ritmos, o caos e os devires do filme Crash no Limite. Nesta parte evidenciamos encontros e conversações existentes entre o filme e as teorias, que fertilizaram escritas e pensamentos. Para finalizar, em considerações finais multiplicamos possíveis, pensares e contextos, propondo ao leitor um olhar outro diante obras fílmicas. Filmes como objetos de pesquisa, como compositores de currículos escolares, atuantes nessa construção. Filmes binóculos do real-ficção, que constroem e desconstroem realidades. Considere o desvio dos clichês como possível rota de fuga, “Olhe para o que você não vê”.
Este texto é uma resenha crítica do livro “Vidas que ensinam o ensino da vida”, organizado por Marcia Serra Ferreira, Silvia Nogueira Chaves, Antonio Carlos Rodrigues de Amorim, Maria Luiza de Araújo Gastal e Sandra Nazaré Dias Barros. O livro, fruto de reflexões advindas do VII Encontro Nacional de Ensino de Biologia (VII ENEBIO), traz dezoito capítulos que problematizam o ensino de Biologia e Ciências na medida em que aprofundam nas potências e afetos do ensino da vida.
Em meio a pandemia de covid-19, máscaras assumiram grandes importâncias, povoando estes tempos, percorrendo caminhos que se acoplam a nossos corpos e cotidianos. Em matilha, decidimos cartografar afetos possíveis por meio destes objetos em diálogo com obras da artista estadunidense Johanna Goodman. Para a escrita, nos colocamos coletivamente à escuta das vidas que habitam as máscaras, de seus corpos e movimentos que se fundem aos nossos, compondo nos trajetos-vida-pandemia, o desconhecido e, os medos e, os encontros outros e... (im)possíveis em territórios pandêmicos.
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