O estudo teve como objetivo investigar a validade convergente do Inventário de Empatia. A amostra foi composta por 230 indivíduos adultos, de ambos os sexos, que responderam ao Inventário de Empatia (IE) e à Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal (EMRI). Correlações positivas e significativas fortes ou moderadas foram obtidas entre os fatores cognitivos do IE (Tomada de Perspectiva e Flexibilidade Interpessoal) e o fator cognitivo da EMRI. No entanto, os fatores afetivos do IE (Altruísmo e Sensibilidade Afetiva) apresentaram corelações positivas e significativas, porém baixas, ou correlações não-significativas, com os fatores afetivos da Escala EMRI. Os achados fornecem, portanto, evidências iniciais acerca da validade convergente dos fatores cognitivos do IE e aprimoram suas qualidades psicométricas no que diz respeito à avaliação da habilidade empática.
Este artigo tem por objetivo compartilhar possíveis reverberações da relação terapêutica, dentro da abordagem gestáltica, no processo de empoderamento feminino em psicoterapia. Partindo da ênfase relacional dada pela proposta teórica da Gestalt-terapia, este texto surge das vivências das autoras em seus consultórios de psicologia, refletindo sobre os desdobramentos dos encontros. Neste contexto, uma escuta atenta revela que os reflexos da cultura patriarcal são notórios nas demandas trazidas pelas mulheres que chegam ao setting terapêutico. Desde as insatisfações com o próprio corpo às dúvidas sobre escolha profissional; das relações conjugais às experiências (ou não) de maternidade, entre outras questões, observamos as exigências de uma sociedade machista ecoando sobre corpos femininos que, muitas vezes, incapazes de dar conta do "você deveria/não deveria", adoecem. Na contramão dos "deverias", a Gestalt-terapia nos instrumentaliza, através da relação terapêutica, a buscar, com cada mulher, seu modo próprio de existir-no-mundo, reconhecendo suas necessidades e construindo formas de atendê-las. Com isso, testemunhamos movimentos singulares de empoderamento feminino, os quais podem reverberar coletivamente nos contextos em que essas mulheres se posicionam e tecem novos encontros.
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O objetivo deste artigo é apresentar uma descrição de experiência, fruto de uma Oficina Terapêutica desenvolvida em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), um dispositivo fundamental para a Reforma Psiquiátrica e para o cuidado em Saúde Mental pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Utilizamos, para este estudo, as formulações teórico-metodológicas da Teoria Ator-Rede (TAR), as proposições do termo PesquisarCOM, além dos registros em diários de campo que, por sua vez, engendram essa escrita, possibilitando que as afetações que a forjaram sejam evidenciadas nesta investigação. Ensejamos que o presente texto amplie as possibilidades de atuação do psicólogo nas pesquisas e nas práticas de cuidado em saúde. Concluímos que, com as atividades propostas, os encontros contribuíram para o enlaçamento social dos sujeitos, promovendo o autocuidado e levando-os a lidar com o próprio tratamento de maneira criativa, apresentando-se como um espaço de acolhimento com potencial importante para a produção de sujeitos mais autônomos.
En este ensayo presentamos la propuesta de trabajo desarrollada en el laboratorio afecTAR -grupo de investigación vinculado a la Universidad Estatal de Río de Janeiro (UERJ) - que se desarrolla en diferentes escenarios sociales. Utilizamos la Teoría Actor-Network Theory (ANT) de Bruno Latour, la discusión propuesta por Jorge Bondía sobre la experiencia y la noción de afectación, desarrollada por Jeanne Favret Saada para apoyar nuestra metodología de investigación. Argumentamos que la producción de conocimiento científico basado en la experiencia de afectación forja la posibilidad de una investigación encarnada y situada, que se mueve a partir de lo vivido. Esta vez, nos comprometemos a trabajar con una política de redacción capaz de hacer que el campo se desborde, afectando a quienes lo leen, así como también las personas que estuvieron con él en la reunión de investigación, siguiendo sus pistas y guiándose por las preguntas producidas por la propia investigación.
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