Este artigo está publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho seja corretamente citado. Internação por hanseníase e suas sequelas: um estudo descritivoHospitalization for Hansen's disease and its sequelae: a descriptive study Hospitalización por lepra y sus secuelas: un estudio descriptivo
Introduction: Chronic inflammatory demyelinating polyradiculoneuropathy (CIDP) is an autoimmune disease with many possible etiologies. There are only a few reports of CIDP secondary to the use of immune checkpoint inhibitor therapy. The aim is to describe a case of CIDP secondary to the treatment of metastatic melanoma with immune checkpoint inhibitors (ipilimumab and nivolumab). Case report: A 52-year-old male patient, with arterial hypertension and hypothyroidism, presented with paresthesia and pain in the hands and forearms in November/22, that progressively spread and affected the feet in a one-month period. He then presented proximal and distal tetraparesis in January/23, leading him to depend on a wheelchair. At the time, he was being treated with immunotherapy for metastases in the pectoral muscles due to a melanoma. Symptoms’ onset and progression coincided with the therapy infusions. On examination, there were a grade 4 strength in flexion, extension, abduction and adduction of the thighs and grade 5 in other movements, with global areflexia and tactile hypoesthesia in the feet. Cerebrospinal fluid examination (CSF) showed 11 cells, predominantly with lymphocytes, and 283 mg/dL of proteins. Electromyographic studies revealed focal demyelinating neuropathy of the medians at the wrist level, with moderate to severe intensity on the right and moderate on the left, suggestive of pure motor-variant CIDP. Methylprednisolone 1g/day was given for five days with significant improvement of the condition. Results: The 2021 EFNS/PSN criteria provide diagnostic guidelines for CIDP based on clinical, electromyographic and CSF studies. Conclusion: CIDP secondary to the use of immune checkpoint inhibitors has distinct characteristics such as lymphocytic pleocytosis with slightly increased CSF cellularity and severe neuropathic pain as an initial symptom.
O envelhecimento tem se destacado nas últimas décadas devido aos avanços na área da saúde que possibilitaram maior qualidade e expectativa de vida. O perfil de mortalidade brasileira tem passado por recentes mudanças, com a redução do número de óbitos por doenças infecto-parasitárias e aumento da prevalência de doenças crônico-degenerativas e causas externas. Dentre os agravos por causas externas, a violência contra o idoso merece atenção por ser subnotificada. O maior desafio das políticas destinadas a saúde da pessoa idosa está na divulgação e na operacionalização desses instrumentos, para que seja garantida a assistência integral aos idosos e a prevenção de atos de maus-tratos aos mesmo. Objetivou-se dialogar, orientar e conscientizar os idosos que frequentam o Serviço Social do Comércio (SESC) de Governador Valadares sobre o tema violência contra o idoso. Sob a perspectiva da concepção dialógica de Paulo Freire sobre educação em saúde, os ligantes da Liga Acadêmica de Saúde Coletiva (LASC) da Universidade Federal de Juiz de Fora, Campus Governador Valadares, propuseram uma atividade pautada em três momentos: a investigação temática – com a divisão dos participantes em dois grupos, cada grupo com 8 idosos, em que os eles compartilharam conhecimentos e vivências a respeito do tema; a descodificação – concretizada na apresentação artística de um caso de violência contra o idoso discutido e encenado por cada grupo; e o fechamento teórico – em que os ligantes transmitiram informações, como as tipologias da violência, as definições e dados estatísticos regionais. Os tipos de violência mais retratados pelos idosos foram: abuso psicológico, exploração financeira, abandono e negligência. Apesar da Política Nacional do Idoso e do Estatuto do Idoso assegurarem legalmente dignidade e participação dessa população em sociedade, muitos participantes relataram dificuldade em denunciar os abusos, pois os principais agressores são os elementos familiares. A violência contra o idoso pode assumir várias formas e ocorrer em diferentes situações; e por diferentes motivos é subdiagnosticada. Entre as causas para o difícil diagnóstico estão os sentimentos da vítima de culpa e vergonha, medo de retaliação ou represália por parte do agressor, ou ainda receio de ser internada em asilo. A realização de uma atividade dinâmica e interativa possibilita uma troca de experiências, por meio de um diálogo horizontal, que garante a efetividade da prática de educação em saúde com a população idosa, além de ampliar o olhar dos ligantes, futuros profissionais da saúde, quanto à valorização da população idosa, que tende a aumentar nos próximos anos. Os maus-tratos contra idosos apresentam-se como um problema relevante para saúde pública. Medidas educativas e de mobilização social devem ser implementadas com o objetivo de esclarecer a esse grupo os seus direitos, orientar quanto à atitude apropriada a adotar diante da agressão, facilitar a denúncia e a obtenção de apoio ou ajuda para o problema e sua participação na construção de uma rede de proteção ao idoso.
No abstract
Atualmente, instituições de ensino superior (IES) têm reposicionado nos currículos disciplinas que apoiem o desenvolvimento de projetos de pesquisa em saúde, abrindo espaço ao método epidemiológico como instrumento importante para pesquisa em saúde pública. Oportuniza-se assim, ao discente de cursos da área da saúde o aprendizado das etapas de elaboração e as estratégias necessárias à pesquisa epidemiológica descritiva e analítica. Tendo como pressuposto que não há ciência sem pesquisa, incentiva-se o discente no pensar científico dos problemas em saúde segundo magnitude, relevância e pertinência regional. Portanto, justifica-se investigar o interesse temático em pesquisa dos estudantes, visto que influenciará diretamente suas práticas profissionais futuras. Objetivo: A disciplina “Epidemiologia” é oferecida aos estudantes de todos os cursos da área da saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora, Campus Governador Valadares (UFJF-GV). Objetiva-se discorrer sobre o uso da pesquisa epidemiológica descritiva utilizando dados reais como recurso pedagógico no currículo dos cursos da área da saúde da UFJF-GV possibilitando assim o desenvolvimento do raciocínio crítico epidemiológico do discente. A disciplina tem como método avaliativo a apresentação de um boletim epidemiológico (BE), o qual se desenvolve em duas etapas, ao longo de um semestre letivo: inicia-se pela construção de um projeto de boletim, seguida da elaboração do BE propriamente dito. Para tanto, são escolhidas, livremente pelos alunos, doenças epidemiologicamente relevantes como objeto da pesquisa, dando ênfase às patologias de Minas Gerais registradas nos sistemas de informação do Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilizada no sítio eletrônico do Departamento de Informática do SUS do Ministério da Saúde (Datasus/MS). Após coleta de dados sobre, principia-se a estruturação do projeto, o qual apresenta a proposta inicial do BE. O projeto é apresentado e discutido em seminário. Os dados são incrementados e analisados e calculados indicadores de morbimortalidade, a partir dos quais são construídas tabelas e gráficos, conforme atributos da epidemiologia descritiva e revisão de literatura científica. O resultado do estudo é apresentado por meio de trabalho escrito (BE) e seminário aberto. A disciplina possibilita o desenvolvimento do raciocínio crítico epidemiológico através da idealização e execução de projetos de análise de dados reais com temática aberta, fomentando a curiosidade e interesse dos acadêmicos para compreensão dos problemas de saúde local. Incentiva-se debate sobre aspectos relativos à fundamentação teórico-metodológica e técnicas da epidemiologia descritiva. Com o auxílio da pesquisa epidemiológica o discente atua como agente de transformação social, compreendendo o processo saúde-doença e as doenças/agravos relevantes localmente elaborando trabalhos científicos de alta credibilidade e valor acadêmico. A Epidemiologia contribui para a formulação, implementação e avaliação de políticas públicas de saúde. Os dados do Datasus/MS são importantes para a descentralização das ações de saúde, com foco na prevenção, controle e promoção de saúde. Os trabalhos e estudos desenvolvidos na disciplina conduziram os estudantes à leitura científica e ao pensamento epidemiológico baseado em evidência, possibilitando ao discente a viabilização de uma formação coerente com a política de saúde vigente, para uma melhor inserção dos futuros profissionais nos diversos cenários do SUS.
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