A gestão de pessoas é uma área que vem evoluindo ao longo do tempo e representa um constante desafio nas organizações. O Brasil apresenta um cenário no qual as atividades de comércio, produção e serviço das Micro e Pequenas Empresa (MPEs) são responsáveis por 60% da geração de empregos formais no país. Mesmo com a notória relevância das MPEs, a literatura acadêmica pouco aborda a gestão de pessoas nesse contexto e privilegia os modelos de gestão das grandes organizações. Portanto, o objetivo central deste trabalho é investigar a maneira com que tem sido construída e praticada a gestão de pessoas nos pequenos empreendimentos, bem como apresentar as experiências de profissionais que atuaram tanto em pequenas como em grandes empresas. Foram realizadas entrevistas com proprietários e gestores de MPEs de variados ramos e com pessoas que saíram de grandes empresas para trabalhar em micro ou pequenos negócios. Verificou-se a construção da gestão de pessoas pautada nas vivências e nas experiências de seus proprietários, a forte influência do paternalismo nas práticas, a presença de algumas ideias diferenciadas e um espaço valorizado de possibilidades para os que, oriundos das grandes empresas, escolhem as menores para fazerem suas carreiras.
Este trabalho revisita as obras de Furtado e Cardoso, apresentando os principais elementos de suas interpretações sobre o desenvolvimento econômico e a dependência, e seus pontos de convergência e divergência. Embora ambos ressaltem a importância do processo histórico para compreender o subdesenvolvimento e as possibilidades de desenvolvimento, para Furtado, este não é apenas uma questão de crescimento ou acumulação de capital, mas de mudanças estruturais em benefício da coletividade. Cardoso entende desenvolvimento como acumulação de capital, a qual não implica benefícios para a sociedade, ao contrário, tende a ser contraditória e geradora de desigualdades. A dependência, para ambos, caracteriza o modus operandi do capitalismo na periferia. Entretanto, para Furtado, o desenvolvimento torna-se muito difícil nos quadros de dependência e, para Cardoso, a dependência não exclui e não colide com a possibilidade de desenvolvimento.
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