Introdução: a malformação congênita do aparelho circulatório é definida como qualquer anormalidade na estrutura e/ou função do coração durante a fase do desenvolvimento embrionário, podendo interferir no fluxo sanguíneo. Suas manifestações ocorrem em qualquer fase do desenvolvimento. No Brasil, essa enfermidade representa a segunda principal causa de mortalidade em crianças menores de um ano, caracterizando-se um problema de saúde pública. Objetivo: descrever o perfil das internações de crianças por malformações congênitas do aparelho circulatório no Brasil, de 2010 a 2020. Metodologia: trata-se de um estudo ecológico, realizado por meio de dados secundários, no período de 2010 a 2020. Analisaram-se as variáveis número de internações, sexo, região, raça/cor, faixa etária, custos hospitalares, óbito e taxa de mortalidade. As informações coletadas foram armazenadas e analisadas no software Microsoft Excel Office, versão de 365. Resultados: entre 2010 e 2020, foram notificadas 118.792 internações por essa comorbidades de crianças por malformação congênita do aparelho circulatório, sendo 51% do sexo masculino, com predomínio da cor branca (36%), tendo a região Sudeste apresentado o maior percentual de internações (43,5%). Observou-se maior ocorrência em crianças abaixo de um ano (62,7%), gerando um custo de 650 milhões de reais em serviços hospitalares. O maior percentual de internações ocorreu em 2019 (10,9%). Houve 10.477 óbitos entre 2010 e 2020 (8,8%), sendo 85,8% na população abaixo de um ano e 37,7% na região Sudeste. A taxa de mortalidade de crianças por essa comorbidade foi de 8,82/100 mil habitantes. Conclusão: observou-se que as malformações congênitas do aparelho circulatório, no período analisado, apresentaram uma distribuição homogênea em relação ao sexo, sendo mais frequentes na raça/cor branca, na região Sudeste e na faixa etária menor que um ano, gerando altos custos em serviços hospitalares.
Introdução: Estudos mostram que há uma baixa adesão à reabilitação cardiovascular (RCV) implicando em limitações quanto aos benefícios esperados. É importante investigar se a diversificação de intervenções já aplicadas na RCV, como a adoção do exergaming, pode proporcionar maior adesão à esse tratamento. Objetivo: Revisar estudos que investigaram a adesão intragrupo à RCV de pacientes em uso do exergaming e comparar, intergrupos, com pacientes submetidos a RCV convencional. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática que incluiu estudos de intervenção originais, indexados em bases de dados e publicados até abril de 2021, sem restrições de idioma. A busca foi realizada no PubMed/Medline, Web of Science, Scopus, Cochrane e PEDro, em abril de 2021. Resultados: Foram incluídos 8 estudos. Em 3 deles, a média de adesão às sessões de RCV com exergaming foi de 77%. Em outro estudo, cerca de 60% dos participantes estavam mais de 80% aderentes ao tempo de jogo recomendado. No quinto estudo, o tempo médio de uso do exergaming foi de 28 ± 13 minutos/dia, superior ao recomendado de 20 minutos/dia. No sexto estudo, a mediana de atendimento individual foi de 96%. No sétimo, houve 100% de adesão às sessões de RCV. Já no oitavo estudo, houve aumento significativo na adesão em 12 semanas de RCV com exergaming (72,87% para 82,80%) e redução quando exergaming foi descontinuado (82,80% para 65,48%, p < 0,05). Conclusão: A melhor evidência disponível demonstra um efeito positivo do exergaming na adesão do paciente à RCV.
Introdução: O exergaming, dado o seu perfil lúdico, pode tornar a Reabilitação Cardíaca (RC) mais atrativa. Assim, questiona-se se o exergaming pode reduzir a evasão dos pacientes à RC. Objetivo: Analisar a eficácia do exergaming na aderência à RC fase dois. Métodos: Ensaio clínico randomizado, incluindo pacientes com doenças cardíacas, de ambos os sexos, maiores de 18 anos, admitidos na RC fase dois; excluídos os com contraindicações a essa intervenção. Os participantes serão alocados em dois grupos, com 30 indivíduos cada: grupo intervenção, que realizará o exergaming no Nintendo Wii; grupo controle, realizará exercício em esteira. A intervenção de ambos os grupos será de intensidade moderada, 30 minutos por sessão, três vezes por semana, por 12 semanas. A aderência à RC será identificada através da porcentagem do comparecimento às sessões. Resultados: As variáveis dos grupos serão comparadas por meio do Teste T de Student ou MannWhitney. O teste do qui-quadrado será utilizado para comparação das variáveis categóricas, quando inadequado, o exato de Fischer. Nível de significância será 5%. Conclusão: Esta investigação auxiliará na elucidação da eficácia do exergame na adesão à RC fase dois e quanto a outros desfechos secundários, como a melhora da capacidade de exercício.
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