A partir das teorias da agência e dos stakeholders espera-se que os responsáveis pela elaboração das demonstrações contábeis estejam comprometidos com a divulgação de informações relevantes para os usuários. O propósito deste trabalho é realizar um diagnóstico a partir das informações fornecidas pelas empresas de capital aberto e fechado do setor de agronegócios, com foco nos requisitos de divulgação do CPC 29. No entanto, o diferencial deste trabalho está na análise em separado das empresas de capital aberto e fechado. Trata-se de uma pesquisa descritiva e qualitativa, baseada na análise das demonstrações contábeis de 2010. Para isto, um check list baseado no CPC 29 foi aplicado, permitindo a comparação entre as companhias abertas e fechadas por meio do teste Mann-Whitney. A observação dos dados apresentados permite concluir que grande parte da amostra optou por utilização do valor justo como base de mensuração, mas não divulgaram as premissas consideradas no método adotado. Tal situação prejudica a análise comparativa das demonstrações contábeis e diminui sua relevância para os usuários, além de permitir práticas de gerenciamento de resultado. A divulgação dos tipos de ativos biológicos e a conciliação das mudanças no valor contábil destes foram feitas pela grande maioria das empresas da amostra. Porém, a composição do custo histórico nos casos aplicáveis, riscos e restrições de controle dos ativos biológicos foram alvo de poucas evidenciações. Estas evidências revelam que as empresas, seja de capital aberto ou fechado, atenderam parcialmente aos requisitos do CPC 29. Enquanto que, na análise em separado, o teste estatístico mostra que não houve diferença em termos de divulgação entre os dois grupos. Estes resultados devem ser analisados com cautela considerando as limitações desta pesquisa e o período de adaptação pelo qual as empresas enfrentam ao adotar pela primeira vez o CPC 29.
Essa pesquisa teve como objetivo verificar a relação entre o conteúdo do novo relatório de auditoria e o perfil das empresas auditadas e de auditoria. Observou-se a quantidade e quais os principais assuntos de auditoria (PAA) presentes nos relatórios das empresas brasileiras de capital aberto. Foram realizadas análises de correlação, diferença de média e regressão múltipla para o exercício de 2016. Os resultados indicaram que empresas: maiores; mais endividadas; com maiores honorários pagos às auditorias; de maior representatividade para o auditor; com maior número de subsidiárias; auditadas por Big Four; com emissão de ADR; listadas no Novo Mercado; de setores regulamentados e com presença de conselho de auditoria, apresentam maior quantidade de PAA. Relação inversa foi obtida ao considerar o tempo em que a auditoria exerce suas funções na empresa. Com relação ao tipo de PAA, não foi observada a existência de padrões definidos de características conjuntas que poderiam influenciar o conteúdo do novo relatório de auditoria, o que implica, para os usuários, que os relatórios apresentaram conteúdos condizentes com o que foi e deveria ser observado nas empresas, e não seguiram um padrão prédefinido. Constatou-se maior volume de PAA em função de uso de normas discricionárias, como o impairment, provisões, reconhecimento de receitas e tributos. Assim, os resultados indicaram que o novo relatório seguiu as particularidades de cada empresa analisada, o que sugere a confirmação esperada pela proposta do novo relatório, ou seja, aumentar os esforços para melhorar a confiabilidade da atuação da auditoria independente.
<p>http://dx.doi.org/10.5007/2175-8069.2015v12n26p73</p><p>Para verificar o comportamento da divulgação de informações contábeis a respeito de mensuração dos ativos biológicos, esta pesquisa analisou por meio de <em>check-list</em>, baseado nas orientações sobre evidenciação do CPC 29, as Demonstrações Financeiras, de 2008 a 2012, das trinta companhias de capital aberto da BM&FBOVESPA que os possuíam. Trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva e baseada em análise documental. Após constatar que os ativos biológicos eram materiais em relação ao total de ativos, observou-se que o método do fluxo de caixa sobressaiu-se como alternativa para definição do valor justo pela inexistência de mercado ativo em várias fases de maturação desses itens, sendo também mais facilmente obtido. Empresas que formaram culturas próximo à data de encerramento declararam usar o custo histórico como equivalentes ao valor justo pela proximidade entre datas de formação e elaboração das demonstrações financeiras. Entretanto, a evolução verificada não ultrapassa os requisitos da norma contábil vigente.</p>
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