Análise da evidenciação sobre a mensuração de ativos biológicos: antes e depois do CPC 29

Abstract

<p>http://dx.doi.org/10.5007/2175-8069.2015v12n26p73</p><p>Para verificar o comportamento da divulgação de informações contábeis a respeito de mensuração dos ativos biológicos, esta pesquisa analisou por meio de <em>check-list</em>, baseado nas orientações sobre evidenciação do CPC 29, as Demonstrações Financeiras, de 2008 a 2012, das trinta companhias de capital aberto da BM&FBOVESPA que os possuíam. Trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva e baseada em análise documental. Após constatar que os ativos biológicos eram materiais em relação ao total de ativos, observou-se que o método do fluxo de caixa sobressaiu-se como alternativa para definição do valor justo pela inexistência de mercado ativo em várias fases de maturação desses itens, sendo também mais facilmente obtido. Empresas que formaram culturas próximo à data de encerramento declararam usar o custo histórico como equivalentes ao valor justo pela proximidade entre datas de formação e elaboração das demonstrações financeiras. Entretanto, a evolução verificada não ultrapassa os requisitos da norma contábil vigente.</p>

Relevance of Fair Value in Biological Assets: An Experimental Analysis on Market Perception Versus the Academic Perception

“…Theory is the context which affect investors' judgment, that is, if investors may consider fair value gains and losses as forgone opportunities the counterfactual thinking was activated (Koonce et al, 2011). The researchers follow the author's research suggestion by applying different assets and they also consider that Brazilian research concentrated just on examining the degree of disclosure of biological assets after standard-setting board approval of CPC 29 -Biological Assets and Agricultural Products according to IFRS 13 -Fair Value and IAS 41 -Agriculture (Barros et al, 2013;Macedo, Campagnoni & Rover, 2016;Figueira & Ribeiro, 2016). Thus, this research analyzed the relevance of the FV applied to the biological assets for financial statement users.…”

Comparabilidade Das Informações Em Ifrs:

“…Tanto as escolhas em torno da mensuração no nível 3 quanto as escolhas sobre o disclosure de ativos biológicos trazem dificuldades para o usuário comparar a informação financeira de entidades nos segmentos (J. da S. Oliveira et al, 2015;Stárová et al, 2016), seja porque as escolhas são distintas ou pela ausência de informações detalhadas sobre a mensuração e classificação de ativos (Talaska & Oliveira, 2016). As escolhas estão presentes também na apresentação dos ativos biológicos em relatórios financeiros, especialmente, em grupos e subgrupos do balanço (Budrionyte & Gaizauskas, 2018) e da demonstração de resultado (Figueira & Ribeiro, 2015), o que poderia afetar indicadores financeiros e comprometer, em algum nível, a comparabilidade das demonstrações.…”

“…Ortiz e Oliveira (2020) apresentam uma proposta de contas para o segmento de florestas, em que essa segregação é realizada dentro do balanço patrimonial. Contudo, ressalta-se que estudos têm constatado que tal segregação é um dos itens menos divulgados nas notas explicativas das entidades (Figueira & Ribeiro, 2015; R. L. M. Silva et al, 2013).…”

“…Aquelas que o faziam usavam contas como: variação do valor justo de ativos biológicos, ajuste líquido do valor justo de ativos biológicos, entre outras contas. Algumas dessas empresas evidenciavam a variação dentro do grupo "Receita operacional" ou de "Custo do Produto Vendido" (Figueira & Ribeiro, 2015;Salotti & Santos, 2015).…”

“…Pesquisas têm demonstrado que, apesar do aumento no volume de informação após a aplicação da norma, o nível de disclosure mandatório para ativos biológicos ainda era parcial no início da adoção de IFRS e a informação divulgada era superficial (Barros et al, 2012;Figueira & Ribeiro, 2015;Theiss et al, 2014) -o que poderia comprometer a análise dos usuários e suas decisões (Carvalho et al, 2013;Scherch et al, 2013). Esses estudos, no período inicial de adoção da norma no contexto brasileiro, citam como explicação possível para o baixo nível de divulgação a fase de experiência das entidades com IFRS.…”