O objetivo deste trabalho é investigar qual gramática portuguesa forneceu uma das bases para o desenvolvimento do português brasileiro (MATTOS E SILVA, 2004). A partir dos dados obtidos por Cardoso (2020), que investigou a interpolação e a colocação dos clíticos em textos escritos por indivíduos nascidos no Brasil Colônia, argumentamos que a gramática portuguesa preponderante para a formação do português brasileiro foi o português clássico. Com base nisso, apontamos o percurso das gramáticas portuguesas no Brasil e em Portugal e destacamos de que maneira se dá a presença do português clássico em textos brasileiros.
Este artigo tem por objetivo apresentar o corpus colonial formado pelo CE-DOHS (Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão). O CE-DOHS, ao longo de sete anos (2012-2018), elaborou um corpus diacrônico dos séculos XIX e XX, oferecendo dados em formato eletrônico para o estudo linguístico do português brasileiro (PB). A partir do corpus colonial, o CE-DOHS busca oferecer aos pesquisadores da história do Português Brasileiro um pequeno conjunto de textos representativos do cenário multilíngue e multiétnico do Brasil Colônia, mais especificamente dos séculos XVII e XVIII que, somado aos outros corpora, oferece, em um único banco, quatro séculos de dados linguísticos do português em solo brasileiro. O corpus em questão contém 151 documentos, escritos por 16 escreventes, todos nascidos no Brasil, e possui mais de dez gêneros textuais diferentes, que foram agrupados em pequenos acervos, conforme as etnias dos escreventes e os possíveis processos de aquisição da língua portuguesa. O objetivo da constituição do corpus é investigar a difusão do português na América e a dinâmica dessa língua no processo de surgimento do PB. Neste trabalho, serão enfatizadas: as estratégias para o encontro dos manuscritos, uma vez que a delimitação temporal estabelecida para o corpus é, ainda, obscura dentro dos estudos sobre o PB; a representatividade dos manuscritos, mostrando que, apesar de em pequena quantidade, são significativos; as potencialidades do material organizado, indicando alguns dos possíveis trabalhos linguísticos possíveis de serem realizados, explorando o corpus em diferentes áreas e/ou constituindo corpora maiores, capazes de fornecer mais dados sócio-históricos e linguísticos.
As políticas sociais vem há anos passando por um desmonte, com a chegada da pandemia a situação foi agravada. Não é novidade que o transporte público sofre com a superlotação, falta de segurança, frotas reduzidas em comparação a quantidade de usuários diários e em contrapartida, aumentos recorrentes no valor da passagem, chegando a ser abusivo com os passageiros. Com uma necessidade de distanciamento social para conter a propagação do vírus, o transporte público foi o que mais evidenciou a falta de planejamento e estrutura dos órgãos governamentais. Segundo os pesquisadores, existem uma série de medidas para se proteger do novo coronavírus, além do uso constante de máscara e álcool em gel, o distanciamento de no mínimo dois metros entre as pessoas diminuiria o número de contágios. No entanto, isso se torna impossível devido a superlotação dos ônibus, onde o ideal seria que os passageiros fossem transportados apenas sentados, mas para isso precisaria existir um aumento na frota. É notável o cunho social dessa situação, uma vez que, a maioria dos passageiros que precisam do transporte público diariamente não possuem a opção de ficar em isolamento, ou de utilizar outro meio de transporte. Não é à toa que a população preta, pobre e periférica foi a mais afetada pelo Covid-19. Com base nesses dados já citados é perceptível a importância de um transporte público de qualidade para minimizar a contaminação e pensar em mudanças na política de transporte para reduzir os gastos, otimizar o tempo do usuário, melhorar o trânsito e diminuir os poluentes, entre tantos outros benefícios.
O Brasil nos Anos Dourados, período que vai de 1945 a 1964, passou por importantes mudanças. A ampliação do poder estatal, o avanço na industrialização e a criação do salário mínimo impulsionaram o consumo e o poder econômico dos brasileiros. A influência da cultura norte-americana trouxe inspirações sobre liberdade e comportamento aos jovens da época, que desejam viver o “American way of life”. Apesar desse grande crescimento econômico e industrial, no que diz respeito aos valores e concepções de família e papéis de gênero, a sociedade brasileira tentou manter suas concepções intactas.A mulher, na década de 50 teve sua educação mais valorizada e houve o surgimento de maiores oportunidades de emprego para o sexo feminino. Entretanto, ainda assim, as mulheres eram vistas a partir das concepções arraigadas, das décadas anteriores, de dedicação ao lar e aos filhos. Segundo Pinsky (2014, p. 18)“A família conjugal é o modelo dominante. Nas casas de classe média, as famílias são de fato tipicamente compostas por pai, mãe e filhos(...). A autoridade máxima ainda é conferida ao pai, ‘o chefe da casa’, e garantida pela legislação que reconhece o trabalho masculino como a principal fonte de recursos da unidade doméstica. As leis também enfatizam a imagem da mulher exclusiva ou prioritariamente dedicada ao lar e à procriação”.O contexto de modernização pelo qual passava o Brasil ajudou alguns veículos midiáticos, tais como a revista e o rádio, a se tornarem meios de comunicação de massa e a propagarem as concepções da época sobre a constituição da sociedade brasileira. Às mulheres eram produzidas revistas exclusivas, denominadas de revistas femininas, que abordavam assuntos considerados na época de interesse feminino, segundo o padrão de sociedade dos anos 50.A revista Jornal das Moças foi um periódico bastante aclamado pelo público ao qual se dirigia às mulheres, alcançando o primeiro lugar entre as revistas femininas semanais no período referido (PINSKY, 2014). Autointitulado como “a revista da mulher no lar e na sociedade”, o Jornal das Moças abordava diversos assuntos referentes ao universo feminino da época, como corte e costura, moda, dicas de relacionamento e beleza. Desse modo, essa revista torna-se importante fonte de pesquisa para compreender e analisar os discursos sobre o corpo feminino nos anos de 1950. Através do contato com os períodos referidos, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de Analisar os sentidos relacionados ao corpo feminino produzidos pela revista Jornal das Moças na década de 50 a partir da teoria francesa de Análise do Discurso.
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