Toxicologia: uma abordagem multidisciplinar -Volume II está licenciado sob CC BY 4.0.Esta licença exige que as reutilizações deem crédito ao criador. Ele permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e construam o material em qualquer meio ou formato, mesmo para fins comerciais. O conteúdo da obra e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, não representando a posição oficial da Editora Amplla. É permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores. Todos os direitos para esta edição foram cedidos à Editora Amplla.
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Introdução: A Neisseria gonorrhoeae é uma bactéria Gram-negativa que infecta cerca de 87 milhões de pessoas anualmente, sendo a gonorreia umas das infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais comuns no mundo. Nas últimas décadas, foram evidenciadas cepas bacterianas com elevados níveis de resistência antimicrobiana (RAM), inclusive a cefalosporinas de amplo espectro e macrolídeos, fármacos de primeira linha para o tratamento da gonorreia. Essa é uma situação preocupante, uma vez que, se não tratada, a infecção pode ser responsável por elevadas taxas de morbidade entre os infectados. Objetivo: Discutir as implicações decorrentes da existência de cepas de N. gonorrhoeae resistentes a antibióticos. Metodologia: Conduziu-se uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados MEDLINE e EMBASE, utilizando-se os descritores “gonorrhea” e “drug resistance\" combinados pelo operador booleano AND, para a seleção de artigos publicados de 2021 até janeiro de 2022. Aplicados os critérios de inclusão e exclusão, onze artigos foram selecionados e analisados para a produção deste trabalho. Resultados: O desenvolvimento de RAM por N. gonorrhoeae tem se mostrado crescente em todo mundo, sendo identificadas cepas resistentes ao tratamento de escolha atualmente recomendado pela Organização Mundial da Saúde para o controle da infecção: a combinação de ceftriaxona e azitromicina. Também já foi verificada resistência a ciprofloxacino, cefixima e tetraciclina, fármacos utilizados como opção no tratamento da gonorreia. Diante disso, teme-se por uma possível falta de antimicrobianos capazes de combater a bactéria, o que facilitaria sua disseminação, diminuindo o controle da infecção e tornando maiores as chances de complicações relacionadas ao quadro, como doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e infertilidade, bem como aumentando os índices de morbidade e mortalidade da doença. Conclusão: A infecção por Neisseria gonorrhoeae apresenta-se como um desafio no âmbito da saúde mundial em decorrência do desenvolvimento da RAM aos fármacos atualmente indicados para tratamento da infecção e da possibilidade de disseminação das cepas resistentes, com consequente aumento de complicações e mortalidade. Em vista disso, tornam cada vez mais importantes a necessidade de novos tratamentos eficazes no combate a este micro-organismo e de um programa de vigilância epidemiológica eficaz em todos os países do mundo.
Introdução: O Strongyloides stercoralis é um nematoide intestinal que infecta mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo causando estrongiloidíase. Esta é uma infecção potencialmente grave em indivíduos imunossuprimidos, a exemplo de receptores de transplante de órgãos sólidos, podendo se manifestar em suas formas mais severas (hiperinfecção e estrongiloidíase disseminada), que são comumente fatais. Diante disso, são necessários protocolos que visem triar doadores e receptores quanto a presença deste parasito, com o objetivo de reduzir a ocorrências das formas graves de estrongiloidíase e suas complicações. Objetivo: Descrever os protocolos mundialmente aplicados a doadores e receptores de transplante de órgãos sólidos para a prevenção de estrongiloidíase disseminada em receptores e suas complicações. Material e métodos: Foi conduzida uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados MEDLINE e EMBASE a partir da utilização dos descritores “strongyloidiasis”, “transplantation”, “clinical protocol”, “screening” e “organ transplantation”, combinados com o operador booleano AND, com a seleção de artigos publicados entre os anos de 2016 e 2021. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, nove artigos foram analisados para esta produção. Resultados e discussão: Os testes sorológicos para diagnóstico de estrongiloidíase são sensíveis e específicos, principalmente o ELISA, sendo altamente recomendados para investigação em doadores e receptores. Aqueles IgG positivos para Strongyloides, sintomáticos ou não, indivíduos com eosinofilia inexplicável ou sorologiadesconhecida e os que moram ou viajaram para áreas endêmicas precisam ser tratados com ivermectina antes da doação/recepção de órgãos. Receptores de doadores falecidos IgG positivos para Strongyloides, com sorologia desconhecida e/ou eosinofiliainexplicável, devem tomar ivermectina após o transplante. De maneira complementar, é recomendada a realização do exame parasitológico de fezes com a utilização de métodossensíveis à detecção de larvas de helmintos para a investigação da presença do parasito antes da realização do transplante. Conclusão: De acordo com a literatura pesquisada, os protocolos comumente empregados para a prevenção de estrongiloidíase disseminada em receptores de órgãos sólidos consistem na investigação sorológica e parasitológica em doadores e receptores, além da utilização de ivermectina profilaticamente.
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