O reflorestamento tem sido incentivado em todo mundo por fornecer uma melhoria no ecossistema terrestre, logo para obter sucesso é necessário utilizar espécies vegetais que sejam compatíveis entre si, com ausência de propriedades inibitórias que afetem e prejudiquem o estabelecimento e com isso venha a restringir a eficiência dos reflorestamentos. No presente estudo, objetivou-se verificar possíveis efeitos alelopáticos exercidos por extratos aquosos de folhas frescas de Capparis hastata e Piptadenia moniliformis sobre as características fisiológicas de sementes de Mimosa hostilis. Foi utilizado para cada espécie o delineamento experimental inteiramente casualizado com cinco tratamentos e cinco repetições. A metodologia científica utilizada neste experimento foi uma pesquisa laboratorial utilizando o método quantitativo. O extrato bruto (100%) de cada espécie foi diluído, nas concentrações 25; 50 e 75%; para o controle utilizou-se água destilada (0%). Foi determinada a porcentagem de emergência, índice de velocidade, tempo médio de emergência, comprimento e massa seca da parte aérea e do sistema radicular. Os resultados demonstraram que os extratos aquosos das folhas de C. hastata e P. moniliformis possuem propriedades inibitórias na germinação e desenvolvimento inicial de M. hostilis, sendo necessário proceder com cautela quanto ao espaçamento entre as espécies por ocasião da adoção de um programa de reflorestamento.
É escasso o conhecimento das exigências das sementes quanto aos efeitos da temperatura e da luz para a germinação, especialmente para as espécies típicas de vegetação secundária. Esse estudo objetivou avaliar a germinação e o desenvolvimento inicial das plântulas de angico-de-bezerro em três períodos de semeadura. O experimento foi conduzido na UFRPE-UAST nos meses de fevereiro a abril de 2017, o delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 5 (épocas de semeadura x tratamentos de quebra de dormência). As sementes foram submetidas aos tratamentos prévios de quebra de dormência: T1 = testemunha - sementes intactas; T2 = imersão em ácido em ácido sulfúrico concentrado por 20 minutos; T3 = imersão em hipoclorito de sódio por seis horas; T4 = imersão em hipoclorito de sódio por 12 horas; T5 = imersão em hipoclorito de sódio por 24 horas. As semeaduras ocorreram em 22 de fevereiro, 08 de março e 22 de março de 2017. Foram avaliados parâmetros relacionados à germinação e ao desenvolvimento inicial das plântulas. Os tratamentos T2 e T3 propiciaram maior emergência das plântulas, mas não houve diferença para os métodos de quebra de dormência quanto ao comprimento da parte aérea e do sistema radicular. De um modo geral, as sementes de angico de bezerro apresentaram melhores resultados de porcentagem de emergência quando semeadas no dia 22 de março, cuja temperatura estava mais amena durante os 21 dias após a data de semeadura, quanto ao comprimento da parte aérea o mesmo teve um melhor desenvolvimento na última época, entretanto, a variação de temperatura observada entre as épocas de semeadura não proporcionou diferenças para o comprimento do sistema radicular.
Resumo O êxito entre o consórcio de espécies nativas da caatinga com espécies cultivadas no semiárido depende, dentre outros fatores, de estudos sobre a interação entre as mesmas. Objetivou-se identificar uma possível influência alelopática das folhas secas, em processo de decomposição, da espécie nativa Erythrina velutina Willd, no desenvolvimento inicial de plântulas de feijão caupi, cv. BRS Potengi. As folhas da espécie florestal foram coletadas pela manhã, em seguida secas a 60 ºC por 24 horas em estufa, sendo posteriormente armazenadas em sacos de papel kraft, à temperatura ambiente até o momento da instalação dos experimentos. As folhas secas foram esmagadas manualmente e misturadas com areia, adotando-se a seguinte proporção de areia e folhas secas: 1:0; 1:1/2; 1:1 e 1:2 (v:v). As folhas presentes em cada mistura ficaram decompondo por um período de zero; 15; 30; 45 e 60 dias para posterior semeadura das sementes de feijão caupi, cv. BRS Potengi. As variáveis analisadas foram porcentagem de emergência (PE), índice de velocidade de emergência (IVE), tempo médio de emergência (TME), comprimento da parte aérea (CPA) e do sistema radicular (CSR), massa seca da parte aérea (MSPA), do sistema radicular (MSSR) e total (MST). O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4x5. Quando avaliados os parâmetros de germinação observou-se que as folhas secas de mulungu proporcionaram um efeito foi benéfico, o mesmo ocorreu para os parâmetros de crescimento. Conclui-se que é possível adotar o sistema agroflorestal com o consórcio da espécie nativa mulungu e a espécie cultivada feijão caupi, cv. BRS Potengi.
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