Os schwannomas são tumores encapsulados benignos que podem ocorrer em tecidos moles, órgãos internos ou raízes de nervos espinhais. Mesmo sendo um tumor raro, o sitio mais acometido por esse tumor é o VIII par de nervos cranianos, o nervo vestíbulococlear. Esse trabalho tem por finalidade juntar informações de diversas bibliografias e sanar dúvidas de todos os interessados no assunto, tanto acadêmicos de medicina, quanto médicos e outros profissionais das ciências da saúde.

Este trabalho abrangeu um relato de caso em conjunto com uma revisão sistemática da literatura, sobre a Cardiomiopatia de Takotsubo (CT). Essa doença é reconhecida como uma síndrome cardíaca aguda, cuja apresentação clínica assemelha-se ao infarto agudo do miocárdio (IAM). A condição afeta, predominantemente, mulheres e é geralmente precedida de estresse emocional ou físico, podendo apresentar diferentes variantes, dentre elas a invertida. Tem-se proposto que a patogênese da síndrome de takotsubo pode se apresentar por diferentes mecanismos fisiopatológicos, dentre eles a isquemia miocárdica, a obstrução do trato de saída do ventrículo esquerdo, a toxicidade miocárdica de catecolaminas e a disfunção do sistema nervoso autônomo. A CT geralmente é reversível, mas, durante a fase aguda, um número substancial de pacientes desenvolve complicações graves, como arritmias, insuficiência cardíaca incluindo edema pulmonar e cardiogênico, choque, tromboembolismo, parada cardíaca e ruptura. O trabalho teve como finalidade contribuir para a melhor compreensão da CT e seu tratamento, além de demonstrar casos já existentes de uma variante invertida.  Concluiu-se que é fundamental para um melhor prognóstico e prevenção de recidivas, após a exclusão do diagnóstico de IAM, o tratamento de fatores precipitantes, doenças predisponentes e complicações é fundamental durante a fase aguda da doença, bem como após a melhora das condições do paciente. Isso se verifica principalmente em mulheres na perimenopausa, nas quais a incidência de recorrência é substancialmente maior.

Os acidentes de transporte terrestre (ATT) são uma das principais causas de morte no país e um importante problema de saúde pública. O objetivo desse trabalho foi analisar os aspectos epidemiológicos da mortalidade por ATT no município de Cascavel-PR no período de 2013 a 2018. Estudo de caráter descritivo e abordagem retrospectiva e quantitativa, com coleta de dados por meio de registros de declarações de óbitos obtidos pelo Sistema de Informação de Mortalidade e inseridos na plataforma DATASUS. Apesar da taxa de mortalidade por ATT ter diminuído ao longo do período estudado, ainda é muito relevante no município. A grande maioria das vítimas era do sexo masculino. O grupo etário mais acometido foi o de 20-29 anos, seguido pelo de 30-39 anos. Brancos representaram a maior parte das vítimas. Houve maior porcentagem de mortes em indivíduos com escolaridade de 5-8 anos de estudo. Os ocupantes de automóvel foram responsáveis pelo maior número de óbitos, seguidos pelos motociclistas e pedestres. A presente pesquisa propicia uma contribuição para as ações de saúde pública locais, já que atitudes intervencionistas são essenciais para a redução da morbimortalidade por ATT e o estudo do perfil das vítimas possibilita ações preventivas mais focadas e eficientes.

Introdução: A asma é uma doença heterogênea e complexa, caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas, sendo um importante problema de saúde pública, o qual pode levar os pacientes a óbito. Metodologia: O estudo compreendeu 171 pacientes asmáticos atendidos no Centro de Atendimento Especializado em Cascavel/PR no período de julho a dezembro de 2019, a partir da análise de prontuários médicos. Resultados: A maioria dos pacientes é do sexo feminino (n=132), variando entre menores de 20 anos e 80 a 89 anos, porém com mais casos entre 60 e 69 anos, e a raça branca é a mais prevalente (n=115). As comorbidades mais encontradas nos pacientes foram rinite alérgica (n=112), doenças cardiovasculares (n=75) e psiquiátricas (n=55). Os fatores de risco mais comuns foram: exposição ao tabaco (n=61), exposição ocupacional e ambiental a alérgenos (n=52) e obesidade (n=9). Quanto ao padrão na espirometria, 80 pacientes não apresentam nenhuma alteração, 40 pacientes possuem distúrbio ventilatório obstrutivo, característico da asma, e 21 pacientes possuem distúrbio ventilatório restritivo no exame de função pulmonar. Conclusão: O presente estudo demostrou que o conhecimento do perfil dos pacientes asmáticos é importante para um melhor entendimento dessa doença, a fim de que sejam feitas estratégias de saúde pública para reduzir o impacto da asma nos pacientes, melhorando a qualidade de vida, manejo clínico e taxas de morbimortalidade.

A COVID-19 é causada por um betacoronavírus denominado SARS-CoV-2. O quadro clínico consiste em sinais e sintomas inespecíficos como febre, tosse seca, dispneia, mialgia, fadiga, cefaleia, anosmia e sintomas gastrointestinais. A recomendação de manejo invasivo de vias aéreas em pacientes com COVID-19 é por intubação orotraqueal de sequência rápida. Como esse e outros procedimentos anestesiológicos são geradores de aerossóis, é fundamental a proteção dos profissionais de saúde com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Dessa forma, este estudo buscou avaliar a utilização de EPIs e também o conhecimento de médicos anestesiologistas no manejo de pacientes com COVID-19. Dos 53 profissionais entrevistados, 13 (24,5%) relataram que em pelo menos um procedimento não tiveram acesso aos EPIs necessários para sua segurança. Esse é possivelmente um dos fatores relacionados a elevada prevalência de adoecimento por COVID-19 na amostra de profissionais participantes do estudo (30,2%). Além disso, 28,3% dos participantes da pesquisa calcularam incorretamente o volume corrente de uma paciente fictícia. Assim, conclui-se que as condutas realizadas por esses profissionais são parcialmente adequadas ao manejo perioperatório de pacientes com COVID-19 de acordo com as literaturas consultadas.  Portanto, são essenciais medidas de educação continuada para ampliar a assertividade dos médicos nas condutas realizadas. Ademais, as instituições de saúde devem prover EPIs necessários aos profissionais de saúde para reduzir a chance de infecção destes trabalhadores.