Os solos de regiões semiáridas apresentam naturalmente uma baixa fertilidade, dificultando o crescimento e a produtividade das plantas, aumentando os custos de produção, devido aos investimentos com fertilizantes e defensivos agrícolas. Além disso, globalmente existe grande desperdício de alimentos. Diante deste cenário, objetivou-se com o presente trabalho avaliar o reaproveitamento dos resíduos orgânicos para a produção de um composto orgânico por meio de compostagem, seguido de vermicompostagem. O experimento foi realizado em duas etapas (compostagem seguida de vermicompostagem), no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará Campus Maracanaú. Foram utilizados resíduos orgânicos alimentares, provenientes da Central de Abastecimento do Ceará, esterco bovino e folhas secas. Aos 51 dias após o início da compostagem, o composto foi colocado em um depósito com capacidade de 310 L e foram adicionadas 100 minhocas californianas adultas (Eisenia foetida), iniciando assim o processo de vermicompostagem. Concluiu-se que é possível utilizar os resíduos alimentares para a produção de composto orgânico fertilizante. A compostagem seguida de vermicompostagem mostrou-se viável e de fácil aplicação. A vermicompostagem diminuiu a granulometria do composto e melhorou a qualidade nutricional do material, aumentando os teores de fósforo, cálcio, zinco, cobre e ferro.
Uma técnica muito utilizada para recuperação de áreas degradadas é o plantio de mudas, uma espécie que apresenta um grande potencial é o Mulungu. Além disso, na recuperação de áreas degradadas se faz necessário o uso de fertilizantes para o solo, assim a produção de fertilizantes por meio de compostagem, mostra-se uma técnica sustentável e de baixo custo. O objetivo deste trabalho foi analisar a eficiência da fertilização pelo material proveniente de compostagem seguido por vermicompostagem no cultivo de plantas de Mulungu. Realizou-se um experimento, na casa de vegetação do IFCE campus Maracanaú, utilizando diferentes substratos: 100% areia (em volume), 50% húmus comercial, 100% húmus comercial, 50% composto orgânico, 75% composto orgânico e 100% composto orgânico. As plantas foram coletadas e foram analisadas: as produções de matéria fresca e seca e a quantificação dos teores de solutos orgânicos. Verificou-se que o crescimento das plantas e a produção de solutos orgânicos estão ligados diretamente ao teor de nitrogênio no solo, de forma que a escassez de nitrogênio é um fator limitante para o adequado crescimento do Mulungu. Nas condições experimentais empregadas, verificou-se que o tratamento contendo 75% composto orgânico ocasionou o maior crescimento das plantas de Mulungu.Palavras-chave: nutrientes, nitrogênio, solutos orgânicos, matéria fresca, matéria seca.
A irrigação é utilizada como estratégia de manejo em muitas regiões no mundo. Porém, devido às características de salinidade do semiárido, essa medida tem se tornado cada vez mais difícil em virtude da escassez de água de boa qualidade e com baixos teores de sais. Um dos fatores que pode levar ao estresse salino são os cultivos irrigados com água com elevada condutividade elétrica, refletindo em um solo desfavorável ao crescimento de plantas. O girassol é uma cultura tolerante à seca e à salinidade. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar a utilização de resíduo orgânico de macroalgas marinhas sobre a produção de plantas de girassol sob duas condições salinas (50 ou 100 mM de NaCl) e grupo testemunha em substratos contendo composto orgânico de algas ou húmus de minhoca. O uso de composto de algas mostrou-se mais eficiente que o húmus de minhoca sob condições controle. Sob condições de salinidade a 50 mM, os resultados foram semelhantes à utilização de húmus. A utilização desse resíduo pode ser uma alternativa aos fertilizantes comerciais sob condições controle ou de moderada salinidade, minimizando os custos de produção.
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