Objetivo:  Este estudo objetivou compreender de que forma estrutura-se a prática terapêutica ocupacional cujo objetivo é favorecer o desempenho ocupacional de crianças com AD em suas ocupações. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência construído a partir das vivências na disciplina Estágio Supervisionado em Terapia Ocupacional 1, ministrada no sétimo período do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em uma instituição sem fins lucrativos localizada no bairro do Recife. Foram realizados atendimentos semanais com crianças com diferentes diagnósticos, como Síndrome de Down e Transtorno do Espectro Autista. Resultados e Discussão: As intervenções foram estruturadas de forma gradual, iniciando a partir da aplicação da anamnese e avaliações com a família e a criança. O brincar foi utilizado como instrumento para favorecer a criação do vínculo e mediar o desenvolvimento de habilidades necessárias para o desempenho ocupacional. Verificou-se a partir da análise de evoluções o aprimoramento de habilidades antes não exploradas pelo indivíduo que favoreceram a execução das ocupações. Conclusão: Devido ao curto período para reaplicação dos instrumentos não se obteve o resultado qualitativo dessa evolução, sendo registrada apenas através da observação. No entanto, tornou-se perceptível o potencial da intervenção terapêutica ocupacional através de uma prática realizada de forma gradual e estruturada, realizando junto a um profissional formado desde a aplicação de instrumentos, desenvolvimento de habilidades isoladas, até o treino da atividade.