Introdução: a meningite consiste em uma doença endêmica no Brasil que apresenta surtos e epidemias ocasionais. Objetivo: avaliar o perfil epidemiológico da meningite em um município da Região Sul do Brasil. Métodos: estudo descritivo que analisou a situação epidemiológica da meningite em um município da Região Sul do Brasil com foco na etiologia mais comum. O estudo utilizou dados secundários obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do município de Cascavel-PR no período de 2008 a 2018. Resultados: os casos de meningite acometeram, em sua maioria, a raça branca e o sexo masculino. Houve maior frequência de etiologia asséptica e presença de quadro clínico com cefaleia, febre e vômitos. A complementação diagnóstica foi realizada por meio de exame quimiocitológico de líquor. A maioria dos pacientes evoluíram para alta hospitalar. Conclusão: apesar da escassez de estudos sobre a temática para a construção de um comparativo, os resultados em relação aos aspectos epidemiológicos foram consistentes com a literatura. A meningite acomete, de maneira geral, pessoas do sexo masculino e apresenta etiologia asséptica majoritariamente. É necessário, portanto, o enfoque aos grupos populacionais mais comumente acometidos pela meningite.
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crônica caracterizada pela desmielinização de feixes de fibras nervosas do Sistema Nervoso Central. Dessa forma, a condução neuronal deixa de ser saltatória, o que acarreta diminuição da velocidade dos impulsos nervosos. O objetivo desta pesquisa foi analisar o perfil dos pacientes portadores de EM nos últimos 7 anos em 3 centros de atendimento localizados na cidade de Cascavel, oeste do Paraná, região Sul do Brasil. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo de caráter transversal, com análise de prontuários médicos dos pacientes em 3 centros de atendimento no período de 2012 à 2018. Os dados foram coletados com um questionário (roteiro) elaborado pelos pesquisadores. As informações foram armazenadas no programa SPSS versão 20.0 obtendo valores de média, desvio padrão, mínimo, máximo, amplitude interquartil e valores de frequência absoluta e relativa. Foram estudados 24 pacientes do sexo feminino e 4 do sexo masculino. A amostra estava diagnosticada, em média, há 6,6 anos. Os primeiros sintomas relatados foram motores/sensitivos, visuais ou cefaleia e cerca de 50% foram diagnosticados em menos de 1 ano. A idade média de diagnóstico dos pacientes foi com 34,8 anos. Constatou-se que 67,9% faziam ou já fizeram tratamento psicológico. Quanto ao tratamento medicamentoso para a EM, predominou entre os pacientes o uso de acetato glatirâmer, β-interferona 1a e natalizumabe. Por meio deste estudo verificou-se que a maior parte dos portadores de EM eram mulheres, em idade produtiva e com ensino médio completo. Em relação ao tempo entre o primeiro sintoma e a realização do diagnóstico, variou entre alguns dias até 20 anos.
A Síndrome de DRESS (do inglês, Drug Rash with Eosinophilia and Systemic Symptoms) é um raro distúrbio que decorre de uma reação adversa severa do corpo, potencialmente fatal, em resposta a determinadas medicações, principalmente da classe dos anticonvulsivantes. Dentre os usuários dessa classe medicamentosa, a síndrome tem prevalência estimada de um caso para 500 expostos, sendo mais frequente na raça negra. Neste relato de caso, apresenta-se paciente do sexo feminino, 14 anos, admitida na emergência apresentando mal estado geral, icterícia, edema e exantemas em todo corpo. Mãe relatou uso de carbamazepina para quadro convulsivo. Uma vez diagnosticada com Síndrome de DRESS, evoluiu sem intercorrências após suspensão da carbamazepina e administração de metilprednisolona sistêmica. Através da metodologia de análise de prontuários e revisão de literatura, objetivamos o curso clínico da doença e investigar os possíveis fatores desencadeantes na paciente em questão. Concluímos, baseados nos dados encontrados, que o diagnóstico precoce associado à terapêutica adequada é crucial para o prognóstico favorável.
Introdução: Estudos recentes demonstram que a deficiência de ácido fólico (AF) tem sido associada ao diabetes mellitus (DM). Ademais, sugere-se que a suplementação dessa substância opera como efeito neuroprotetor em diversas condições neurológicas, contribuindo inclusive para o reparo de danos a nervos periféricos, essa descoberta vislumbra a possibilidade do desenvolvimento de novas abordagens para a prevenção e tratamento da neuropatia diabética ND. Objetivo: O estudo tem como objetivo realizar uma revisão sobre o papel da suplementação do AF na ND através da análise dos resultados de exames de eletroneuromiografia (ENMG), histopatológicos, laboratoriais e da avaliação clínica realizada em modelos humanos e animais. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão de literatura o qual utilizou bases de dados como PubMed, MEDLINE e LILACS para selecionar artigos entre 2000 e 2019. Foram incluídos os trabalhos com a combinação dos descritores: “folic acid” e “diabetic neuropathy”. Resultados: O estudo com modelos animais avaliou a resposta ao teste do plano inclinado, o qual verifica o desempenho clínico motor dos ratos. Após um mês de ensaio observou-se que o ângulo máximo atingido pelas cobaias que utilizaram placebo foi menor se comparado ao grupo controle (p < 0,001), já aquelas em uso do AF apresentaram um ângulo máximo significativamente maior (p < 0,05). No mesmo trabalho, a ENMG indicou que a cobaias em tratamento com AF apresentaram maior amplitude do potencial de ação muscular composto (PAMC) no nervo isquiático (p < 0,05), enquanto a latência e a duração desse potencial foram menores quando comparadas à amostra que utilizou placebo (p < 0,05). O resultado do exame histopatológico demonstrou que espessura da fibrose epineural foi significativamente menor no grupo com a suplementação, à medida que o fator de crescimento neural estava aumentado nas células de Schwann. Outro trabalho, pioneiro em humanos, avaliou a velocidade de condução nervosa (VCN) em pacientes já portadores de ND, sendo encontrada uma diferença significativa entre os grupos. Verificou-se um acréscimo na amplitude do componente sensorial do nervo sural (p < 0,001), assim como amplitude (p = 0.001) e velocidade (p = 0.001) do componente motor dos nervos tibial e peroneal. A latência inicial apresentou valor reduzido em ambos os nervos (p = 0,011; no nervo tibial e p= 0,019; no nervo peroneal). Conclusão: Nos ensaios citados a maioria dos valores de ENMG, exames laboratoriais, histopatológicos e clínicos expressaram benefícios nos grupos suplementados com AF verificando um possível efeito protetor e de melhora na progressão da doença com o uso da substância. Portanto, estudos com maior número de amostras são necessários para confirmação e extrapolação desses resultados, possibilitando a indicação do AF como medida terapêutica.
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