Resumo: Introdução. A educação popular, em sua práxis inclusiva e contra-hegemônica, propõe constante reflexão a respeito dos aspectos políticos, sociais e culturais de suas e seus protagonistas. A essa abordagem somam-se diversos temas que, em suas visualidades, nos ensinam sobre os modos de ver camponês. A partir de inquietações sobre os modos como camponeses/as expressam visualmente a feminilidade e a masculinidade, intuímos investigar: De que modo a expressão fotográfica pode contribuir para o debate de gênero, no contexto da educação popular em um assentamento de reforma agrária no Rio de Janeiro? Objetivo. Avaliar a contribuição da linguagem fotográfica na promoção de uma educação popular em gênero no âmbito do assentamento. Método. A proposta foi desenvolvida através do método de pesquisa participativo. Resultados. A análise dos dados indicou a incidência das questões de gênero na vida dos/as participantes, além de apontar a utilização da fotografia como modo de expressão no cotidiano dos/as participantes. Conclusões. A pesquisa apontou que a expressão fotográfica pode auxiliar à promoção de discussões acerca das questões de gênero. Para além, pode auxiliar na expressão de visualidades e reflexão em espaços promotores da educação popular e inclusiva, pautados no acolhimento da diversidade em suas multiformes facetas.
Este trabalho é fruto de uma abordagem teórico-metodológica no Ensino de Artes Visuais na Educação Básica, por meio de propostas artísticas e pedagógicas desenvolvidas no Colégio Pedro II, localizado no Rio de Janeiro. O trabalho encontra na linguagem fotográfica desenvolvida neste espaço seu principal instrumento de pesquisa, cuja forma de expressão protagoniza uma das principais formas de comunicação na atualidade e mobiliza constante reflexão sobre seus meios de veiculação, autoria e discursos. A avanço das tecnologias para criação e veiculação de imagens convida cada vez mais professores e estudantes a colocarem em suspensão suas certezas e realizar leituras críticas que desafiem seus próprios repertórios e convicções sobre tais visualidades. Assim, a fotografia, cada vez mais popularizada sobretudo as juventudes, aponta para possibilidades de criação que atuem na formação cidadã, se tornem fonte de pesquisa, reflexão e crítica sobre o que querem dizer a respeito do nosso tempo e assim fortaleça os campos de pesquisa da arte e seu ensino.
O presente trabalho parte de reflexões acerca dos acontecimentos estéticos, poéticos e subjetivos das visualidades advindas do processo de criação de estudantes do Ensino Médio, no Colégio Pedro II, Campus Realengo II, na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro. Buscou-se compreender em que medida tais criações visuais adquirem atributos de abrangência artística e poética, além disso, como podem contribuir para novas abordagens pedagógicas. Para o desenvolvimento da análise, este trabalho dialoga com as subjetividades juvenis e, para tanto, foram utilizadas a revisão de literaturas recorrentes ao campo do Ensino de Artes Visuais e estudos em Cultura Visual, numa abordagem qualitativa de interpretação polissêmica da produção artística dos/as estudantes. Consequentemente, soma-se aos estudos sobre processos de ensino/aprendizagem e experiências que transbordam o conteúdo formal e os limites institucionais.
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