Introdução: Desde a descoberta dos primeiros casos de vírus da imunodeficiência humana no Brasil, o país desenvolve ações de enfrentamento à infecção e seus esforços e resultados têm sido reconhecidos mundialmente, especialmente no que diz respeito ao tratamento com distribuição gratuita e universal da terapia antirretroviral. Todavia, nos últimos anos, o número de óbito mostra que as iniciativas de prevenção ao vírus da imunodeficiência humana/aids e às infecções oportunistas ainda necessitam de maiores esforços. O monitoramento dos óbitos é fundamental para avaliar a magnitude da epidemia. Objetivo: Descrever o perfil e as causas mencionadas ao óbito de pacientes que foram diagnosticados com aids. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa, dos óbitos notificados no Sistema de Informação de Mortalidade no período de 2010 a 2020 no estado do Rio Grande do Norte. Resultados: No período analisado, houve o registro de 1.283 óbitos por aids, dos quais 11,8% (152) ocorreram no ano de 2016, apresentando tendência de declínio o número de óbitos nos anos subsequentes, 72% (920) dos óbitos foi predominante no sexo masculino, com uma razão de sexo de 25 homens para 10 mulheres, 58% (749) tinham a cor parda, 55% (707) das pessoas com aids que evoluíram para o óbito residiam na região metropolitana e 32% (415) tiveram como causa básica do óbito a doença pelo vírus da imunodeficiência humana e como causa associada as doenças infecciosas e parasitárias. A taxa de mortalidade foi de 3,9 por 100 mil habitantes. Conclusão: Apesar do incentivo à adesão à prevenção combinada, o registro de óbito deveria ser um evento sentinela uma vez que as estratégias padrão-ouro deveriam estar disponíveis e ao alcance de todos, com o intuito de promover subsídios para atuação na prevenção de comorbidades e proporcionar qualidade de vida as pessoas convivendo com vírus da imunodeficiência humana/aids.
Introdução: A sífilis congênita ainda ocupa espaço entre as causas básicas de óbitos infantis, sobretudo entre as perdas fetais, contribuindo para os desfechos negativos da gestação. A transmissão vertical da sífilis representa uma falha na identificação da gestante infectada ou na aplicação das medidas profiláticas para diminuir a transmissão e, por isso, deveria ser considerada um evento sentinela. Objetivo: Descrever o perfil das gestantes e as causas mencionadas ao óbito por sífilis congênita. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa, dos óbitos por sífilis congênita notificados no Sistema de Informação de Mortalidade no período de 2010 a 2020 no estado do Rio Grande do Norte. Resultados: No período analisado, houve o registro de 82 óbitos por sífilis congênita, dos quais 17% (14) ocorreram no ano de 2018, apresentando uma discreta tendência de declínio o número de óbitos nos anos subsequentes; 63,4% (52) das gestantes tinham entre 14 e 24 anos, 34,1% (28) das gestantes tinham o ensino superior incompleto, 25,6% (21) residiam na região metropolitana do estado, 51,2% (42) dos óbitos foram fetais e 46,3% (38) desses óbitos tinham como causa básica a sífilis congênita precoce não especificada. Conclusão: O monitoramento e a avaliação de indicadores pertinentes à avaliação da mortalidade perinatal por sífilis congênita devem ser estratégias que possam promover a análise de situação de saúde por meio das ações de controle e, com isso, propiciar meios de orientar e reforçar a qualidade do cuidado a gestantes no pré-natal para assim eliminar a transmissão vertical da sífilis, especialmente a mortalidade perinatal, como problema de saúde pública.
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