O tratamento trombolítico promove reperfusão cerebral após (acidente vascular cerebral) AVC isquêmico, e é considerado o tratamento mais eficaz na fase aguda, estando associado a melhores desfechos clínicos e funcionais. Entre as principais sequelas após AVC estão a hemiparesia e o déficit de equilíbrio, que repercutem diretamente na locomoção do indivíduo. Objetivo: Investigar quais fatores estão associados com a recuperação da marcha na fase aguda do AVC trombolisado. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal, com 32 indivíduos na fase aguda do AVC trombolisado. Os indivíduos foram avaliados nas primeiras horas após terem sido submetidos à terapia trombolítica, e após 7 dias ou no momento da alta da unidade de internamento. Resultados: O desfecho principal foi a presença ou não de marcha independente até o sétimo dia de internamento ou até a alta da unidade. A variável resposta foi o número de dias necessário para recuperar a marcha, sendo analisada em 3 categorias: "1 dia”, “2 dias” e “3 ou mais dias”. Dos 32 indivíduos da amostra apenas 4 não andaram em até 7 dias após o AVC e cerca de 50% andou no primeiro dia de internamento. Houve associação significativa entre a Escala de Equilíbrio de Berg e o tempo para andar. Conclusão: O estudo sugere que a maioria dos indivíduos submetidos à trombólise para tratamento de AVC isquêmico recupera a capacidade de andar dentro de sete dias da ocorrência do evento, e que esta recuperação está associada ao equilíbrio nas primeiras horas após o AVC.
A Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) e a Escala de Avaliação Postural para Pacientes com Sequelas de AVE (EAPA) são ferramentas de medida úteis e válidas na prática clínica. Objetivo: Comparar a responsividade da EEB e EAPA na avaliação do equilíbrio de indivíduos pós-AVE trombolisado na fase aguda. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal analítico, realizado em uma Unidade de AVC, no qual foram aplicados a EEB e a EAPA nas primeiras 24 horas e no sétimo dia de internamento ou no dia da alta. Para determinação da responsividade adotou-se o Índice de Tamanho de Efeito (TE) e a Média de Resposta Padronizada (MRP), sendo calculados efeito solo e teto de ambas as escalas. Resultados: 44 pacientes, predominantemente do sexo masculino, média de idade 60 (±13) anos e mediana NIHSS 3,5 [1-6]. Ambos os instrumentos de avaliação detectaram melhora do equilíbrio. As escalas apresentaram TE pequeno, sendo o TE da EEB igual a 0,2 e o da EAPA igual a 0,3. A MRP foi moderada para as duas escalas, sendo a MRP da EEB igual a 0,7 e da EAPA igual a 0,6. A EAPA apresentou efeito solo menor do que a EEB nas primeiras 24 horas, enquanto no sétimo dia, a EEB apresentou efeito teto menor. Conclusão: A EAPA pode ser uma melhor opção para avaliação do equilíbrio em pacientes pós-AVE nas primeiras 24 horas, à medida em que a EEB pode ser uma melhor escolha para avaliação a partir do sétimo dia nessa população específica.
Introdução. O processo de desmielinização envolvido na fisiopatologia da Esclerose Múltipla (EM) ocasiona diversas alterações sensório-perceptuais, cognitivas e motoras, que resultam em uma gama manifestações clínicas multiformes. O déficit de equilíbrio apresenta-se como uma das principais desordens, sendo considerado também um fator incapacitante. Objetivo. Avaliar o equilíbrio de indivíduos com Esclerose Múltipla. Método. Trata-se de um estudo transversal, de caráter descritivo, realizado em um ambulatório de referência em Salvador-BA. Foram coletados dados clínico-demográficos e funcionais dos participantes e o equilíbrio foi avaliado por meio da Escala de Equilíbrio de Berg (EEB). Resultados. A amostra foi composta por 36 indivíduos, majoritariamente do sexo feminino (83,3%), com média de idade de 42,9±12,1 e tempo de diagnóstico de 6,7 anos. Cerca de 66,7% obtiveram pontuação <56 na EEB e média de EDSS=3. Conclusão. Uma parcela significativa dos pacientes do ambulatório apresentou score <56 na EEB, o que sugere a presença de déficit de equilíbrio. Diante disso, torna-se essencial a adoção de condutas terapêuticas voltadas prevenção e reabilitação do equilíbrio nessa população específica.
Introdução. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) está entre as principais causas de morbimortalidade no mundo. A terapia trombolítica apresenta-se como o principal tratamento na fase aguda e pode melhorar substancialmente o prognóstico funcional dos sobreviventes. Objetivos. Investigar a correlação entre a gravidade do AVC isquêmico nas primeiras horas após o tratamento trombolítico e o nível funcional na alta hospitalar. Método. Trata-se de um estudo observacional longitudinal, realizado em um hospital da rede pública estadual. Os pacientes foram avaliados após a trombólise com a Escala de AVC do National Institutes of Health (NIHSS) e após sete dias ou na alta da unidade foram reavaliados com a Escala de Avaliação Postural para Pacientes após AVC (EAPA) e a Escala de Rankin Modificada (ERM), para determinação do desfecho funcional. Para análise da correlação foi utilizado o coeficiente de Spearman. Resultados. A amostra incluiu 34 pacientes, majoritariamente do sexo masculino (55,9%) e com faixa etária ≥60 anos (61,8%). Observou-se uma correlação negativa entre a gravidade do AVC após a trombólise e a EAPA na alta hospitalar (Rho=-0,427; p=0,022), indicando que indivíduos com AVC mais graves, mesmo após a trombólise, tem em média pior controle postural na alta hospitalar. Com relação a ERM foi observada associação positiva (Rho=0,532; p=0,002), indicando que AVC mais graves levam, em média, à piores desfechos funcionais na alta. Conclusão. A gravidade do AVC isquêmico na admissão hospitalar se correlaciona com o desfecho funcional e o controle postural dos pacientes no momento da alta.
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